Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Opinião sobre a Corda de Judas Iscariotes

      Porque faz bem ao ego, ao contrário do que diz este amigo que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente; porque não lhe pedi autorizção para divulgar publicamente um e-mail pessoal, assino com anonimato de "Um leitor" e uma ou outra rasura pontual. 

      Fantástico! É o que posso dizer-lhe sobre "A corda..."... li-o em duas penadas, como se diz em português!
     Talvez não seja um livro fácil, isto é... transmite saber e conhecimento (o que eu aprendi! Caramba... e se gosto disso!) o que nem toda a gente aprecia, está preparada ou mesmo procura num livro, muitas vezes preferem rever-se nas angústias do herói e assim exorcizar as suas depressões, ou fazer uma leitura directa dos casos relatados sem qualquer ligação a coisa nenhuma, pelo vazio das suas mentes...
    É um livro erudito e para os amantes quer da boa literatura (gosto do seu estilo de escrita) quer dos grandes temas, e a ligação ao presente fazem dele uma trama actual e que se lê com gosto. Atrevo-me a dizer que já vi filmes com argumentos mais fracos... e que foram sucesso!
    A ligação com o Padre António Vieira e a sua visão globalizante é sublime! Confesso que a minha preferência vai toda para essa época, aliás muito bem interligada à acção na actualidade e ao estabelecer do laço entre o cristão-novo e o judaísmo [...].
    Olhe... põe o Olho de Herzog KO! Na minha sincera opinião de leitor... embora perca apenas pela grandiosidade e diversidade das descrições históricas para No Rasto do Jaguar, que muito sinceramente é uma das melhores obras que li ultimamente.
     Não consigo perceber de facto que ou quais reticências teriam feito hesitar na publicação? Talvez porque o meu amigo não se chame Rodrigues dos Santos? Ou Sousa Tavares? Tal livro, com a promoção (falo de esclarecimento!) adequada seria um romance muitíssimo importante para as nossas memórias e compreensão de tanta coisa... desde logo dos judeus, que são parte da nossa gente e de nós mesmos enquanto povo! Ignorá-lo é desconhecer e negar que somos afinal uma espécie de "cozido", onde se mistura tudo o que é sangue e povos do Mundo antigo inteiro! E basta percorrer com olhos abertos este pequeno país e ver as diferenças gritantes, físicas e culturais, entre a nossa gente, que são disso testemunho e fazem dele uma maravilha da diversidade.
    Isto que digo não se destina nem a aumentar-lhe o ego nem a ajudá-lo a carpir-se, já percebi que como Transmontano de gema é pouco dado a isso e nem precisa!
    Mas que é uma pena o seu livro não estar devidamente assinalado nas livrarias é um facto! Assim como do sublime pensamento desse homem que foi o Padre António Vieira, saber de onde possam ter-lhe vindo as suas idéias, e aquilo que nos falta descobrir sobre nós próprios, povo que se vem perdendo e esquecendo de si mesmo!
    Creio que a forma de se ir educando e tentando levar a água ao moinho dos que ainda pretendem continuar a ser povo, não por nacionalismos bacocos mas por identidade cultural que sentimos, é através da leitura e não de forma pesada, com tratados ou ensaios, mas aligeirando a história e contando-a através de histórias e romance, promovendo a curiosidade sobre temas e pessoas, mostrando que a ficção perde para a história no tocante ao maravilhoso e ao imaginário!
     Despertei já para vários assuntos que o seu livro me trouxe, desde o nome do meu amigo Manaças... ao "ladino", coisa que desconhecia totalmente! Estará ele ligado ao mirandês?
     Enfim, desculpe-me estar a roubar-lhe tanto tempo, mas o entusiasmo que senti com o seu livro me fez perder as estribeiras... perdoe-me!
     Com uma grande abraço e o bem-haja pelo que me proporcionou com a escrita do seu livro
     (Um leitor devidamente identificado)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Citröen BX

      Está na altura de se fazer um peditório nacional para erguer uma estátua a mais um dos fenómenos do providencialismo português, o BX. Seguindo a velha máxima da metáfora peregrina, cornos lembra vaca, vaca lembra leite, leite lembra luar, luar lembra lua, logo a lua é uma vaca. BX lembra Citröen, Citröen Bx lembra rodagem, rodagem lembra Figueira da Foz, Figueira da Foz lembra congresso, congresso lembra PSD, PSD lembra Cavaco, logo o BX é uma estátua.
     Isto claro está, para quem vê o providencialismo no BX; existem os outros que continuam à espera dum outro sinal divino. Partindo do princípio de que ele não se  manifesta mais através dum automóvel, visto que os automóveis já não fazem as célebres rodagens, pergunto onde encontrá-lo?
    Aceitam-se sugestões para o sinal do providencialismo lusitano. Mas nunca nos devemos esquecer dos sinais, o sinal é sempre dos pobrezinhos, é um bom sinal, lembra o Presépio de Belém. O providencialismo chegou de BX e acaboiu por andar de Mercedes, isto mostra-nos a incoerência dos homens; o Messias chegou a Belém de burro e entrou solenemente em Jerusalém de burro. O máximo que poderia pedir-se, neste momento, é que o futuro salvador chegasse de dois cavalos, claro, mais por simbolismo, que o modelo está esgotado. 
    Cá por mim, lanço a primeira pista, o futuro homem providencial acho que devia vir na Ryanair. É isso, de Ryanair, que venha até do Raio que o Parta, mas que venha de Ryanair. Cruzes canhoto, não quer dizer que venha da Irlanda, nada disso, quer dizer que venha de fora e que venha disfarçado de pobrezinho, só isso. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Largueza - de António Luiz Pacheco

      E que Largueza, são mais de 1300 páginas bem cheias ao longo de dois volumes.
     Acabei agora mesmo de receber esta obra, num negócio de trocas entre gente que vai escrevendo e vai conversando pela Net acerca daquilo que faz na campo das letras. E que aventuras! Só ao folhear, nem é preciso confirmar na autoridade fornecida pelos dados biográficos do autor, promete uma grande viagem a África e arredores, logo a mim que nunca saí de casa da vovó Europa.
     Fiquem-se os ilustres poetas e homens das letras pelos seus doutos pareceres. Muita gente saberá o que quero dizer. Não sabem o que perdem, ou única e simplesmente, pelo facto das sumidades editoriais não lhe terem servido o prato, ficaram in albis; ou então, talvez pela idade, já não tenham força física e anímica para enfrentar Tolstoi's.
     Aos leitores só posso dizer para continuarem a comer fast food. Eu, cá por mim, dou-me ao luxo de comer aquilo que muito simpaticamente me colocam na mesa. Este prato demorou a preparar largos anos, escrito com um cuidado que é raríssimo encontrar. Hoje prometi ao seu autor que vou começar a degustação e entre leões e tigres verei se posso achar alguma daquela humanidade que entre peitos humanos não encontrei.  

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Literatura motivacional, dois pés ou duas rodas?

      O mundo dos livros não vive só de poesia ou de romance, vive também doutros temas. Pessoalmente, as conversas com Deus, a forcinha para arranjar novos amigos ou vender sabonetes e ser multimilionário nada me diz. Gostos são gostos e fico-me por aqui. Mas entendo que a há um espaço importante para a Literatura motivacional, a verdadeira, e fica aqui a sugestão de quem está mesmo muito precisado. Por isso, indico logo dois livros do José Luís Vieira.


      O Guia Prático da Caminhada mostra-nos que caminhar pelo simples prazer de ir ao encontro da Natureza nos traz melhorias na saúde, tanto física como mental, contrariando a tendência da nossa sociedade acelerada e stressante, de uma forma segura e prazeiroza.
      Hoje em dia começamos a ficar dependentes da tecnologia para nos deslocarmos, mesmo em pequenos percursos quotidianos, e este guia pretende que redescubra o prazer de fazer algo que nos é próprio: Caminhar.
      Depois do Guia Prático do Ciclismo de Lazer, levamos até aos leitores os pontos chave para que se possa fazer de um passeio ao ar livre um dia relaxante, ao invés de ficar em casa a acumular gorduras e tensões que podem ser dissipadas apenas com uma leve caminhada.
      Vá pelos seus pés e Boas Caminhadas.


      Com este Guia Prático de Ciclismo de Lazer não se pretende ensinar as pessoas a andar de bicicleta, nem a como o fazer. Pretende-se apenas indicar algumas linhas orientadoras que levem a uma prática segura e saudável deste desporto cada vez mais em voga. Alimentação, hidratação, saúde, segurança, vestuário e equipamento, bem como a manutenção da bicicleta e ainda técnicas para que se possa desfrutar em pleno do ciclismo ao ar livre, são alguns pontos presentes neste guia que não se destina apenas àqueles que se iniciam, mas a todos os que encontram no ciclismo um meio de transporte ou um escape para a vida atarefada da nossa sociedade.

     Boas pedaladas...


 
      A dificuldade está em saber por onde começar, uma questão de investimento: ou comprar umas sapatilhas que custam tanto como uma bicicleta ou comprar uma bicicleta que custa tanto como um carro?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Angelina, uma mulher do povo na I República

   Em tempo de celebração do Centenário da República, fica aqui também a sugestão para uma das melhores publicações sobre o tema. Digo melhores, quanto mais não seja, pelo facto de escapar ao conjunto de lugares comuns e estereótipos que já dão náuseas. Quanto ao autor, Manuel Dias Duarte, só posso dar o testemunho pessoal dum incansável investigador que tive oportunidade de conhecer recentemente e de quem me tornei admirador.

     Morto o rei D. Manuel II, em 1932, Maria Pia, considerando-se única descendente da ala liberal da Casa de Bragança, reaparece para reivindicar o trono português a que se julga com direito.

     De imediato se urdiu a trama: tratava-se de uma impostora.

     Promovida pela República a dama de companhia da infanta, até que, menina mas ainda não moça, foi levada para longe de casa de seu pai, só a lavadeira de D. Manuel II a poderia identificar.

      http://www.fontedapalavra.com/catalogo.htm

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Teatro - Miguel Real

      A Fonte da Palavra tem vindo a dar uma importância particular ao teatro. Quem mais o faz? É fácil encontrar a resposta. Não é, por isso mesmo, de estranhar que possamos descobrir em catálogo algumas das obras mais recentes de Miguel Real. Talvez se associe este nome ao romance, mas nem tudo passa pelo romance e a dupla é particularmente imbatível e duma simpatia digna de todo o realce. 

     Cada um por si ou os dois em conjunto, temos escrito teatro de temática histórica e de resgate de momentos culturais importantes na história da cultura portuguesa. As três peças ora publicadas possuem uma outra dimensão - são peças de actualidade e de intervenção social - a primeira, Vodka e Cachupa, trágica, sobre os imigrantes, que mudaram radicalmente a face da cultura portuguesa, a segunda, Uma Família Portuguesa, dramática, sobre as tensões que atravessam a família portuguesa hoje, e a última, Viúva Recente, cómica, sobre as indecisões e as perplexidades de uma mulher portuguesa divorciada ou viúva, que ambiciona retomar a normalidade da vida.

Vodka e Cachupa -Menção Honrosa no Prémio de Teatro Bernerdo Santareno de 2009

Uma Família Portuguesa - Grande Prémio de Teatro da Sociedade Portuguesa de Autores / Teatro Aberto, Levado à cena no Teatro Aberto, com encenação de Cristina Carvalhal, 2010, espectáculo seleccionado para o Festival de Teatro de Almada e para um Festival de Teatro na Finlândia

Viúva Recente - Prémio de Teatro Bernardo Santareno de 2009
http://www.fontedapalavra.com/catalogo.htm

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Comunicar Bem - Práticas e Estruturas Comunicativas

     Esta é a segunda proposta, acabadinha de publicar e já na segunda edição, sinal da necessidade deste tipo de abordagens. Em relação à autora, sou eu mesmo testemunha da competência e do rigor que coloca em todos os seus trabalhos académicos.

     Este livro pretende oferecer bases seguras a quem quer frequentar um curso universitário na área das humanidades.

Comunicar Bem reúne um conjunto de orientações para ajudar os estudantes na realização de trabalhos escolares e académicos, desde a melhor forma de chegar à informação até ao comentário de diferentes produtos culturais, por exemplo, frases ou citações, textos técnico-científicos, literários, fílmicos e imagens, não descurando o que pode clarificar uma página escrita, por exemplo, a sua apresentação material e a exactidão do tom. Pretende igualmente propor aos professores práticas de utilidade na promoção de competências comunicativas.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A Cozinha é um Laboratório

   Num Blog que fala de muita coisa, mas principalmente de livros, vamos lá às nossas propostas de prendas de Natal. O critério de escolha é unciamente um, a minha editora e alguns dos seus colaboradores. Como não conheço as obras todas, mas já conheço algumas e alguns dos seus autores, que me seja então perdoado ter preferência por estas que vou apresentar. E como estamos em época de festas de Natal, com todos os exageros da culinária que trazem, que tal começarmos pela cozinha? Considero mesmo que se alguma coisa existe em Portugal que faz de nós o Quinto Império do Mundo, não há dúvida que é na culinária, claro, em época de crise e falta de açúcar, sem tantos abusos e com alguma criatividade.     


  Com este livro gostaríamos de mostrar às pessoas que cozinham que a maior parte das directivas culinárias que têm recebido ao longo da vida têm uma razão – mas que também as há que não têm razão alguma. É importante questioná-las, tentar compreendê-las... As alterações que os alimentos sofrem durante os processos culinários têm justificações de base científica que a maior parte das pessoas desconhece. Daí que cada passo duma receita possa ser compreendido à luz de conhecimento científico. A cozinha é mesmo um laboratório! Compreender o que se passa quando preparamos um belo bife grelhado, com ovo a cavalo e acompanhado de batatas fritas pode não trazer grandes melhorias no resultado final, mas dá, por certo, algum prazer intelectual e faz-nos entender que as tais instruções são o resultado de um trabalho baseado no método da tentativa e erro levado cabo ao longo de anos e anos. Certamente já lhe disseram que a curiosidade matou o gato. Não vá nessa... Não tenha medo! Vamos decifrar conjuntamente alguns dos enigmas culinários que nos têm perseguido.


 

 

 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Fonte da Palavra

       Já falei aqui dos meus livros, é altura de apresentar a editora da Corda de Judas e de dar lugar a alguns dos meus, permitam a expressão, colegas desta casa tão prestável.


      A criação da Editora Fonte da Palavra vem no seguimento de um trabalho editorial que dura há 35 anos e também por uma exigência do mercado. Por vezes é necessário mudar e José Marques, editor vai para 30 anos, em conjunto com outras pessoas, decidiram que estava na altura de aparecer uma nova editora com outra dinâmica e com outra filosofia.
       José Marques já passou por alguns projectos editorais, uns mais conhecidos que outros, já esteve ao lado de grandes escritores e reconhece, neste novo projecto que nasceu no decorrer de 2009, poder vir a estar ao lado de outros grandes escritores. Um dia sem sabermos podemos ter a sorte de ter ao nosso lado um autor que venda muito, é preciso acreditar que isso pode acontecer. Há sucessos que se fabricam, mas também há outros que nascem espontaneamente. José Marques já viu e passou por alguns assim. Não refere nomes para não ferir susceptibilidades.
       Esta editora não tem uma especialização, quer fazer livros. Cada livro é um livro e têm que se acompanhar o melhor que soubermos e pudermos. Isto é como ter um filho, primeiro temos que fazê-lo, depois ajudá-lo a crescer, é isso que se tenta fazer com todos os livros que a Editora Fonte da Palavra lança no mercado. Nesta editora gostamos de todos por igual. No entanto, duas ou três colecções vão merecer a nossa atenção, são colecções dirigidas a públicos universitários por professores universitários. É preciso criar esta imagem porque são os estudantes que mais ajudam a divulgar o nosso trabalho.
      Tudo ou quase tudo pode ser editado na Editora Fonte da Palavra. Temos desde o romance, à poesia, ao ensaio, biografias, livro infantil, teatro, cinema, lazer, gastronomia, etc., etc. Mas também vamos tentar arranjar ideias e lançar projectos que não sejam só livros. Temos a certeza que vão aparecer pessoas com projectos criativos e que nos possam interessar fazer.
       Projectos para o futuro é difícil responder, porque o futuro é já o próximo livro. No entanto, ao momento, estamos trabalhar alguns livros novos, de alguma forma já a pensar no futuro. Mas não podemos deixar de pensar no presente. E porque estamos a trabalhar com vários organismos oficiais, podem também eles apresentar alguns projectos de futuro. Quer isto dizer no imediato.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Geolíngua

     O texto não é meu, nem o interesse pelo Quinto Império continua adormecido, pena que tenha um dos seus principais defensores do outro lado do Atlântico. Depois disso, só mesmo falando com o Roberto Moreno e ver a forma como ele sente esta dinâmica da Geolíngua. Vale a pena conhecer o sonho deste homem e o que ele pretende fazer no Mundial de 2014 no Brasil. O Roberto apareceu de surpresa no lançamento da Corda de Judas Iscariotes, a imagem é reveladora dum visionário que afirma com a maior das convicções que a Língua do futuro não vai ser o Inglês mas o Português.


PORTUGUÊS, LENGUA DE LA GLOBALIZACION!
... título que gostaria de ver publicado, no jornal independente espanhol, El País.

      Nasci na cidade de São Paulo (Brasil) neto de espanhol e italiano, nunca tive dificuldade em compreender estas duas línguas. Cresci falando e escrevendo em português, do Brasil. Já adulto, percebi que o privilégio de entender o espanhol, também é dos mais de 220 milhões de pessoas que se comunicam em português, situados nas terras mais ricas e estrategicamente localizadas no planeta, e, isto é um facto! Alem de, ser o português uma língua de cultura aberta e que dá acesso a outras literaturas e civilizações originais e variadas, nos quatro cantos do mundo.
      Foi em 1214 que surgiu o primeiro documento oficial na língua portuguesa, o testamento de D. Afonso II, que até então era o galaico-português, uma solidariedade natural entre duas línguas irmãs. No século XVI, a língua portuguesa começou a se espalhar e enriquecer-se, tomando dos outros povos não só expressões linguísticas novas como também formas de estar e pensar, dando inicio ao multiculturalismo Era o início da Globalização, via Comunicação, e não como é hoje, somente pela via política-económica.

      Como se sabe, entre as línguas românicas, o português e o espanhol são as que mantém maior afinidade entre si. Tidas como irmãs da mesma família linguística, possuem um tronco comum, o latim, e uma história evolutiva paralela, a da popularização diaspórica do idioma latino na península ibérica e de lá para a América, África e Ásia. Entretanto, é bom salientar que é mais fácil para um “lusófono” comunicar-se em “Portunhol” do que para um hispânico comunicar-se em “Hispanês”.
     A razão para este facto é que há algo muito especial na língua portuguesa, o elemento descodificador do espanhol, do italiano e do francês. A nossa língua possui um sistema fonético vocálico de 12 entidades, composto de sete fonemas orais e cinco nasais. O espanhol tem apenas cinco fonemas orais o AEIOU. Eis o porquê de entre as cinco línguas latinas, o português ser o “Ferrari” deste comboio linguístico.

     É importante divulgar o quanto se pode ganhar com a aprendizagem da língua portuguesa. Por exemplo: - Grande promoção da Língua Portuguesa, pague uma, leve duas e meia! - Dado que ganhamos 90% do espanhol e 50% do italiano, e até, uns 20% do francês. É um valor acrescentado que a nossa língua possui e que nunca foi publicitado. Daí a importância de uma aliança entre os países Iberófonos, que tire partido do facto de conseguirem se entender nas suas línguas maternas. Lembrando que, o Brasil equivale a metade da população e território da América Latina, sendo que, neste século, o centro de gravidade do desenvolvimento económico mundial será transferido para a China, Rússia, Índia e Brasil, ao invés da América do Norte e Europa.

     Visto que, os países de língua portuguesa e espanhola somam 700 milhões de pessoas em metade do mundo, geograficamente falando, e que não possuem problemas de comunicação entre si, deve-se com urgência, elaborar um plano de marketing estratégico para a língua portuguesa! Diante dos FACTOS já descritos, propõe-se promover a auto-estima pela língua e a cultura nos 30 países que compõem a Comunidade Iberófona através de variadas acções concertadas, por exemplo, nas áreas da Educação, Saúde e Segurança, além de fomentar o português como 2ª língua nos países hispânicos e também nos seguintes países, geo-estratégicos, por acréscimo:

      França, onde há cerca de um milhão de “lusófonos”, sendo o português a segunda língua mais falada, alem de que, poderá ser usada como arremesso ao bilinguismo;

       Itália, pelo facto de entendermos 50% do italiano e por ser o Brasil a maior colónia de italianos do mundo, sendo, após o espanhol, a língua italiana a mais próxima da nossa;

     EUA, onde há cerca de 50 milhões de Iberófonos e por factores geo-politico, económico e estratégico. A ALCA (Aliança de Livre Comércio das Américas), por exemplo, é inviável sem o Brasil e caso os EUA adoptem o português como 2ª língua, o poder de comunicação de um cidadão Anglo-Iberófono alargar-se-á para 1 bilhão de pessoas. (... é a “Super ALCA”, trabalhando pela via do diálogo na língua do cliente)

        China, pelo facto do Mandarim estar restrito ao próprio país e, se cada chinês tiver o português como 2ª língua, serão 2.300.000 milhões de Sino-Anglo-Iberófonos, e ainda pela sua aproximação ao Brasil, que em conjunto com a Rússia e a Índia, representam, no aspecto comercial, científico e geopolítico, a nova «Ordem Mundial»;

     Índia, onde há 23 línguas correntes e 1.000 dialectos, a maior industria de audiovisual e informática do mundo. Os Hindi-Sino-Anglo-Iberófonos serão 3.400.000 milhões;

      Indonésia, por razões semelhantes às referidas para a China e para a Índia, pelo facto de fazer fronteira com Timor-Leste, e pela promoção de uma verdadeira, saudável e frutífera democracia de cultos e religiões, através do DIALOGO que assim se estabeleceria entre o maior país muçulmano do mundo e o mundo católico.

     Sendo os Sino-Hindi-Anglo-Iberófonos, bilingues, (mantendo a sua língua materna, mais o português como 2ª língua) a comunicação entre os mesmos exclui o monolíngüismo.

       Visto que, o “lusófono” é naturalmente bilingue (característica única no mundo) e sendo o português a 2ª língua para os hispânicos, a comunicação entre os mesmos exclui o monolíngüismo. Portanto deveremos promover este “Segredo” guardado desde o ano 1214. É o Portugraal. É o “Quinto Império”, da espiritualidade e comunicação. É o GEO-Código! (… antes de Da Vinci, ter existido)

      Outro facto é: no âmbito da política linguistica do Mercosul, os países hispânicos já estão assumindo o português como 2ª língua, visto que o Brasil já oficializou o espanhol como segunda língua, praticando a reciprocidade e fortalecendo a Iberofonia. Recentemente, num Colóquio realizado em Paris – «Três Espaços Linguísticos Perante os Desafios da Mundialização» - o Sr. Boutros Ghali, demonstrou-se totalmente favorável à Franco-Iberofonia.

       Língua oficial de oito estados em quatro continentes, o Português é também língua de comunicação de doze organizações internacionais, nomeadamente na União Europeia, UNESCO, MERCOSUL, Organização dos Estados Americanos (OEA), União Latina, Aliança Latino-Americana de Comércio Livre (ALALC), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Organização de Unidade Africana (OUA), União Económica e Monetária da África Ocidental, idioma obrigatório nos países do Mercosul e língua oficial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), organização que integra a maioria dos países africanos do hemisfério sul.

      A língua portuguesa é como o software Linux, pois pode ser usada e praticada a custo zero, basta assistir a uma telenovela brasileira na sua língua original. É fiável, visto não ser uma língua artificial e sim natural, existe a 800 anos. É uma língua que não depende da moda e não se impõe à força, com praticas etnolinguísticas, psicológicas e financeiras. Está disponível, pela sua presença alargada no mundo e o seu desempenho é confirmado cientificamente por linguistas que endossam a mais valia na aquisição desta língua/software e, que corre em qualquer sistema e hardware !!!!

      Lembremos que, por exemplo, actualmente a TV Globo é a maior produtora de programas próprios de televisão do mundo. O seu acervo de telenovelas e mini-séries é distribuído em diversos idiomas, levando hoje a cultura “lusófona” a espectadores de cerca de 130 países em todos os continentes.

     Aproveitando-se dos altos índices de audiências, que uma telenovela possui, poderá se promover a aprendizagem do português como segunda língua de comunicação e como justificativa teórica e pratica, divulgar a importância de se aprender a língua que une 700 milhões de pessoas. É a Globalização Democrática, 1 cidadão 2 línguas! É a única língua candidata a ser a preferida da Globalização e que preenche os cinco pré-requisitos necessários para que tal aconteça:

      O aspecto Quantitativo, Qualitativo, Geopolítico, Geoeconómico e o quinto é o facto desta língua entender uma outra língua. Ora, o Brasil preenche todos estes cinco requisitos, além de, possuir 30% da água renovável do planeta, a matéria prima para a industria química e farmacêutica, (graças ao Amazonas e a sua biodiversidade), o petróleo e energias alternativas, a agricultura e, os seus 190 milhões de habitantes não possuem problema de comunicação - matéria-prima da informação.

      Actualmente, a Fundação Geolingua está a organizar um novo tratado, simbólico e de promoção de auto-estima, o “Tratado de Tordesilhas II”, cujo objectivo é ressuscitar a maior e mais antiga comunidade dos últimos 500 anos, a CPLP+E – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa & Espanhola.

       São os iberófonos a unir-se, lembrando a importância que já tiveram, têm, e continuarão a ter, estes dois idiomas. Não esquecendo que a Península Ibérica, os Países Africanos Iberófonos e a América Latina (99% Iberófona) ficam “separados” e claramente identificados da outra metade do mundo por uma linha imaginária. A America Latina e a Comunidade Ibero-Americana não deverão, portanto, deixar de fora os países africanos de expressão portuguesa e espanhola, mais Timor-Leste. Que se crie, portanto, uma GEO-Comunidade Iberófona, onde a base passe a ser a língua, a maior ponte para o diálogo de todos os tempos.

    A título de exemplo pode-se citar que o Banco Santander demonstrou-se plenamente favorável ao conceito da Iberofonia ao anunciar publicamente que a língua portuguesa passa a ser, em paralelo com o espanhol, a língua oficial nos 42 países onde o banco se encontra presente.

E, para o xeque-mate final, além de tudo o que aqui já foi dito para se aprender a língua portuguesa, o maior de todos os motivos é, sem duvida:

O FACTO DE A LÍNGUA PORTUGUESA ENTENDER O ESPANHOL

Um mercado de 700 milhões de pessoas presentes na metade do mundo!


  

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prémio Leya 2011

09 Dez 2010

Já se encontram abertas as candidaturas ao Prémio Leya 2011. O prazo para a entrega das obras a concurso termina no dia 31 de Maio de 2011. Por favor consulte o regulamento. poderá obter mais informações neste mesmo site, na área dedicada ao Prémio Leya.


Com características únicas pela sua especificidade e valor -- 100 mil euros --, o Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português.

A procura de novos talentos da língua portuguesa e a sua promoção internacional são prioridades da LeYa. É nossa convicção que o grande crescimento e enriquecimento das literaturas de língua portuguesa nos últimos anos justificam inteiramente, e até exigem, a existência de um prémio desta natureza; a notável adesão de concorrentes de todo o mundo lusófono é sinal do interesse que o Prémio gerou junto do público leitor e de toda a comunidade dos escritores de língua portuguesa.

É também de grande importância a ampla promoção do prémio. A LeYa divulga o prémio e os seus vencedores em Portugal e em toda a vasta área geográfica da língua portuguesa, porque essa é verdadeiramente a sua vocação e o seu campo de acção como grupo editorial.

Com esta e outras iniciativas, a LeYa contribui para a criação de uma verdadeira comunidade, tão diversa nas suas manifestações literárias e culturais, mas tão próxima pela utilização de uma língua comum.

Nota: Caminha a passos largos para a 4ª edição. Até à data pariu duas crias (romances), acho sinceramente que nem as lontras conseguem bater o prémio Leya. Para quem tem propósitos destes, por favor, não brinquem com as nossas caras.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

    Manda a verdade que coloque aqui a resposta de Artur Portela no Blog
http://bibliotecariodebabel.com/geral/premio-leya-2010-nao-vai-ser-atribuido/

    Caro Carlos Maduro:
Sim, concorri ao Prémio Leya 2008 com o romance A Guerra da Meseta.

Sim, tive a informação de que havia sido um dos finalistas.
Permita-me que acrescente duas linhas.
Não, não estive envolvido em nenhuma operação menos clara de marketing editorial.
Não, não tenho conhecimento efectivo de que tenha havido, menos clara, uma operação assim.

Nem em 2008 nem em 2010.

Posso ponderar hipóteses.

Mas sou avesso a processos de intenção.

Grato pelas palavras amáveis, aceite um abraço do

Artur Portela

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu, Peter Porfírio, O Maioral

        A primeira edição do Prémio Leya continua a dar frutos. Desta vez é a Dom Quixote que vai publicar um romance finalista do prémio, e de novo de um autor brasileiro.

“Eu, Peter Porfírio, O Maioral” é o título do romance de Alaor Barbosa que, segundo a editora, narra, “com técnica bastante eficaz e em linguagem originalíssima e poderosa, a história de Peter Porfírio de Andrade, um fazendeiro brasileiro, nascido no interior da região Sudoeste do estado de Goiás, bem no coração do Brasil.”

   Este é mais um dos bestiais que precedeu o grupo de 2010 das...(conhecem a terminologia do futebol, não é verdade)
   Até seria suspeito para dizer umas palavras em relação ao livro, pertencente a Alaor Barbosa, um dos nomes mais badalados no Brasil quendo se fala de João Guimarães Rosa. Só esta ligação seria argumento suficiente para afirmar a qualidade do romance e o quanto aprecio o estilo e o autor.
     Por outro lado, ao prémio, não foram só caloiros, veja-se a obra e o perfil de Alaor. Quantos mais não ficaram calados no seu cantinho é a pergunta que continuo a colocar. Já houve gente que se deu às dores, mas prefere não responder. Assim seja.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Rainha do Cine Roma

A Rainha do Cine Roma - finalista do Prémio Leya 2008


No dia em que se conhecem, Maria Aparecida e Betinho, duas crianças de rua em Salvador, Bahia, tornam-se inseparáveis. Vítimas de abusos por parte dos pais, juntam-se às crianças que fazem do Cine Roma a sua casa e da amizade que os une um antídoto para combater a dura realidade de quem vive a fugir em permanência de um mundo ameaçador.

A Rainha do Cine Roma é um retrato da vida real no submundo, é uma história singular sobre duas crianças que nunca desistiram de sonhar que podiam ser amadas.

«Quem tiver peito fraco, é melhor não tocar neste livro. Porque ele é duro, cru, verdadeiro. No entanto, no fim, fica um fiozinho de açúcar, emoldurando uma réstia de esperança.»

Pepetela, escritor e membro do júri do Prémio Leya

«Surpreendente e intenso, terno e violento, A Rainha do Cine Roma é mais do que um romance para leitores exigentes: é um verdadeiro hino à vida.»

José Manuel Saraiva, escritor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Guerra da Meseta

A Guerra da Meseta

Os olhos imaginam? Guerra da Meseta ou Guerra dos Setenta Anos? Porque esta guerra vem lá do fundo. Do fundo do tempo e do fundo de nós. E prolongar-se-á em outras guerras. De uma delas restará um capacete com buraco de bala por onde se espreita o Mundo. Espreita um menino, cego de um olho, mas muito, muito vigilante. O seu olhar convoca pessoas, coisas, emoções, fantasias. Um largo desfile. Pai, mãe, irmão, casa, escola, rua, igreja, bordel, bandeiras, jornal, cafés, estafetas a correr, tróleis, pombos que filmam do ar, Sala de Corte e Ablação, sala de interrogatórios, tenentes-censores, generais, o Ductor. Tudo isto num país entalado entre a gigantesca Barreira de betão, que o protege de um Mar permanentemente em fúria, e montanhas intransponíveis. A ironia e o lirismo de Artur Portela levam-nos a ver (e a reconhecer?) uma fantástica República da Istmânia. E a revisitar um general que enlouquece e sobe aos Céus para capturar Deus. Uma viagem no tempo e num espaço de geometria variável. Um romance dos cinco sentidos. Seis, porque os olhos são dois. Terrivelmente terno.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A não-notícia

     Decorridas 24 horas sobre o doloroso parto da montanha editorial que pariu uma rata, numa breve pesquisa no google notícias, puffffffff, acabou, já não é notícia.
     Mas que história esta, então não é notícia dizer-se bem alto e aos sete ventos que os escritores lusófonos são um bando de canhotos que não têm unhas, preferia dizer tomates, mas suponho que também haveria senhoras a concorrer, para um prémio com tanto prestígio. Sinceramente já não sei se o prestígio pertence ao grupo editorial ou se ao júri.
    Teria muito dizer em relação ao júri, nomeadamente ao seu presidente, um candidato também ao julgamento popular. E não duvido de uma coisa tão simples como esta, da minha parte acho-o muito mais canhestro para o cargo a que se candidata que todos aqueles que concorreram ao Prémio Leya 2010. 
      Eu sei, eu entendo, só não percebe quem é burro. Não há vencedor, não há publicidade. A grande dúvida, ou se quisermos, o tiro nos pés está em saber se o Rastro do Jaguar deixou mesmo rastro e se o Olho foi mesmo d'olho. Ou me engano muito ou nem para pagar a viagem do Manuel Alegre a Moçambique chegou. 
   

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O vencedor do Prémio Leya 2010 é...

     Segundo as últimas notícias, o vencedor do Prémio Leya 2010 é a incapcidae de 300 e tal escritores não perceberem nada da coisa. Até à data, em mais de mil obras a concurso, ao longo de três anos, só dois conseguiram tal feito. Eu já li as duas vencedoras e algumas das finalistas e, sinceramente, não vi muito bem onde está uma diferença tão grande que justifique tal distinção.
     Por isso, volto à carga. Só posso entender o mistério do Prémio Leya quando for publicada a lista de todas as obras finalistas desde o início. O ideal seria de todos os concorrentes, mas isso não é possível pelo facto de ser uma prova cega, ficando no anonimato quem não é finalista. Até prova em contrário, mantém-se muito pertinente a sondagem deste blogue, que estava a prever este desfecho, com a hipótese de que não seria atribuído este ano o referido prémio pelo facto de não se encontrar como candidato um autor com peso comercial já constituído.

domingo, 28 de novembro de 2010

Seremos efectivamente o Quinto Império do Mundo

Sinceramente, depois desta deliciosa anedota, genuinamente portuguesa, só nos resta acreditar que somos efectivamente o Quinto Império do Mundo.

Um alemão, um francês, um inglês e um português apreciam o quadro de Adão e Eva no Paraíso.

O alemão comenta:
- Olhem que perfeição de corpos:
Ela, esbelta e espigada;
Ele, com este corpo atlético, os músculos perfilados.
Devem ser alemães.

Imediatamente, o francês contesta :
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende das figuras:
Ela, tão feminina,
Ele, tão masculino,
Sabem que em breve chegará a tentação.
Devem ser franceses.

Movendo negativamente a cabeça o inglês comenta :
- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto.
Só podem ser ingleses.

Depois de alguns segundos mais, de contemplação silenciosa,
o português declara :
- Não concordo. Olhem bem:
não têm roupa,
não têm sapatos,
não têm casa,
tão na merda,
Só têm uma única maçã para comer.
Mas não protestam ,
só pensam em sexo, e pior,
acreditam que estão no Paraíso .
Só podem ser portugueses

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Confissão do Imprimor

       Vieira é Vieira por esta interrogação constante, por vezes nem deixa pensar em mais nada, tudo parte dele e regressa à mesma fonte. Depois de passar várias vezes por este texto, uma carta escrita ao Marquês de Nisa em 22 de Junho de 1648, enviada de Haia, deparo-me com este título daquilo que seria supostamente um livro ou algum manuscrito com ideias de o ser, com o título de A Confissão do Imprimor.
       A este respeito, afirmava o Jesuíta: "A Confissão do Imprimor, como tinha nome de confissão, foi proibida pelos Estados, cousa desusada na liberdade destes países, e assim se não acha facilmente; anda-se fazendo diligências; se vier, irá neste correio, e se não, não faltará no outro. Também saiu a Absolvição em flamengo; espera-se que saia traduzida e irá também."
      O texto, à primeira vista, aparenta pouco dizer. Numa pesquisa pela Net, não vejo sinais da referida obra, mas a sinceridade e realismo vieiranos fizeram de imediato disparar a minha costela de católico desavergonhado. Supunha eu, como tão magistralmente ensinam os nossos historiadores, que isto de índex, intolerância e perseguição religiosa era exclusivo da raça católica. E até o homem da sotaina negra, coitado, muito ingenuamente, fica admirado quando diz "cousa desusada na liberdade destes países".
      Afirmar que Vieira está mentir não me leva, muito sinceramente, a acreditar. Na verdade, nunca fui nas cantigas da suposta liberdade, ou mesmo liberalidade dos povos do norte da Europa, não gosto deles e pronto. Cristo também tinha o Apóstolo amado. A intolerância, afirmo na Corda de Judas, é própria do coração dos homens de má vontade, sejam eles de que nacionalidade ou credo forem. Essa é a verdade em que acredito, a outra vem das modas e da ideologia dos historiadores.




sábado, 20 de novembro de 2010

Portugal Quinto Império do Mundo

        É caso para perguntar se somos o Quinto Império do Mundo a dormir ou acordado. O homem que está a dormir, e é objecto do riso, dizem que é o nosso Excelentíssimo Embaixador. Talvez por contágio e por sermos um país dormente, o Senhor Ramos Horta se disponha a comprar a nossa dívida. 
      Ou ainda por tantas sonolências, eu diria distintas latas, o mesmo Senhor tome a liberdade de fotografar o Império Sonolento, prefiro dizer Império Sonolento do que Império a Dormir. Se é verdade, este senhor, preciosidade dos suecos, ou das suecas, ainda há tempos a comprar pastéis de belém e a distribuir autógrafos pelos seus pseudo-livros (para comer os ditos pastéis), deve-nos um pedido de desculpas, a não ser que estejamos mesmo a dormir, o mesmo que dizer, próximos da morte como nação.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

9 7 1 0 5 3 9 9 4 0 0 9 € (NOVE-MIL-SETECENTOS-E-DEZ-MILHÕES-DE-EUROS)

9 . 7 1 0 . 5 3 9 . 9 4 0 , 0 9 € (NOVE-MIL-SETECENTOS-E-DEZ-MILHÕES-DE-EUROS)

CASO BPN: ESCÂNDALO E IMPUNIDADE
A burla cometida no BPN não tem precedentes na história de Portugal !!!
O montante do desvio atribuído a Oliveira e Costa, Luís Caprichoso, Francisco Sanches e Vaz Mascarenhas é algo de tão elevado, que só a sua comparação com coisas palpáveis nos pode dar uma ideia da sua grandeza.
Com 9.710.539.940,09 € (NOVE MIL SETECENTOS E DEZ MILHÕES DE EUROS.....) poderíamos:
Comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo).
Comprar 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid.
Construir 7 TGV de Lisboa a Gaia.
Construir 5 pontes para travessia do Tejo.
Construir 3 aeroportos como o de Alcochete.
Para transportar os 9,7 MIL MILHÕES DE EUROS seriam necessárias 4.850 carrinhas de transporte de valores!
Assim, talvez já se perceba melhor o que está em causa.
Distribuído pelos 10 milhões de portugueses,
caberia a cada um cerca de 971 € !!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quando a Fonte Secou

      Este é o outro texto de minha autoria, cliente de alfarrabistas, do qual detenho os direitos de autor e, por isso mesmo, posso enviar em PDF para quem estiver interessado e continuar a leitura sugerida no Google.
http://books.google.pt/books?id=T6KVauI8v1kC&printsec=frontcover&dq=Quando+a+Fonte+secou+carlos+maduro&source=bl&ots=uaLNBJXqs3&sig=6v5QIGHbQ9kW4QHBq6I894ltuXI&hl=pt-PT&ei=3m7hTO_7KoOohAfoz-i0DQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CCYQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false

sábado, 13 de novembro de 2010

Pontes e Portais

   Têm-me perguntado alguns amigos sobre o paradeiro deste pequeno livro de contos. Eu mesmo não sei, sei que foi mais uma das vítimas da selva editorial no nosso país (e nos outros), que não seremos nestas coisas uma excepção. A Pena Perfeita já não existe, ou melhor, existe nos infindáveis corredores dos tribunais, ao que julgo o processo ainda decorrerá entre a editora e a distribuidora.
    Aguarda, por isso, uma nova oportunidade de ser reeditado ou então andar pelos alfarrabistas, que não seriam assim tantos os exemplares. Até lá, encontra-se disponível em http://books.google.pt/books?id=CXoyljw_hiwC&printsec=frontcover&dq=POntes+e+portais&source=bl&ots=S56X-7WkN1&sig=5L9ELe4ODgDFs8aSLBsCfic1g7I&hl=pt-PT&ei=lLPeTOa5Io65hAeziPmJDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6&ved=0CEEQ6AEwBQ#v=onepage&q&f=false. Para quem estiver interessado em acabar de ler o texto, terei todo o gosto em remeter a versão integral em PDF.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O cu de Judas

     


     Cu de Judas, botas do Judas, corda do Judas, trinta dinheiros do Judas, beijo do Judas, traição de Judas, testamento do Judas, queima do Judas, aceitam-se mais sugestões para o coitado do Judas. Tanta desgraça a um homem só pela traição e tantas vénias a outras homens por um sem número de traições.
     Voltemos ao que interessa e comecemos pelo cu, sim, pelo cu, que o Judas, na versão de António Lobo Antunes, tinha muitos. Com cu ou sem cus de Judas, a verdade é que o lugar existe lá no meio do Atântico, nos Açores, Ilha de S. Miguel. Ora aí é que está a questão, não fosse a Ilha também ela portuguesa e governada pela mesma gente e era caso para dizer que me apetecia mesmo era ir para o Cu de Judas.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

José Cipriano Catarino

    José Cipriano é um amigo que não conheço pessoalmente, mas que descobri aqui na net e de quem sou admirador. Começa pelo nome e acaba no título dos seus livros. Este que aprecio particularmente, Entre Cós e Alpedriz, está na Net e pode ser lido. O Amigo José Cipriano fez o favor de me enviar uma edição impressa e aí a leitura cresce muito mais, mas serve o PDF para abrir o apetite.
     O José é mais um dos finos escritores regionalistas, daqueles que gosto a sério, dominam a pena sem vaidades e pseudo-intelectualidades. Os toiros têm cornos e as vacas tetas. Fica aqui a sugestão duma escrita que não é depósito de agonias existenciais e de prosas poéticas sem nexo.
http://joseciprianocatarino.com/joomla/images/stories/entrecosealpedriz.pdf

sábado, 30 de outubro de 2010

Outeiro Poético

      Coimbra: Outeiro Poético recriado sábado no Convento de Sant'ana
       Coimbra, 29 Jan (Lusa) -- Os recitais que ao longo dos séculos poetas e músicos executavam junto aos conventos, a exaltar a beleza das noviças e para saborear as iguarias das monjas, vão ser recriados sábado no âmbito da II Mostra de Doçaria Conventual e Regional de Coimbra.
      Tradicionalmente à noite e junto às portarias dos conventos femininos, jovens poetas, lentes e estudantes, juntavam-se em freiráticos e aguardavam que uma frase lançada pelas homenageadas servisse de mote para um soneto, ou uma sucessão de versos rimados.
      À chegada dos freiráticos acendiam-se velas nos mosteiros e, com os vultos das noviças e freiras por trás das grades, entabulava-se alguma conversa, e assim se dava início ao que era designado de Outeiro Poético.
      Os outeiros atraíam lentes, estudantes e fidalgos vindos, até, de Lisboa para exibir a arte do galanteio. Nos conventos femininos de Sant'ana, Santa Clara, Celas, Sendelgas, ou Tentúgal procuravam amores, suspiros, poesia e doces, refere a investigadora Dina de Sousa, acrescentando que são conhecidas referências a estas manifestações desde o século XVII ao XIX, altura da extinção das ordens monásticas.
      Esta tradição ligou, durante séculos, a cidade, a Universidade e a poesia às iguarias dos conventos, terminando após a extinção das ordens religiosas. Mais tarde utilizou-se a designação de Outeiros Cívicos, realizações de carácter político, para afirmação do poder liberal, recorda a investigadora, do Departamento de Cultura da Câmara de Coimbra.
      Escritores que passaram por Coimbra nos tempos de estudante referem-se a estas manifestações nas suas obras, como é o caso de Almeida Garrett que escrevia: "mui gulloso doce as madres nos davam".
      Cada convento oferecia as suas especialidades doceiras: as arrufadas, o sensual manjar branco, os pasteis de Tentúgal, a par de compotas e covilhetes de marmelada que fizeram as delícias de Francisco da Silveira Malhão, Antero de Quental, João de Deus, Almeida Garrett, Trindade Coelho ou António Castilho.
    Tais realizações literárias e amorosas resvalavam, às vezes, para uma vertente mais ousada e erótica, o que é notório em inúmeros poemas que os freiráticos deixaram, e que levaram ao surgimento de algumas leis destinadas a controlar o uso de expressões menos adequadas.
     António Nobre no seu poema "Carta para Manuel" deixa um testemunho de que as residentes nos mosteiros não estavam excluídas da arte do galanteio e de serem eleitas com destinatárias do amor sensual.
      Conta que todos os meses ia de Coimbra a Tentúgal para visitar a sua "linda freira" no convento, da qual aguardava um bilhete, que nunca chegava, no interior de um "pastellinho".
      No sábado, pelas 16:00, no antigo Convento de Sant'ana - hoje quartel da Brigada de Intervenção - será recriado um Outeiro, com o envolvimento do Grupo de Fados Velha Cabra e da Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal.
     A Mostra, numa iniciativa da Câmara Municipal integrada no processo de certificação de três especialidades conventuais, decorre sábado e domingo naquele antigo convento, com a participação de dezenas de doceiros e de grupos folclóricos

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tal como prometi, aqui vai o que eu penso do teu livro intitulado “ A Corda de Judas Iscariotes”

       Trata-se de uma obra que faz uma refontalização do Judaísmo em Portugal, à escala mundial e também em Trás-os-Montes.
       O marco que compreende Rebordelo (que poderia ser Mirandela, Jerusalém do Romeu e tantas outras localidades de Portugal), Tripoli, Amesterdão, Genebra, Alexandria e Esmirna; leva-nos a pensar na dimensão da saga do mundo judaico, que não é apenas um povo com a pátria física, que querem construir agora com o Estado de Israel, mas uma pátria espiritual, genética e universal, que constitui o Povo Judeu.
      Talvez fosse bom escalpelizar mais um pouco as raízes portuguesas com base no judaísmo e ver da sua influência na construção dos Estados Unidos, da sua influência nos Descobrimentos e do “desastre económico” em que consistiu a debandada dos Judeus ao tempo da Inquisição.
      Se tal não tivesse acontecido, será que Portugal teria sido o país sempre em ruptura financeira, desde o tempo das Descobertas?
      O romance histórico que constitui esta obra de Carlos Maduro poderá levar ao despertar de historiadores e investigadores para novas descobertas da vivência histórica do povo Judeu em Portugal.
       Um dia um professor do ICSHT do Porto, Cón. Meireles dizia: “O povo Português é o povo mais parecido com o povo Judeu, porque sempre foi um povo em diáspora”.
       Viajando pelos quatro cantos do mundo, encontramos portugueses em quase toda a parte.
       O arco histórico que Carlos Maduro faz, apelando á vivência do tempo de P. António vieira, clérigo importante na Igreja, mas ao mesmo tempo, diplomata e político hábil, transportam-nos até ao presente e levam-nos a pensar se os políticos, os artistas e investigadores que temos a brilhar no estrangeiro, não poderiam notabilizar-se trabalhando no nosso país?
       Será que somos um país pequeno demais para as pessoas mostrarem aquilo que valem?
      Abraão Cardoso e Sara Cardoso são também o tipo de personagens que tendo a sua vida centralizada em Amesterdão e Genebra, vivem as sua raízes e partem à descoberta da portugalidade que lhes perpassa a alma e o seu código genético.
       Todos nós portugueses somos assim: “O chedre está sempre a puxar para a carqueja”.
       Parabéns ao autor pela obra que escreveu e votos de que traga a lume mais obras que nos façam interrogar se nós fomos grandes no passado, não poderemos ter mais uma vez hipótese na construção do nosso futuro, como pátria, como nação e como povo capaz de dar novos mundos ao mundo em “devir”.

José Sequeira

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Freirático

      Querem conhecer a quinta-essência do platonismo no amor português do século XVIII? Aí o têm. É o freirático.

       Foi o século XVII que o inventou; foi no tempo de D. João V que ele floresceu. Era um tipo. O amor, como as folhinhas, tem os seus mártires: foram os «devotos de freiras» que se encarregaram de escrever, de 1653 a 1744, datas extremas dos alvarás que os perseguiram, as páginas mais interessantes desse martiriológio. Nunca houve, em amor, ninguém tão escarnecido, tão explorado, e tão pouco exigente como o freirático. Um olhar do coro, uma palavra na grade, um suspiro ao ralo: nada mais desejava, nada mais pedia. Arruinava-se em jóias, em presépios, em capelas para os anjos, em capas para as irmandades; enfiava presentes às «comadres», cruzados às serventes e aos monazilhos; esvaziava a bolsa, vendia a sege, despia a camisa, caía nas mãos dos quadrilheiros e dos meirinhos, do Ordinário e da Inquisição, só pelo prazer ingénuo, pelo inofensivo prazer de poder confessar a um amigo, entre dois risinhos secos e duas cortesias dançadas, que, como o marquês de Gouveia, como o conde de Tarouca, como o morgado da Oliveira, também tinha a sua freira na Rosa, nas Mónicas, no Salvador ou em Sant'Ana.

Citado de http://www.arqnet.pt/amoremportugal/freiratico.html

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Concurso para Assessor e coveiro...

Não é gozo vejam mesmo os diários da republica.
Concurso para Assessor e coveiro...

Assessor Vs. coveiro

EXEMPLO 1
Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:
No aviso nº (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.
Para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).
Na alínea 7:... "Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na
"... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
EXEMPLO 2
Já no aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450 EUR mensais.

Método de selecção:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
4. - Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
5. - Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
6. - Os cemitérios fornecem documentação para estudo.

Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
7. - No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.

ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450 ? MENSAIS!

Enquanto o outro, com 3.500? só precisa de uma cunha...!!!
Vale a pena dizer mais alguma coisa...?!

Acordo ortográfico

     Não pretendo discutir aqui os benefícios ou os inconvenientes do Novo Acordo Ortográfico. Lanço unicamente algumas reflexões. E o ponto de partida é a pergunta tão simples como aquilo que é necessário para que se possa afirmar que existe uma determinada Língua. Ensinaram-me que os dois pressupostos elementares seriam a existência de uma Gramática e de uma Literatura. Observando todo o espaço lusófono, e começando pelo último pressuposto, é dado evidente a existência de várias literaturas. E todos estaremos de acordo em afirmar que esta evidência só nos enriquece a todos. Julgo que ninguém questiona que se fale de Literatura Brasileira, Angolana, Moçambicana, etc. A questão prende-se com o primeiro pressuposto, o da Gramática normativa. Entenderam os peritos que ainda é possível manter uma unidade e, por isso mesmo, falar-se de Gramática do Português e de Língua Portuguesa.
     O acordo ortográfico, deve, pois, entender-se como uma tentativa de prolongar esta filiação dos países lusófonos à Língua Mãe. Pessoalmente tenho sérias reservas que tal seja possível durante séculos, negaríamos o princípio de que são os falantes que fazem a Língua. A curto prazo, anos, décadas, não faço ideia, tal unidade ainda parece possível. Poderemos questionar se este esforço é pertinente ou funcional, a comunidade, no seu conjunto, entendeu que sim, julgo que seria violento ser o país que abriu a Língua aos outros povos o primeiro a quebrar este cordão umbilical. 
    Em termos práticos, esta adesão vai provocar alguns incómodos, contudo, os meios tecnológicos podem ajudar, e em muito, a ultrapassar este obstáculo. Recomendo, assim, a utilização do conversor para o novo acordo. É fácil baixá-lo da Net, é um programa de fácil utilização e funcional. Basta abrir o ficheiro que queremos converter, dar ordem de conversão e o mesmo passa a manter o nome que tinha com o acrescento "convertido". Et voilá, saem os "c", os meses passam a minúsculas, etc, etc, vale a pena tentar.
Nota: Este post não passou pelo olhar do Lince
    

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carta de Abraaão Cardozo a Cosme III de Médicis

     
       Coloco aqui, julgo que me primeira mão, a carta que Abraaão Cardozo dirige a Cosme III de Médici, falando da assitência que deu em Tripoli ao Sultão Turco a pedido do Pai de Cosme, Fernando II. Fala ainda dos tumultos de Tripoli, da passagem por Tunes e da família numerosa que tinha.
     Esta carta encontreia-a por acaso no Arquivo de Estado de Florença, após a publicação da Corda de Judas, mas não deixa de ser curiosa a forma como a correspondência familiar vem a comprovar a ficção.
    O ms encontra-se em perfeito estado e a digitalização é muito boa,  contudo ainda há algumas dificuldades de leitura e de tradução. Quando estiver pronta será divulgada. De qualquer forma, aceitam-se sugestões de tradução para este documento.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo: a ponte é uma passagem

    Não se trata de discutir a utilidade das pontes nem engenharia, mas sim de discutir a paravalhice nacional do fizemos a maior ponte. Não passei por cima desta muitas vezes, graças à irmã um pouquinho mais acima, mas sempre que isso aconteceu, e admtindo a total ignorância naquilo que digo, pensei sempre que se houvesse um local onde o rio fosse mais largo, seria aí necessariamente a ponte.
     Tanto mais que, ao que foi admitido por uma das principais mentes de betão armado, lapso, do betão armado, para lá da ponte há deserto e será sadismo puro e duro fazer com os camelos circulem por cima da água.
      Também não se pretende bater mais no ceguinho que quer fazer o TGV, mais pontes, mais auto-estradas e aeroportos, esses parece que desapareceram até à próxima. Pretende-se sim, relembrar os finórios que conseguiram levar à frente estas obras e continuam a usufruir dos rendimentos que deram a todos aqueles que foram, sucessivamente, alterando o respectivos orçamento. É chegada a hora de devolver o que se levou a mais.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo - O Centro Cultural

      Escolhi esta foto pelo facto de não saber o que hei-de chamar a esta obra do reino cavaquista. Assim parece-me um castelo, mas também me faz lembrar o Clube Praia da Rocha em Portimão, aquele que fecharam por falta de segurança.
     Enfim, esqueçam as divagações, o Centro Cultural de Belém, a pensarmos um bocadinho, lembra aquela família que não tem um centavao, desculpem cêntimo e, logo que recebe o rendimento mínimo, gasta-o em telemóveis. O responsável é o Senhor Presidente da República e é candidato de novo.
      Já ouvi chamar a este edifício uma obra de regime. Pergunto se esse tal regime já acabou ou é o mesmo em que nos encontramos. Parece que é o mesmo, mas esse está falido. Não daria para desmontar o lego e vendê-lo em troca de petróleo à Venezuela. É que, para a cultura, vão-se os anéis mas fiquem os dedos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo - A Caixa Geral

     Queria iniciar um percurso pelos locais do Portugal Quinto Império do Mundo. Isto a propósito da recente venda do edifício megalómano ao fundo de pensões dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos. É bom observar estas imagens que, há uns anos atrás, passaram quase despercebidas ao olhar dos portugueses mas que hoje, no mínimo, exigiam um pedido formal de desculpas por parte de quem andou a fazer estas macacadas. 
     Sinceramente, visto assim de frente, faz-me recordar um momo parecido, construído por um qualquer sultão das arábias, mais propício a dar sombra a camelos que a servir aos interesses económicos dum país que pretende estar entre os povos desenvolvidos. Além disso, sem petróleo, sem batatas, feijões e sardinha, onde poderíamos realmente arranjar o dinheiro.
      Mas gosto sinceramente do azul da cobertura. Deve ter mãos de algum portista. Sim, que isto do Quinto Império tem de passar também pelo futebol. Não pode ser tudo mau-gosto e o poder económico é do norte, carago. Já imaginaram uma cobertura vermelha numa gaiola que nem o Tio Patinhas estaria interessado em comprar. Tenho mesmo dúvidas que um qualquer buraco, parecedio aquele que foi usado para resgatar os mineiros do Chile, conseguisse trazer alguma coisa cá para for.
    

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Começa, finalmente, a fazer-se Justiça em Portugal!!!!!

Começa, finalmente, a fazer-se Justiça em Portugal!!!!!

*A justiça portuguesa está de parabéns!

* Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.
· Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
· Ao desaparecimento de Madeleine McCann,
· Ao caso Casa Pia
· Do caso Portucale
· Da compra dos submarinos
· Às escutas ao primeiro-ministro
· Do caso da Universidade Independente
· Ao caso da Universidade Moderna
· Do Futebol Clube do Porto
· Ao Sport Lisboa Benfica
· Da corrupção dos árbitros
· À corrupção dos autarcas
· De Fátima Felgueiras
· A Isaltino Morais
· Da Braga parques
· Ao grande empresário Bibi
· Das queixas tardias de Catalina Pestana
· Às de João Cravinho
· Dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida.
.Do processo Costa Freire / Zeze Beleza, quem não se lembra ?
· Do miúdo electrocutado no semáforo
· Do outro afogado num parque aquático
· Das crianças assassinadas na Madeira
· Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico
· Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal
· A miúda desaparecida em Figueira
· Todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou
· As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo. Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos.
· Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran
· Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal.
· O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
· E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência
Pois é... a justiça portuguesa está de Parabéns!

Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.

MULTADO POR GUIAR BURRA EMBRIAGADO

O agricultor que há uma semana foi apanhado a conduzir embriagado uma carroça puxada por um burra, na EN 17, em Celorico da Beira, foi ontem, quinta-feira, condenado, em processo sumário, a pagar 450 euros de multa. Pena pode ser substituída por trabalho comunitário, (Pois este sr. trabalha e não vive com qualquer subsidio do governo) Jorge Rodrigues, de 34 anos, agricultor, foi condenado pelo Tribunal Judicial de Celorico da Beira, neste caso, a juíza Cláudia Jesus, que considerou “muito grave” o crime pelo qual o agricultor ia acusado, aconselhou-o a nunca pegar num veículo, seja ele a motor ou de tracção animal, depois de ter bebido, condenou um homem apanhado com uma taxa de álcool no san.uma pena de 90 dias de multa, à razão de cinco euros por dia, por ter sido apanhado a 11 de Agosto a conduzir o veículo de tracção animal com uma taxa de alcoolemia de 2,85 g/l no sangue (a burra acusou 0.0 g/l).

O valor mínimo da multa aplicada, que totaliza 450 euros, teve em conta, segundo a juíza de turno que ditou a sentença, a situação social do arguido e o facto de ser primário. Foi-lhe ainda aplicada, como pena acessória, a inibição de conduzir qualquer veículo motorizado por um período de sete meses.

A pena exclui a proibição de o arguido guiar a carroça puxada pela burra, o meio de transporte que mais utiliza, pese embora ter licença, segundo o próprio, para conduzir tractores e motociclos." Venda a burra se ela for uma tentação”, desafiou

Até que enfim.... e em tempo recorde 8 dias depois julgado e condenado !!!!!!!!!!!!!!

YEAAAAAAAAH!...

Agora sim, sinto-me mais seguro !

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Aníbal Pinto de Castro

   Faleceu na passada Sexta-Feira o Doutor Aníbal Pinto de Castro. Tinha 72 anos e era um jovem, por isso surpreendeu a todos quantos eram seus amigos e que, juntamente com ele, se recusavam a aceitar a doença.  Poderia colocar neste blogue mais um dos textos que se multiplicam na net, copiados e recopiados, o mestre de todos nós merece bem mais do que isso.
     Para além de se dizer que publicou duas centenas de trabalhos ou que tinha um currículo com mais de duzentas páginas, é importante referir que, enquanto teve forças, nunca recusou um trabalho. O último era o do Dicionário da Academia das Ciências com o novo Acordo Ortográfico. Há meses dizia-me ele, ó Maduro, já vou na letra E, o secretário dele respondia, o senhor vai na letra A, na letra E vou eu.
     O Doutor Aníbal Pinto de Castro era um homem sábio no mais completo sentido da palavra, gostava de  passar os seus conhecimentos aos outros. Contagiou-me aquando da orientação da minha tese de mestrado, já lá vão dez longos anos, e a partir daí fiquei seu amigo. A todos recebia em casa e patilhava a mesa através dos carapauzinhos de que tanto gostava, fosse com um simples aluno ou com o Senhor D. Duarte, Duque de Bragança.
     Junto dele havia sempre motivo à boa disposição. Mesmo achacado pelas dores, tinha sempre uma história para contar, uma anedota ou gracejo. Era antes de tudo um homem alegre, que impressionava pela aparência, mas a quem todos acabavam por admirar pela sua humanidade. O país perdeu mais um dos grandes professores da Universidade em Portugal. Eu perdi um amigo, perdi também a pessoa que mais confiou em mim para além daqueles que me são muito próximos. Perdi o mestre que me acompanhou ao longo de muitos anos, sem nunca ter uma palavra de desagrado quando o visitava ou lhe telefonava, normalmente para pedir um conselho ou ler algum dos meus trabalhos, fossem académicos ou mesmo de ficção, como aconteceu com a Corda de Judas Iscariotes. 
      O Doutor Aníbal Pinto de Castro estava nomeado para fazer parte do júri da minha tese de doutoramento como orientador, mais uma entre tantas, não sendo a única que tinha entre mãos. Para os cristãos a vida não acaba com a morte, sabemos que vai estar presente para nos orientar a todos. No meu caso, num tema pelo qual tinha especial preferência, a retórica e o Pe António Vieira. Paz à sua alma, convicto de que continua a partilhar a alegria com que a todos nos brindou.