Somos efetivamente um povo piegas e de pieguices, finalmente estou de acordo com o nosso Primeiro Ministro.
Sempre fomos, somos e não duvido que continuaremos a ser. Nem conheço, daqueles que conheço e mal, povo mais piegas que o português.
Há coisa mais piegas que um fado cantado a meio da noite entre lágrimas do xaile da minha mãe? Apesar disso, é património cultural da Humanidade.
Houve coisa mais piegas do que um solteirão perdido no meio dos calhaus da ponta de Sagres a ver pescar tainhas? Mas por causa disso descobrimos o mundo.
Ou indo mais atrás, há coisa mais piegas que um rei a conversar com Cristo e receber dele a promessa de que íamos dar cabo dos mouros todos. E desse encontro ainda fazemos memória na bandeira republicana.
Mas muito mais, muito mais. Vejam a pieguice de colocar um gaiteiro a tocar gaita de foles e a dançar com os índios, e deste bailarico nasce-nos um Brasil.
E porque o assunto me é muito caro e não quero se excomungado, já para não falar dum país, não de maricas, mas de marianos, agarrados às saias da mãe ao longo de toda a história, E, apesar disso, o altar do mundo.
Finalmente está na hora de deixar de ser piegas, concordo perfeitamente e o primeiro passo, bom, o primeiro passo é olhar para a TV e começar a imitar os gregos. Queiramos ou não, os piegas também têm momentos de intervalo, mas ficam sempre mais próximos de Ulisses e de Eneias do que de Nietzsche, Freud e Marx, e por aqui me fico.
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