tag:blogger.com,1999:blog-44426097531935027752024-03-13T10:32:15.677-07:00Leia A Corda de Judas IscariotesBlogue da edição do Romance "A corda de Judas Iscariotes (O Quinto Império do Mundo"Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.comBlogger173125tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-81967542657069252962013-12-03T14:54:00.000-08:002013-12-03T14:56:34.014-08:00A barba de três dias<div style="text-align: justify;">
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Acreditem, eles e elas, é o que está dar. Se fosse um gajo bem parecido, mais novo, dois traços de lábia, rendia-me à barba de três dias. Pelo menos tinha emprego e percurso político garantidos. </div>
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Mesmo não contando com os votos deles, teria sempre uma almofada garantida nos votos delas. Pelas minhas investigações, descobri inclusive que os homens voltaram claramente a render-se à barba. Não há necessidade de a deixar crescer durante meses a fio, criando aquela espécie de turfa farfalhuda, onde se acumulavam migalhas, perdigotos e outros pingatos de sítio ainda mais repugnante. Eu, se fosse mulher, perante uma coisa grotesca daquelas, também sentiria repulsa, para não dizer nojo. </div>
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O que fazer então para apresentar uma barba de três dias? Ora bem, há que deixá-la crescer… durante 3 dias! Esta barba, ainda em fase de crescimento, mede 3 a 4 milímetros. No entanto, para um estilo subtilmente desmazelado, mas não menos estiloso, convém cuidar da mesma. Ou seja, a barba de três dias é assim uma espécie de barba de puto, que nem tem mato para cortar em condições, mas ao mesmo tempo já não precisa de se levantar de madrugada para assobiar ao pelo meloso nem tão pouco de frequentar o galinheiro da vizinha às escondidas. </div>
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Com esta barba, soube ainda que se realça, particularmente, os rostos angulares e afina os rostos redondos. Para a acertar como ditam as regras, é importante que se utilize um aparador, que permita várias regulações de comprimento, isto é, com pente ajustável. Ajuste o pente em função do comprimento que desejar obter, pois há para todos os gostos! Desde a barba mais curtinha à barba mais comprida. </div>
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Para se conseguir uma barba de três dias apresentável, estilo ministeriável e comentador de TV, deixe-a crescer durante três dias e apare-a. Pegue no seu aparador e passe-o pela barba em sentido contrário ao crescimento do pelo. Assim, os seus pelos ficarão com um tamanho uniforme por toda a parte inferior do rosto. O ministro e o comentador são aqueles que rumam sempre contra a maré, e é fundamental que a barba de três dias transmita essa postura de pelo irreverente e eriçado. Um gajo de barba de três dias tem de dar a ideia que é um gajo teso, durão, caso contrário, como poderiam elas suspirar face a uma barba de três dias?</div>
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Mas... pois, mas... se tiver umas coisitas mais para o mole, por exemplo uma pele sensível, a barba de três dias também é indicada. Ao não fazer a barba todos os dias, também se poupa o coiro, acabando por não o deixar tão irritado e, por conseguinte, com menos vermelhidões. Também aqui se podem recolher grandes proveitos, nomeadamente no campo das vermelhidões faciais, que das outras, Deus lhas perdoe, que não desejo o mal a ninguém.</div>
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Tinha muito mais a dizer, por exemplo falar da importância de limpar regularmente o aparador para eliminar as bactérias que se possam acumular. O aparador, também ele, requer manutenção, mas desconfio que já ultrapassei o número limite de palavras e não sei se já atingi os dez erros ortográficos. </div>
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<strong></strong><br />Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-20804756680023048602013-05-12T10:27:00.001-07:002013-05-12T10:27:09.798-07:00A badalhoca<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-hLPTKFwlSgw/UY_QVDycb-I/AAAAAAAAAVk/ztVLg3nRTz8/s1600/BADALHOCA_000.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://1.bp.blogspot.com/-hLPTKFwlSgw/UY_QVDycb-I/AAAAAAAAAVk/ztVLg3nRTz8/s320/BADALHOCA_000.jpg" width="320" /></a> Desculpem-me o calão e forma despudorada como escolhi o tema, na véspera de 13 de maio, para falar da mulher e da mãe.</div>
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Mas não podia deixar passar em falso o comentário que recentemente ouvi a um fulano que, ostensivamente, em plena via pública, atendia o telemóvel, de modo a que todos o ouvissem, os que tivessem, ou não, ouvidos de cínico, o que não é o meu caso.</div>
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"Tá, ó minha badalhoca preferida!!!!" ...</div>
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Na suposta pocilga em que o tipo vive, e ao que parecia insinuar, qual porco de cobrição, aquela seria a que chafurdava mais.</div>
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E a gente fica-se a olhar para isto e pergunta se é só calão ou se é mais alguma coisa. Pensei em várias hipóteses e cá vão algumas delas.</div>
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Em primeiro lugar será isto o resultado direto da dita emancipação feminina, em que a fada do lar, a dona de casa, finalmente, pelo desmazelo incondicional, dá lugar à badalhoca? </div>
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Poder-se-á retirar daqui alguma leitura teológica, associada à pureza feminina, simbolizada na imagem de Maria. A religião, o dito ópio do povo, idolatrou determinados dogmas associados ao feminino para que, na realidade, pudesse colocar a mulher num plano secundário. A badalhoca, neste contexto de reação à pureza, assume um valor e importância que fazem deste cumprimento do mancebo um nobre elogio à mulher.</div>
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Também coloquei a hipótese do tipo ser poeta e ter lido recentemente as poesias eróticas do Bocage. E que andasse a treinar motes de poesia de salão. Na falta de outros conhecimentos, sempre seria melhor do que nada.</div>
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Em qualquer dos casos, a minha conclusão era sempre a mesma, mas será que o dito javardo teria mãe ou irmãs? </div>
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A suposta "miss piggy" não se incomoda com o epíteto? </div>
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Tenho uma certeza: os filhos de tais mães dirão sempre que serão as melhores mães do mundo, mas eu não trocaria.</div>
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Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-29823820223646019752013-04-22T06:30:00.002-07:002013-04-22T06:30:43.563-07:00Fernanda Serrano, Também há dias felizes.<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_c4FOwTO4BM/UXU60Xn7nwI/AAAAAAAAAU0/cTqCPVGyzCQ/s1600/imagesCA3Q23HX.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_c4FOwTO4BM/UXU60Xn7nwI/AAAAAAAAAU0/cTqCPVGyzCQ/s1600/imagesCA3Q23HX.jpg" /></a> Saúda-se a chegada de um livro da mais recente imperatriz da Língua Portuguesa, a atriz Fernanda Serrano. Assim o entende o Professor Marcelo, ilustre comentador da vida nacional. </div>
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Ontem, nos habituais comentários do Professor Marcelo, a escritora Fernanda Serrano, com o título: "Também há dias felizes", tornou-se na estrela da noite, no montinho dos livros com que o ilustre professor e político brinda o pobre povo com sugestões de leitura mais ou menos edificantes.</div>
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Na salgalhada do costume, que nisto de televisões é como um hipermercado, vai de tudo a preço de saldo, os olhos do discernimento de sua eminência deixaram-se descair, numa meteorítica passagem, por um volume das Obras Completas dum tal Padre António Vieira, fulano mais ou menos conhecido por ser referido em discursos patrioteiros de aquém e além atlântico. </div>
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Nesta linha de enfado, aprouve ainda ao Professor dizer que a coisa ia ter muito volume pela frente; esperando eu, sinceramente, que lhe não cheguem à mão, pelo menos ao preço da chuva, não vá o homem lembrar-se de ler aquilo e arranjar matéria que diga alguma coisinha de realmente novo à gente Lusitana. </div>
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AH, esquecia-me, pois, de dar os parabéns à Fernanda, que, como é de supor, ainda não tive tempo para ler, nem tão pouco sei se alguma vez terei oportunidade. É que, na verdade, tenho andado a ler muita literatura de segunda, pelo menos assim parece no entender de muita gente que deveria ter mais algum cuidado com a forma tendenciosa e descaradamente de capelinha com que apresenta determinadas coisas e coisinhas.</div>
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Nota, esta crónica nada tem de pessoal contra a atriz e muito menos pretende de algum modo beliscar o conteúdo do livro pelos assuntos pessoais e delicados que envolve. No entanto, a partir do momento em que determinadas figuras públicas expõem as suas vidas privadas e pretendem que essas mesmas vidas se tornem em acontecimentos nacionais, serão inevitáveis os comentários daqueles que se sentem lesados pela forma como são espoliados do direito à informação clara, credível e honesta.</div>
Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-38812326626846327092013-04-07T09:58:00.003-07:002013-04-07T10:10:50.992-07:00O Zé-Faz-Tudo<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_6zousyyOKk/UWGnlta-lrI/AAAAAAAAAUk/KKTZrX73FLg/s1600/vasco-graca-moura-passos-coelho-ccb-oferta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" mta="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-_6zousyyOKk/UWGnlta-lrI/AAAAAAAAAUk/KKTZrX73FLg/s320/vasco-graca-moura-passos-coelho-ccb-oferta.jpg" width="320" /></a></div>
Acalmadas as poeiras da intolerância e das limitações fronteiriças mentais, sem poiso no Público e outros arautos dos sempre-os-mesmos, aqui no meu blogue, ao alcance de alguns, ao mesmo de ninguém, aqui fica para memória futura o que penso da figura tipicamente portuguesa do Zé-Faz-Tudo.<br />
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O Zé-Faz-Tudo, para quem o não conhece, é um fulano que, tendo dois dedinhos de habilidade, faz tudo. Manobra o martelo, desenrosca qualquer porca, troca fios e, imagine-se, chega mesmo a opinar sobre qualquer matéria que lhe ocorre, como sendo o mais conhecido e autorizado perito. <br />
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Diga-se, em abono da verdade, que há um Zé-Faz-Tudo em muitos de nós; eu mesmo, em arranjos domésticos, sofro dos mesmos pecadilhos do Zé-Faz-Tudo. Neste caso, o prejuízo sai-me da carteira, para não falar da vergonha de me tornar em técnico falhado, chicho esperto ou mesmo sapateiro a tocar rabecão. <br />
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Mas não se pense que o fenómeno do Zé-Faz-Tudo é coisa exclusiva de trolha, carpinteiro ou picheleiro, nada disso; o Zé-Faz-Tudo aparece-nos frequentemente em casa através da TV, da rádio e dos jornais. Encontra-se o Zé-Faz-Tudo em comentários, em debates e regularmente em diversas crónicas, nomeadamente dos semanários. Quem não está, neste momento, a ver um Zé-Faz-Tudo de estimação?<br />
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Recentemente adotei um, um daqueles que, por ter talento, ter um curso de direito, está em condições de opinar sobre tudo. No caso concreto, o dita eminência parda, dá-se ao luxo de argumentar balofamente sobre um problema que pertence ao campo específico da Linguística, mas duvida-se que sobre esta ciência tenha alguma vez lido tão pouco um opúsculo. <br />
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Apesar disso, a lábia sai-lhe, tanto pelo elogio excessivamente desmerecido, como pela crítica maledicente, a rondar uma atitude que, manda o respeito que merece enquanto autor, me prive de usar publicamente.<br />
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Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-3952468080455138442013-03-10T03:17:00.001-07:002013-03-10T03:17:15.551-07:00Nacionalidade portuguesa para os judeus sefarditas<div style="text-align: justify;">
Ciclicamente, volta a falar-se deste projeto de lei. Dizem que finalmente vai ser levado à Assembleia da República. Pelo que vejo, por iniciativa de partidos ideologicamente ligados à direita, o que me leva a desconfiar da esquerda.</div>
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E no meio deste ping-pong esquerda / direita, dá-me vontade de rir como, de forma tão descarada, se passa uma esponja por cima dum largo relambório de ataque descarado à Igreja, como única e simples depositária duma injustiça cometida há séculos contra este povo e que teve na Inquisição e no Tribunal do Santo Ofício o seu lado mais visível e repugnante.</div>
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Aproveitem a boleia das pedofilias, das homossexualidades, das negociatas do Vaticano e metam também no rol esta dos judeus sefarditas espoliados. Afinal não somos nós todos um povo de espoliados? </div>
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É que, se esta lei não passar, apetece dizer aos partidários das urnas de cristal que, se não papam velhinhos, ainda não chegaram à era do digital, continuando no tempo da cassete magnética. Efetivamente, o caso dos judeus sefarditas está muito para além das guerras entre israelitas e palestinianos, diz-nos diretamente respeito e é duma enorme hipocrisia continuar a destilar ódio contra antepassados que nos são comuns, desprezando ao mesmo tempo as vítimas de quem também nos corre sangue nas veias. </div>
Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-78817542666085112522013-03-01T06:07:00.001-08:002013-03-01T06:08:45.450-08:00No reino da inveja e da maldicência<div style="text-align: justify;">
A propósito do anúncio da publicação da obra integral do Padre António Vieira, ao que se disse, patrocinada através de um subsídio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, correu logo pelo ciberespaço e até chegou, imagine-se, ao Eixo do Mal, que tudo isto seria um esbanjar de recursos, pois o trabalho estaria feito aquando da Expo 98, naquele tempo do Eldorado, em que as montanhas pariram ratos, e alguns deles, ao que se vê, nem saíram do ninho, pois, até à data, ainda ninguém me respondeu, refiro-me aqueles que, rapidamente colocaram comentários a aludir a este facto na notícia do jornal "O Público" <a href="https://www.facebook.com/Publico/posts/534293093277204">https://www.facebook.com/Publico/posts/534293093277204</a> e no qual respondi da seguinte maneira:</div>
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"<span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0"><span id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[0]"><span id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[0].[0]">Diz-se aqui que a obra está pronta em CD ROM, digam então o que está lá e comecem, por exemplo, pela epistolografia. Estarão atualizadas as cartas censuradas na primeira edição, nomeadamente as do Duque de cadaval e D. Teodósio. Foram verificadas todas</span></span><span id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3]"><span id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3].0"><span id=".reactRoot[1].[1][2][1]{comment534293093277204_5885491}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3].0.[0]"> as cartas dirigidas a Duarte Ribeiro de Macedo pelos originais? Têm atualizadas as cartas ao Marquês de Nisa, algumas delas também censuradas? Têm traduzidas as cartas dirigidas aos superiores da Companhia em Latim? Têm reunidas as cartas dispersas que entretanto foram sendo publicadas por diferentes publicações? Descobriram alguma correspondência inédita, nomeadamente em Cadaval, Torre do Tombo e Archivio di Stato de Florença? Verificaram pelos manuscritos autógrafos a correspondência com o Marquês de Gouveia da Torre do Tombo? Verificaram toda a restante correspondência através dos manuscritos apócrifos, nomeadamente os da Biblioteca da Academia das Ciências? Etc Etc. É que este trabalho tem-me ocupado os tempos livres desde 2001. É que se alguém fez isto tudo para o tal CD foi trabalho desnecessário, mas não me consta, pois fui eu sempre a pagar os microfilmes de manuscritos que nunca ninguém tinha pedido. Se houve dinheiros para o tal CD e este trabalho, só na epistolografia, não foi feito, então foi uma burla, tenho em minha posse faturas pedidas em nome do "Projeto Vieira" e teria direito a exigir parte desses subsídios. Repito, quem levantou estas suspeitas, se tem provas para as perguntas que aqui coloco, responda, pois pode ser que ainda se possam aproveitar eventuais pesquisas, se não têm, calem-se com a má língua, para não dizer outra coisa. De tudo que disse, se houver dúvidas, é só dizer, que rapidamente disponibilizo aqui cópias de todo o material que tenho de Vieira em manuscritos, e posso dizer que tenho mais de 90% de toda a sua epistolografia. Com exceção dos sermões, que são 15 volumes, para a restante obra, (10 volumes) a situação de recolha das fontes está a processar-se de forma idêntica. De reimpressões estamos fartos por altura dos centenários, são rápidas, dão pouco trabalho e dão milhões, normalmente dirigidos aos do costume.</span></span></span></span></span></div>
Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-39255813409897678512012-11-12T11:00:00.001-08:002012-11-12T11:00:27.183-08:00A alegoria do devedorEsta alegoria foi retirada, à letra, do sermão XIII do Rosário, do Padre António Vieira<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Pm-0fDAxckc/UKFHLnMP3KI/AAAAAAAAAUQ/KuLSAnp9fZM/s1600/devedor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Pm-0fDAxckc/UKFHLnMP3KI/AAAAAAAAAUQ/KuLSAnp9fZM/s1600/devedor.jpg" /></a><br />
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"Talentos antigamente significavam certa soma de dinheiro, grande; hoje os talentos significam préstimos; e posto que se lhes mudou a significação, não se variou o significado. Quem tem muito dinheiro, por mais inepto que seja, tem talentos, e préstimo para tudo; quem o não tem, por mais talentos que tenha, não presta para nada.</div>
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E que fez o pobre criado vendo-se tomado, e convencido em tanto excesso de dívidas, e não só impossibilitado de cabedal para as satisfazer, mas condenado já pelo Rei a ser vendido, e passar da largueza, e senhorio do estado em que tanto luzia com o alheio, à miserável servidão de escravo? </div>
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Convencido, e condenado o devedor, lançou-se aos pés do Rei, e disse-lhe estas breves palavras: <em>Patientiam habe in me, et omnia reddam tibi</em> [Mt 18, 26]; tende, Senhor, paciência para comigo, e eu vos pagarei tudo o que devo. Isto é letra por letra o que soam as palavras, nas quais se oculta um mistério, que descoberto é altíssimo. Parece que este homem havia de pedir misericórdia ao Rei, e não paciência; pois porque não pede misericórdia, nem perdão do que devia, senão a paciência do Rei somente, e debaixo dessa paciência lhe promete pagar toda a dívida: <em>Patientiam habe in me, et omnia reddam tibi</em>? Torno a dizer que falou altissimamente. Porque o Rei era Deus, o qual é incapaz de paciência, porque não pode padecer; e uma vez que Deus chegasse a padecer, e ter paciência, logo o servo tinha cabedal para lhe pagar toda a dívida, e muito mais." Sermão XIII do Rosário. Nota para a alegoria: O Rei / Deus é a Alemanha.</div>
Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-90696451159120141802012-11-11T07:51:00.001-08:002012-11-11T07:51:21.310-08:00Prémio Leya 2012Está aberta a casa de apostas para o prémio Leya 2012, que será anunciado em 14 de novembro de 2012.<br />
As opções são várias:<br />
- Manutenção da crise e divisão do prémio por dois anos, o que implica à casa dispor unicamente de 50000 euros por ano.<br />
Vencedor Angolano, é o único país grande que falta, quem de dera que fosse um já aqui.<br />
Vencedor português, e gente começou tarde e ganha 2-1. Os desempregados têm aumentado, mas já era hora duma estrelinha do continente brilhar.<br />
O tuga do resto do mundo; há tugas espalhados por todo o mundo e alguns também devem escrever umas coisitas, mesmo que fosse desconhecido, ainda ficava bem na fotografia.Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-79113803718123666512012-09-20T15:10:00.000-07:002012-09-20T15:12:03.176-07:00O prémio D. Dinis.<div style="text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-pKtuDya49p4/UFuT0njMF6I/AAAAAAAAAT8/nRnqmWrZab4/s1600/doce-extra-de-gila-casa-de-mateus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-pKtuDya49p4/UFuT0njMF6I/AAAAAAAAAT8/nRnqmWrZab4/s1600/doce-extra-de-gila-casa-de-mateus.jpg" /></a> Para não deixar este blog entrar em avançado processo de extinção, evitar a TSU, com a qual só me saem rimas pouco convenientes, e para falar do nosso primeiro, lembrei-me agora desta polémica entre a escritora Maria Teresa Horta e a recusa de receber das mãos, ao que parece sarnentas, de Passos Coelho o prémio D. Dinis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por vários lados me encontro relativamente ligado ao acontecimento, o prémio sai da minha terra, até conheço bem o local, até de vez em quando escrevinho umas coisas e só me resta, onde chega a distinta lata, de também sonhar com uma coisa daquelas. Mas a verdade é que, Casa de Mateus, só se for de compota e, mesmo essa será feita lá para o Oeste ou coisa parecida que forneça o LIDL; quanto ao vinho, já nem se fala, desde que a Sogrape lá fechou a tasca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Concluindo, queiramos ou não, o prémio de Mateus, pelo cardápio dos agraciados, é assim uma espécie de 10 de junho e fica mal não receber o prémio daqueles que, mal ou bem, ainda nos vão alimentando a gamela. Se assim não fosse, muito generosamente, não seria de espantar que o distinto júri estivesse a passar o cheque a um qualquer desempregado, como sucedeu recentemente no prémio Leya. Pois, mas esse é de prova cega, e o mundo é dos que dão nas vistas, seja de que maneira for.</div>
<br />
Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-78678477318464381742012-07-09T02:37:00.001-07:002012-07-09T02:47:36.567-07:00O limpo e o turvo<div style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PRsfqHJI1i0/T_qnw58crLI/AAAAAAAAATk/VTYucj5FvSk/s1600/diploma_pirata_frente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="http://4.bp.blogspot.com/-PRsfqHJI1i0/T_qnw58crLI/AAAAAAAAATk/VTYucj5FvSk/s400/diploma_pirata_frente.jpg" width="400" /></a> A questão Relvas, Bolonha, equivalências, novas oportunidades, é uma questão turva e sempre será turva na medida em que não é limpa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás, sempre que há um júri e há uma suposta individualidade pela frente, nunca há limpeza, por mais que digam que ela existe, passem o algodão e ele tem sempre lá qualquer coisinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
Efetivamente, situação imaculada só existe uma, a prova cega ou o exame sob anonimato. O resto, escrevam, barafustem, discutam, podem dissertar à vontade, há sempre um se...</div>
<div style="text-align: justify;">
É inquestionável que todos devem ter acesso a novas oportunidades, é inquestionável que os senhores relvas deste país devem ter acesso e condições para o fazer, é claro. Mas nas mesmíssimas condições de exigência que foram dadas aos outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tem-se confundido aqui conhecimentos, saberes, com frequências. É evidente que há muita gente que não precisa de frequentar a Universidade para nada, antes pelo contrário, a Universidade é que tem muito a aprender com eles. Mas a prova disso não pode ser a olho, nem pelo tino. Tem de haver uma prova, um documento escrito que obrigue suas senhorias a mostrar que realmente são senhorias. E não pode ser por e-mail, tem de ser presencial, corrigido em anonimato, com a nota correspondente e todas as possibilidades de recurso que a lei permite. Um exame até pode ser elaborarado de forma a envolver mais do que uma cadeira. </div>
<div style="text-align: justify;">
No ensino, não há lugar para deputados, nem políticos, nem famosos, só para professores e alunos, conforme a posição em que se encontrem. Quem quer canudos tem a ajoelhar e rezar. </div>
<br />Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-2329596801334528092012-06-29T04:27:00.001-07:002012-06-29T04:27:59.931-07:00A Fé é que nos salva e a seleção macumbeira.<div style="text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-2mlGWcvfAwU/T-2Q2NeD4WI/AAAAAAAAATY/uHJradZaScU/s1600/macumba_futebol.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-2mlGWcvfAwU/T-2Q2NeD4WI/AAAAAAAAATY/uHJradZaScU/s320/macumba_futebol.jpg" width="213" /></a> Eu não acredito em bruxas e bruxedos, mas que se fazem, lá isso fazem. Vem isto a propóstito duma seleção comandada por um macumbeiro que nos quis impor a Nossa Senhora de Caravaggio, quando nós, em questões de nossas senhoras, somos talvez a maior potência do mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E aquilo foi uma coisa muito beata, com muitas velinhas e latins feitos de cera. A muito custo, a jogar em casa, até conseguimos ir a uma final, jogando numa técnica de tudo a monte e com a basófia de sermos uma das melhores coisinhas que pisavam os relvados. Que a estratégia atingiu os seus fins, não duvido, mas o resultado ficou à vista, Nossa Senhora de Fátima ficou sentida, que nestas coisas de santos, é sempre má política tentar fazer sociedades. </div>
<div style="text-align: justify;">
Desta vez a coisa foi mesmo muito do republicana e laica. Não consta que entre os jogadores houvesse juras de amor a santinhas brasileiras, nem consta que Roberto Carlos fosse a grande fonte da motivação psicológica dos nossos jogadores. A estratégia era simples: tranquilidade; fartos de ouvir sermões andavam aqueles homens o ano inteiro. Pedia-se-lhes que jogassem à bola como sabiam. E jogaram e a malta até gostou. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pois, mas agora a gente continua a pensar, eu não acredito em bruxas, mas que se fazem bruxedos, fazem, ai lá isso fazem. Não custava nada cantar o "treze de maio" antes de cada jogo e a "alegre casinha" após cada vitória. Na verdade, só acredita na sorte quem é crente e, assim, o cu não dá com as calças; ou então, a cara com a careta.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-79417123323361540202012-06-18T09:00:00.002-07:002012-06-18T15:18:59.334-07:00Folhas de 4 páginas.<div style="text-align: justify;">
Estamos sempre a aprender, principalmente quando determinadas pessoas, quando já não têm nada para dizer, descobrem a palavra inovar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vem isto a propósito das orientações escolásticas com que os professores têm sido bombardeados quando se trata dos exames das nossas criancinhas do 2º ciclo, ou dos rapazinhos e meninas do 3º, nalguns casos até do secundário. Tanto rigor e suspeitas entre os mais novos não deixa de ser caricato comparado com a baldice daquele papelucho, que mais parecia de retrete, que o engº Sócrates mandou ao prof. do ensino dito superior.</div>
<div style="text-align: justify;">
E o rigor é tanto que a criancinha não pode confundir nada, tem de exclarecer tudo, até que a prova que realizou tinha x folhas e y páginas. Não vá o corretor, zásssssssss. aldrabar a coisa toda. E como uma coisa que eu supunha que era um caderno, na medida em que faz uma lombada, ou melhor, duas folhas que formam quatro páginas, eis que passa a ser uma folha de quatro páginas. Aquilo que era um telhadinho de duas águas, passa a ser assim uma espécie de burro de quatro patas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Imagino-me com um códice nas mãos e tento perceber como fazia a citação do documento. Do folio 1, teria o fr (folio de rosto) e o fv (folio verso); o problema é o folio 2, que não pode ser folio 2, porque só tenho uma folha. Como fazia então as citações da dita página 3 e 4 se a quisesse citar como folio? </div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer aprendiz de tipógrafo sabe, e mesmo aqueles que o não são já observaram, que um livro tem quatro páginas impressas na mesma folha. Só que nunca ouvi ninguém a dizer que um livro de 600 páginas tem 150 folhas. Se alguém ouviu, agradeço que me corrija esta minha ignorância.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-88178942035458312392012-06-17T03:20:00.001-07:002012-06-17T03:20:59.925-07:00Morrer por morrer, que morra o pai que é mais velho<div style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9UhcVQdf7MI/T92vGYisK0I/AAAAAAAAATI/oDioHgLVMog/s1600/000SocratesWatteau-500x386.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="http://2.bp.blogspot.com/-9UhcVQdf7MI/T92vGYisK0I/AAAAAAAAATI/oDioHgLVMog/s320/000SocratesWatteau-500x386.jpg" width="320" /></a> Vem isto a propósito das eleições gregas e da nossa situação na lista daqueles que se seguem.</div>
<div style="text-align: justify;">
E falo na primeira pessoa para dizer que há, bem lá no fundo, um certo desejo, ou curiosidade, pelo que acontecerá se a esquerda ganhar. Para ver no que isto dá, morrer por morrer, que morra o pai que é mais velho. </div>
<div style="text-align: justify;">
Se a coisa der para o torto, se houver refugiados nas fronteiras, se houver uma corrida aos bancos, então o Louçã que se cuide que o Zé Pacóvio não cai nessa e o Passos Coelho pode dar mais uns puxões que a malta só geme. Mas se os fulanos que ninguém conhece de lado nenhum fizerem uma limpeza e obrigarem a dita cuja a meter o rabinho entre as pernas (que estas forças de expressão pregam-nos cada partida), então é bom que estes senhores da Lusitânia Pátria, e não só, comecem a pensar em mudar de estratégia. </div>
<div style="text-align: justify;">
Cá para os meus botões, que me estou nas tintas para os comentadores, Louçãs, Jerónimos e associados sindicais vão ganhar uma força considerável. E não sejamos hipócritas, há muita gente fartinha deste centrão, só não muda porque nem o pai morre nem a gente almoça. </div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-66960515572925114162012-06-01T09:55:00.001-07:002012-06-01T10:01:31.337-07:00Espiões<div style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eFWsj9qd-fs/T8j0_1HSuNI/AAAAAAAAAS8/g5lRiUVVvWs/s1600/espi%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-eFWsj9qd-fs/T8j0_1HSuNI/AAAAAAAAAS8/g5lRiUVVvWs/s1600/espi%C3%A3o.jpg" /></a> Agora que anda tudo a espiolhar, que signfica olhar para os espiões; confesso que também estou como muito receio de ser expiado, por outras palavras, que me retirem todos os pecadozitos que tenho escondidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Que estou farto de me expiar a mim próprio, nem seria preciso dizê-lo aqui de forma tão pública; mas que as expiações continuem a correr em catadupa, umas atrás das outras, a gente até tem receio e começa a pensar se não é melhor ir pisando o risco de vez em quando, não vá esta treta expiar, ou melhor, expirar de vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim sendo, também tenho o direito a imaginar uma lista guardada num qualquer ficheiro dum espião. Que agora quem não tem uma espiadela não pode considerar-se pessoa importante. E não fica nada mal que um Zé das Expiadelas não queira também, para alimentar o ego, tornar-se em Zé das Espiadelas. Assim a modos de Ricardo Costa ou de Miguel Sousa Tavares, construir um Curriculum Speculatoris (currículo do espião) e poupar algum trabalho aos espiões e ao Orçamento de Estado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Poderia inclusive dar algumas pistas como fontes seguras dum currículo de alto nível: membro do sociedade iniciática, com todos os rituais devidamente registados em suporte de papel, batismo, primeira comunhão, crisma e matrimónio; falta a extrema-unção, mas essa aguarda por melhores dias. Membro de três sociedades secretas, a que se acede através dum número e a que só alguns têm acesso, duas delas pertencentes ao deve e ao haver, a terceira só ao deve. Membro de um sem número de confrarias virtuais, onde só é possível entrar com password, algumas delas sediadas no estrangeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Está lançado o desafio, foi você que pediu um espião?</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-70464882340908323992012-05-27T12:20:00.003-07:002012-05-27T12:49:08.275-07:00O coiso<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_fP4eZ5l6WE/T8KFGFJr0FI/AAAAAAAAASw/tOc54nP3ML0/s1600/coiso.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_fP4eZ5l6WE/T8KFGFJr0FI/AAAAAAAAASw/tOc54nP3ML0/s1600/coiso.jpg" /></a> O coiso é um daqueles termos que facilmente poderia colocar-se no género neutro. Na verdade, este género desapareceu da nossa Língua, mas ainda mantém alguns restinhos, ou coisos. Dizemos isto, isso, aquilo, sem pretender dizer exatamente se o dito coiso pertence à carne ou ao peixe, se é macho ou fêmea, se é da esquerda ou da direita. Coiso é assim um nem aquece nem arrefece, ou nem come nem sai de cima. O coiso é o morno, o caldinho sem sal que não vai mesmo a lado nenhum. O coiso é neutro, não é vermelho nem azul, é um amarelo às riscas que não sabemos bem para que serve.<br />
Como diz o Quim Barreiros, mestre da Língua do coiso, "Há quem ponha a mão naquilo, há quem ponha aquilo na mão, aquilo e mais aquilo é a nossa perdição". Com o coiso acontece exatmente o mesmo, há quem não ponha a mão no coiso; há quem já nem ponha o coiso na mão, o coiso e mais o coiso deixam o país na perdição.Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-51662598617055174782012-05-08T14:41:00.001-07:002012-05-08T14:41:25.642-07:00A/C Manel, Maria, Mariquinhas e Zé das Couves.<div style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-GuApUH7dctY/T6mS87bneHI/AAAAAAAAASk/FSg_zorO1Y0/s1600/burro2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-GuApUH7dctY/T6mS87bneHI/AAAAAAAAASk/FSg_zorO1Y0/s320/burro2.jpg" width="253" /></a>Confesso que a questão dos títulos e das formas de cortesia nunca me disseram muito aos ouvidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo da minha vida profissional, já me chamaram de tudo, ele é stôr, professor, aplicador, vigilante, corretor, até uma antiga aluna, funcionária dum banco, no outro dia, simpaticamente, salvo seja, me chamava engenheiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vem isto a propósito duma editora, chamada Leya, que muito legitimamente, na mais pura lei da concorrência, tenta seduzir os potenciais interessados na esolha dos manuais que vão ser adotados nas escolas. Diga-se também, em abono da verdade, com métodos mais claros, muito longe das propagandas médicas, sem brindes de canetas e canetinhas, calculadoras e, Deus me livre de tais pensamentos, sem ofertas de maior valor, que não passem duns fins de semana lá para as varandas dos carqueijais da Serra da Estrela.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas também não era preciso arrear a bandeira assim tanto. A modos da gente olhar para as caixas dos livros e ver escrito A/C Manel, A/C Maria, A/C Pais do Amaral? Será assim que lhe enviam a correspondência?</div>
<div style="text-align: justify;">
De não ser vaidoso, a ficar sem os galões todos e passar à tropa macaca, convenhamos que é justo que me dê às dores. Escrevam lá qualquer coisinha, que nestas coisas da cagança, até dispenso os títulos académicos, mas um simples Prof. chega-me perfeitamente; ou então, que destas coisas não gosto de dar nada à espanhola, ao menos, em abreviatura, um Ex.mo Sr.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-77111204020720604362012-04-22T05:35:00.001-07:002012-04-22T05:35:37.061-07:00O Caçador de Elefantes<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-s8BMvT4mrpk/T5P6vyARohI/AAAAAAAAASY/_S46rJd-93g/s1600/juan-carlos-palhac3a7o-e-elefantes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="259" src="http://1.bp.blogspot.com/-s8BMvT4mrpk/T5P6vyARohI/AAAAAAAAASY/_S46rJd-93g/s320/juan-carlos-palhac3a7o-e-elefantes.jpg" width="320" /></a> Acho as recentes críticas ao rei Juan Carlos de
Espanha muito injustas. Na verdade, só uma ignorância muito grande nestas
coisas de sangue a azul é que não permite entender que o gosto pela caça
corre-lhes nas veias.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Não conheço os reis todos, longe disso, mas
ocorre-me vagamente que todos eles, mais aqui, ou mais ali, todos tinham por
preceito dar a sua caçada e a sua montadela. E diga-se ainda, em abono da
verdade, que os reis e demais candidatos também nunca foram de grandes
cerimónias quando se trata da caça. A nossa História, naquela parte que melhor
conheço, está recheada de referências às caçadas dos nossos reis na famosa
corte de Salvaterra, lá para os lados de Santarém. Ele eram tordos e
codornizes, coelhos e perdizes, veados e javalis, e outras bicharadas munidas
ou não de cornos. E não duvido que os nossos monarcas, se acaso também tivessem
pisado as terras africanas, não pensariam duas vezes antes de mandar um tirinho na primeira tromba que lhes aparecesse pela frente.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Concluindo, e sendo a monarquia uma instituição
que muito procura conservar as tradições que os nossos antepassados nos
legaram, é como querer um jardim sem flores exigir que os reis, ou eventuais
candidatos a reis, fiquem proibidos de dar ao gatilho. Muito sinceramente, acho
de devemos deixar os indivíduos estoirar à vontade, com um bocadinho de
compreensão de ambas as partes, até que bem podiam estoirar para o ar e com
pólvora seca.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-78057920895117159672012-04-18T06:43:00.002-07:002012-04-18T06:44:10.801-07:00Os limites da democracia e da justiça<div style="text-align: justify;">
Sempre estive convencido de que Democracia e Justiça formam uma só palavra. A grande dúvida está em saber até podem ir os limites da ambas. E, muito sinceramente, o triste espetáculo que a Noruega está a dar no julgamento dum indíviduo, de que nem tão pouco fixei o nome, deveria dar espaço para uma ampla reflexão acerca dos limites da Democracia e da Justiça. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas parece não haver vontade em fazê-lo. Quem sou eu para o explicar, mas nada impede, em nome dessa mesma democracia, que possa expor aquilo que penso. Mesmo que isso, futuramente, me pudesse impedir de aceder a cargos que o mesmo regime democrático me impusesse, como por exemplo, jurado num tribunal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Então, na minha modesta opinião, a democracia deveria ter os seus limites no momento em que determinados cidadãos sobrevivem à custa da democracia e da justiça. Só assim consigo entender que um tribunal não encontre meios para proibir que um monstro, um atrasado mental, um extremista, o que queiram chamar, continue a causa os maiores danos que se podem imaginar nos familiares de 70 vítimas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando já não há leis que consigam proibir que isto aconteça, então o regime democrático e a justiça já não pertencem ao povo, mas às universidades, às ordens, às associações e às disciplinas de voto dos parlamentos.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-518415294779227092012-04-10T10:33:00.001-07:002012-04-10T10:33:43.698-07:00"Àquele a quem muito se deu, muito será pedido"<div style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-zbNf8ha32Ts/T4Ru1dAztnI/AAAAAAAAASI/ojf9n1q9E6w/s1600/mercedes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-zbNf8ha32Ts/T4Ru1dAztnI/AAAAAAAAASI/ojf9n1q9E6w/s1600/mercedes.jpg" /></a> Acho que a citação do Evagelho de Lucas 12,48 encaixa que nem uma luva ao senhor Dr. Mário Soares.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passo à exegese: "Àquele a quem muito se deu". Na verdade, até prova em contrário, ainda não sei muito bem o que o dito senhor me deu, mas sei com toda a certeza aquilo que lhe estou a dar. Vejamos, carro, motorista, quase de certeza combustível, ah!!!! já me esquecia, se calhar portagens e, pasme-se, pago-lhe as multas. Que quer o nosso ex-presidente que lhe pague mais, a biquinha na estação de serviço ou uma mijinha se o urinol também for a pagar?</div>
<div style="text-align: justify;">
Já não há paciência depois de esgotados os direitos adquiridos!!! E passo à exegese de Lc. 12, 48, "muito será pedido." E creia-me, senhor doutor Mário Soares, que vou ser muito comedido nos meus pedidos para tão beliscar os sacossantos direitos estabelecidos nas leis, que o senhor e os seus amigos fizeram para se recompensarem. Muito sinceramente, penso no seu motorista, o mexilhão que mais uma vez ficou entalado, com a carta apreendida. Aceitemos, deveria ter desobedecido a Vossa Excelência; e vá que não vá, pague a multa o zé pacóvio que não vai ficar mais pobre por causa disso. Agora, pergunto, muito será pedido se Vossa Ilustre Senhoria ficar sem motorista e sem automóvel do estado durante o tempo da apreensão da carta?</div>
<div style="text-align: justify;">
Julgo que não e, aqui para nós, talvez dê para pagar a multa ou mais qualquer coisinha para ajudar o zé pacóvio a pagar a crise.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-91683743323406495432012-04-07T14:54:00.001-07:002012-04-07T14:54:37.509-07:00As artes do não-poder. Cartas de Viera um paradigma da retórica epistolar do barroco<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="pt">PREÂMBULO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vfa5UJKOeDc/T4C3gsMg6PI/AAAAAAAAASA/82JMM84tl54/s1600/Capa+Cartas+de+Vieira.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="http://2.bp.blogspot.com/-vfa5UJKOeDc/T4C3gsMg6PI/AAAAAAAAASA/82JMM84tl54/s320/Capa+Cartas+de+Vieira.jpg" width="320" /></a></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">O aturado trabalho de investigação conduzido por Carlos
Maduro, no horizonte do epistolário de António Vieira, expressa uma
contribuição decisiva para a atualização do estado da questão, com vista a uma
futura edição crítica das </span></i><span lang="pt">Cartas<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> do grande jesuíta.</i></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">Partindo do meritório esforço de João Lúcio de Azevedo,
que entre 1925 e 1928 publicou três grossos tomos com 710 cartas de Vieira,
naquela que é, até agora, a edição mais exustiva do longo epistolário de
Vieira, Carlos Maduro alarga muito o âmbito da investigação, tendo por base não
só a bibliografia publicada depois dessa data, permitindo-lhe identificar mais
setenta e cinco cartas não incluídas na edição de Lúcio de Azevedo, como também
por via da investigação nos fundos das nossas bibliotecas, que lhe deram o
conhecimento minucioso desta face tão cativante da vida e obra de Vieira.</span></i></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">Nesta conformidade, o estudo de Carlos Maduro é o que até
ao momento parte de uma base mais alargada do epistolário vieirino e o que,
como tal, nos permite aceder a uma perspetiva mais completa das </span></i><span lang="pt">Cartas<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, oferecendo-nos não apenas
a novidade da sua interpretação no âmbito da prática discursiva e da teoria
epistolar do barroco, como também um mais pormenorizado e completo conhecimento
do corpus textual. </i></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">Tratando-se de uma tese de doutoramento, não será de
estranhar que as exigências do método o obriguem a uma dilucidação da tradição
epistolar na cultura ocidental, de que Vieira foi por essa via parte ativa,
situando a análise não tanto na perspetiva mais tradicional e comum de fonte
documental para reconstrução da biografia de Vieira ou como elemento auxiliar
para o estudo da sua produção literária. Surgem por isso as cartas estudadas
como «paradigma da retórica epistolar do barroco», atendendo, por isso, às tão
ricas como complexas questões da arte retórica, atinentes à </span></i><span lang="pt">inventio<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, exordio,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></i>dispositio<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, lugares, narração , estilos e fins.</i></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">Mas para lá destes aspetos mais técnicos da análise da
epistolografia de António Vieira, é também através dela que nos deparamos com a
dimensão do seu autor como homem do mundo, com o seu cosmopolitismo, a sua rede
de relações corporizada num rico e influente universo de destinatários, a
riqueza intelectual manifestada nas fontes da inventio, a que acresce o
interessante capítulo dedicado à dilucidação e interpretação das metáforas
utilizadas por Vieira na sua escrita, traduzindo a peculiar experiência de </span></i><span lang="pt">homo viator<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, tantas vezes
retirada da vivência da viagem marítima, da tempestada e do confronto com a
«natureza dificultus</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT;">s</span><span lang="pt">íssima».</span></i></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin: 1em 0px; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt">Por outro lado, a interpretação e análise das Cartas que
aqui nos é dada permite também ao leitor o estabelecimento de interessantes
pontos de contacto com o pensamento de Vieira e com os temas mais candentes da
sua vasta obra, expressos também nos Sermões e obras proféticas. Aqui nos
deparamos com o Vieira político e diplomata, seduzido com os jogos da
diplomacia europeia e com a estratégia das guerras intestinas que assolavam a
Europa, «sem cabeça nem união»; com o Vieira perseguido pelo Tribunal do Santo
Ofício, o qual, como dizia, sendo santo pelo nome não assegurava a santidade
nem a ciência aos seus juízes; pelas </span></i><span lang="pt">Cartas<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> vemos também a sua conceção do mundo como
teatro e da vida como comédia, no qual havia que representar um papel digno,
com a arte e o engenho para lidar com a suspensão e a expectação; é também o
Vieira seduzido pelo imaginário barroco e pelo maravilhoso cristão, tão afeito
à interpretação de prodígios e presságios astrológicos, nomeadamente os que se
articulavam com a interpretação do significado astrológico dos cometas, a que
tanto se dedicou, sem, enfim, esquecer o Vieira visionário, o Vieira humanista,
defensor da dignidade dos povos descobertos e escravizados sem título legítimo
e em guerra injusta, pois que em matérias tão relavantes como as da soberania e
da liberdade, colocava no mesmo plano a coroa de ouro e a coroa de penas, e
como finalidade principal do império a evangelização e o </i>ius praedicandi<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.<o:p></o:p></i></span></div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-21268805030324034052012-03-18T05:25:00.001-07:002012-03-18T05:29:51.273-07:00Vinho e enchidos Salazar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-honOUOMtZBU/T2XUPiu7VzI/AAAAAAAAARk/eVHmmubRTr8/s1600/porca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-honOUOMtZBU/T2XUPiu7VzI/AAAAAAAAARk/eVHmmubRTr8/s1600/porca.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou muito curioso em relação ao potencial desta marca desde que a fábrica de enchidos Aleu encerrou, lançando dramaticamente mais um conjunto de trabalhadores no desemprego, e o branco da adega Cooperativa de Vila Real, vencedor do melhor vinho do mundo em prova cega, desapareceu do mercado a preço convidativo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Salazar, portanto, e depois de morto, só me interessa enquanto fornecedor sério de produto de qualidade capaz de combater o meu profundo regionalismo. Acho mesmo que se depara uma luta difícil para o antigo governante ou ditador, conforme os gostos, conseguir igualar em qualidade a saudosa extinta alheira Aleu ou fazer frente ao branco fresco das terras circundantes de Vila Real. </div>
<div style="text-align: justify;">
Acresce ainda uma segunda dificuldade para Salazar, mesmo que se revire na tumba as vezes que precisar, tem de lutar afincadamente contra um sério candidato na questão da alheira, trata-se, nem mais, que do fabricante "Fumeiro da Porca". O nome é bem visto, pois não se trata do caso do fumeiro resultar unicamento de porca fêmea; nem as alheiras gostam propriamente que as misturem com carne tão impura, manda a tradição judaica que sejam feitas de carnes brancas e de pão, sem essas contaminações suínas. O fumeiro é da porca, mas da Porca de Murça, animal imponente, que tanto podia ser porca como ursa, que para o caso nem interessa. A modos, diga-se também, do não menos apreciado tinto ou branco da dita Porca, que o animal, bem mungido ou bem talhado, dá sempre do melhor que pode haver.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, quanto à famosa discussão da marca, cada um vai buscar à terra aquilo que tem para lhe dar nome, uns vão buscar um porco outros vão buscar um salazar. Se a diferença é grande ou pequena, isso ficará ao critério de cada um e só o saberemos depois da prova. Que vai ser interessante não duvido, imagine-se um Jerónimo a ter uma disenteria por lhe ter caído mal uma tabafeira salazarenta. </div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-22709543627692817722012-03-07T06:15:00.002-08:002012-03-07T08:26:17.437-08:00A socialista Ana Gomes integrou na terça-feira, em Bruxelas, um conjunto de eurodeputadas que representaram a peça de teatro Os Monólogos da Vagina<div style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-V5RaJsHXVHA/T1eMF8aeMvI/AAAAAAAAARY/cYFF9hXtZdY/s1600/modelo-fonte171.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-V5RaJsHXVHA/T1eMF8aeMvI/AAAAAAAAARY/cYFF9hXtZdY/s320/modelo-fonte171.jpg" width="320" /></a>A socialista Ana Gomes integrou na terça-feira, em Bruxelas, um conjunto de eurodeputadas que representaram a peça de teatro Os Monólogos da Vagina, para alertar a sociedade para o problema da violência contra as mulheres.</div>
<div style="text-align: justify;">
«Foi só uma experiência», confessou no final a socialista aos jornalistas portugueses, preferindo destacar as «diferentes nacionalidades e orientações políticas» das eurodeputadas que deram corpo às variadas personagens e histórias da peça.</div>
<div style="text-align: justify;">
A peça galardoada Os Monólogos da Vagina, da norte-americana Eve Ensler, foi interpretada em Bruxelas, no Parlamento Europeu, por nove eurodeputadas de vários países e grupos políticos europeus. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ana Gomes, que foi a única portuguesa que integrou o projecto, declarou que já conhecia a peça em dois registos diferentes: na primeira vez viu-a em Nova Iorque e depois em Portugal, com interpretação da «grande actriz portuguesa» Guida Maria.</div>
<div style="text-align: justify;">
(Fonte Jornal Sol)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não quero ser puritano, e pelo facto de não o ser é que faço este comentário. Mas já que o assunto tem a ver com a eterna guerra dos sexos, apetece-me reflectir sobre a força das palavras e o caráter mais ou menos intencional com se escrevem as coisas e se dão títulos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora, se a violência doméstica é para aqui chamada com este título, confesso que me ocorreu logo ver a coisa ao contrário. Os monólogos do pénis. Confesso!!! Que título horrível!! Mas se fosse, suponhamos, "As violências do caralho", admitamos que o cu daria mais com as calças. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fui grosseiro, seja, mas chamei aos bois pelos nomes; é que, com estas modernices vocabulares, nem aos calcanhares se chega do Quim Barreiros. Há outras formas de dar nas vistas.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-85475052659512220802012-03-03T10:01:00.002-08:002012-03-03T10:03:28.677-08:00Ó isto, ó aquilo, ó aqueloutro...<div style="text-align: justify;">
Vem isto a propósito dos insultos. Os filhos das digníssimas mães, dos digníssimos pais, dos pretos, brancos e azuis (assim de repente para não ser acusado de racismo). E, como se não bastasse, agora os insultos às digníssimas esposas, ele são os empresários da noite, da rua Escura, mais conhecidos por azeiteiros e outros nomes de que o pudor e recato me manda ocultar.</div>
<div style="text-align: justify;">
E todos ouvem e calam, é verdade. Ouve e cala o Presidente da República, ouve e cala o Primeiro-ministro, ouvem e calam os polícias e juízes e, claro, ouvem e calam os pais, as mães e os professores. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não tem que ser assim. Perdido o respeito, só há uma forma de o repor, e essa forma não passa pelas palavras mansas, que de mansos está o mundo cheio que baste.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda há pouco, aliás, depois de ouvir já esta notícia até à exaustão; no seguimento do que tem vindo a ser feito nos últimos anos; os senhores jornaleiros, de todas as tv's, diga-se também, continuam a repetir o "ó chulo". Manda o dicionário que se dê o significado:</div>
<ol>
<li><div style="text-align: justify;">
próprio de ralé; grosseiro; rústico; soez; lascivo</div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
(<i><span style="color: green;">Pejorativo</span></i>) que <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/viver" title="viver">vive</a> à <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/custa" title="custa">custa</a> de <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/algu%C3%A9m" title="alguém">alguém</a></div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
(<i><span style="color: green;">Pejorativo</span></i>) que vive à custa de alguém em troca de <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/favor" title="favor">favores</a> <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/sexual" title="sexual">sexuais</a> e/ou <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/relacionamento" title="relacionamento">relacionamento</a> <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/amoroso" title="amoroso">amoroso</a></div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
(<i><span style="color: green;">Pejorativo</span></i>) que explora <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/prostituto" title="prostituto">prostitutos</a> ou prostitutas, recebendo parte do <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/dinheiro" title="dinheiro">dinheiro</a> por eles feito</div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
(<i><span style="color: green;">Pejorativo</span></i>) marido que vive à custa da mulher</div>
</li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
Para o caso, talvez unicamente se aproxime ao significado do ponto 2, mas mesmo assim, nada que uma semana atrás das grades não tirasse a vontade a muito espertinho de voltar a repetir o dito cujo. E, por favor, não me venham dizer que isso seria voltar ao tempo do salazarismo; no mínimo, ao tempo do salazarismo, só se fosse com umas chicotadas pelo lombo abaixo.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-56441051656757498932012-02-21T13:58:00.002-08:002012-02-21T13:58:49.195-08:00A Quaresma<div style="text-align: justify;">
Apeteceu-me falar do Carnaval, mas preferi esperar pela Quaresma. </div>
<div style="text-align: justify;">
É verdade que ainda faltam duas horas. Mas muito sinceramente é a festa, sim, disse bem, a festa, que mais se enquadra no meu estado de espírito. Posso mesmo dizer que desde que um senhor chamado Sócrates tomou o poder e congelou o meu salário que nunca mais saí da Quaresma, já lá vai daqui a pouco uma década.</div>
<div style="text-align: justify;">
E por isso, a mim, nunca mais apanharam em folias e carnavais. "Prontos", é assim mesmo, salta e folia quem ainda tem força, sabe-se lá aonde. De Quaresma ou de quarentena, conforme a fé da cada um, ficam uns outros tantos que já lhes viram o samba há muito tempo, pena que na santa democracia, mesmo os pitosgas ou bitosgas, conforme o sotaque e o grau, contribuam para que o povo nunca se engane.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até lá, pois, continuarei a respeitar os jejuns da sextas e o da próxima quarta, que por sinal é daqui a pouco, esperando, muito sinceramente que o Pastor Alemão não me obrigue a jejuar o resto dos dias da semana. De qualquer forma, e no pior dos casos, já levo vantagem, vou ficando treinado. </div>
<div style="text-align: justify;">
Procurei imagens da Quaresma, mas só aparecem fotografias do Quaresma e esse duvido que saiba o que é a Quaresma.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442609753193502775.post-57977190396561167122012-02-18T05:23:00.001-08:002012-02-18T06:59:52.522-08:00Mario Balotelli e os insultos racistas<div style="text-align: justify;">
Diga-se desde já que destesto ouvir insultos no futebol. Diga-se também que sou pelo Porto e abomino os FDP. Diga-se ainda que o maior insulto que se pode chamar a alguém é FDP. </div>
<div style="text-align: justify;">
E agora pergunto: por que raio de conversa as federações, as ligas, as UEFAs e as FIFAs nunca se preocuparam com os bocas de lavagem (quem não sabe o que é, lavagem é a comida que se deita aos porcos) e ficam tão chocados com os insultos racistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Diria mais, se alguém me chamar copinho de leite, será que a UEFA também vai punir os adeptos; se alguém chamar a um jogador urso polar, a UEFA vai punir a ofensa racista? E então: Ó albino FDP? Não se faz nada?</div>
<div style="text-align: justify;">
Imagine-se agora um insulto do género, ó lã ovelha, para seres carneiro só te falta um par de cornos; ou então, vai prá tua terra, ó esquimó do carvalhido. A lista seria interminável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o facto torna-se mais curioso quando se observa a pinta do ofendido, um tal Mario Balotelli, a quem me merece todo o respeito a nacionalidade dos pais, ganeses, mas que me levanta todas as dúvidas quanto ao local de nascimento, Palermo. Com efeito, a cara não podia dar melhor com a careta. E quando digo careta, não me refiro à cor, mas ao comportamento, a lista é interminável. Logo o menino foi o ofendido, os outros jogadores da mesma cor, a começar pelos nossos, são surdos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se a isto se juntar a distinta lata dum clube inglês, logo um inglês, ficar ofendido com insultos racistas, onde isto já chegou. É caso para perguntar se quem se ofende ou quem se faz ofendido ainda não se apercebeu de que o colonialismo já acabou. Mas curiosamente, e não entendo muito bem, o ofendido nasceu na Europa, foi criado na Europa, come na Europa e faz-se de virgem ofendida quando lhe chamam africano.</div>Plural 7http://www.blogger.com/profile/14837075881726283564noreply@blogger.com0