Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

O limpo e o turvo

      A questão Relvas, Bolonha, equivalências, novas oportunidades, é uma questão turva e sempre será turva na medida em que não é limpa.
      Aliás, sempre que há um júri e há uma suposta individualidade pela frente, nunca há limpeza, por mais que digam que ela existe, passem o algodão e ele tem sempre lá qualquer coisinha.
      Efetivamente, situação imaculada só existe uma, a prova cega ou o exame sob anonimato. O resto, escrevam, barafustem, discutam, podem dissertar à vontade, há sempre um se...
      É inquestionável que todos devem ter acesso a novas oportunidades, é inquestionável que os senhores relvas deste país devem ter acesso e condições para o fazer, é claro. Mas nas mesmíssimas condições de exigência que foram dadas aos outros.
      Tem-se confundido aqui conhecimentos, saberes, com frequências. É evidente que há muita gente que não precisa de frequentar a Universidade para nada, antes pelo contrário, a Universidade é que tem muito a aprender com eles. Mas a prova disso não pode ser a olho, nem pelo tino. Tem de haver uma prova, um documento escrito que obrigue suas senhorias a mostrar que realmente são senhorias. E não pode ser por e-mail, tem de ser presencial, corrigido em anonimato, com a nota correspondente e todas as possibilidades de recurso que a lei permite. Um exame até pode ser elaborarado de forma a envolver mais do que uma cadeira.
     No ensino, não há lugar para deputados, nem políticos, nem famosos, só para professores e alunos, conforme a posição em que se encontrem. Quem quer canudos tem a ajoelhar e rezar.