Ciclicamente, volta a falar-se deste projeto de lei. Dizem que finalmente vai ser levado à Assembleia da República. Pelo que vejo, por iniciativa de partidos ideologicamente ligados à direita, o que me leva a desconfiar da esquerda.
E no meio deste ping-pong esquerda / direita, dá-me vontade de rir como, de forma tão descarada, se passa uma esponja por cima dum largo relambório de ataque descarado à Igreja, como única e simples depositária duma injustiça cometida há séculos contra este povo e que teve na Inquisição e no Tribunal do Santo Ofício o seu lado mais visível e repugnante.
Aproveitem a boleia das pedofilias, das homossexualidades, das negociatas do Vaticano e metam também no rol esta dos judeus sefarditas espoliados. Afinal não somos nós todos um povo de espoliados?
É que, se esta lei não passar, apetece dizer aos partidários das urnas de cristal que, se não papam velhinhos, ainda não chegaram à era do digital, continuando no tempo da cassete magnética. Efetivamente, o caso dos judeus sefarditas está muito para além das guerras entre israelitas e palestinianos, diz-nos diretamente respeito e é duma enorme hipocrisia continuar a destilar ódio contra antepassados que nos são comuns, desprezando ao mesmo tempo as vítimas de quem também nos corre sangue nas veias.