
Por vários lados me encontro relativamente ligado ao acontecimento, o prémio sai da minha terra, até conheço bem o local, até de vez em quando escrevinho umas coisas e só me resta, onde chega a distinta lata, de também sonhar com uma coisa daquelas. Mas a verdade é que, Casa de Mateus, só se for de compota e, mesmo essa será feita lá para o Oeste ou coisa parecida que forneça o LIDL; quanto ao vinho, já nem se fala, desde que a Sogrape lá fechou a tasca.
Concluindo, queiramos ou não, o prémio de Mateus, pelo cardápio dos agraciados, é assim uma espécie de 10 de junho e fica mal não receber o prémio daqueles que, mal ou bem, ainda nos vão alimentando a gamela. Se assim não fosse, muito generosamente, não seria de espantar que o distinto júri estivesse a passar o cheque a um qualquer desempregado, como sucedeu recentemente no prémio Leya. Pois, mas esse é de prova cega, e o mundo é dos que dão nas vistas, seja de que maneira for.