Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Opinião sobre a Corda de Judas Iscariotes

      Porque faz bem ao ego, ao contrário do que diz este amigo que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente; porque não lhe pedi autorizção para divulgar publicamente um e-mail pessoal, assino com anonimato de "Um leitor" e uma ou outra rasura pontual. 

      Fantástico! É o que posso dizer-lhe sobre "A corda..."... li-o em duas penadas, como se diz em português!
     Talvez não seja um livro fácil, isto é... transmite saber e conhecimento (o que eu aprendi! Caramba... e se gosto disso!) o que nem toda a gente aprecia, está preparada ou mesmo procura num livro, muitas vezes preferem rever-se nas angústias do herói e assim exorcizar as suas depressões, ou fazer uma leitura directa dos casos relatados sem qualquer ligação a coisa nenhuma, pelo vazio das suas mentes...
    É um livro erudito e para os amantes quer da boa literatura (gosto do seu estilo de escrita) quer dos grandes temas, e a ligação ao presente fazem dele uma trama actual e que se lê com gosto. Atrevo-me a dizer que já vi filmes com argumentos mais fracos... e que foram sucesso!
    A ligação com o Padre António Vieira e a sua visão globalizante é sublime! Confesso que a minha preferência vai toda para essa época, aliás muito bem interligada à acção na actualidade e ao estabelecer do laço entre o cristão-novo e o judaísmo [...].
    Olhe... põe o Olho de Herzog KO! Na minha sincera opinião de leitor... embora perca apenas pela grandiosidade e diversidade das descrições históricas para No Rasto do Jaguar, que muito sinceramente é uma das melhores obras que li ultimamente.
     Não consigo perceber de facto que ou quais reticências teriam feito hesitar na publicação? Talvez porque o meu amigo não se chame Rodrigues dos Santos? Ou Sousa Tavares? Tal livro, com a promoção (falo de esclarecimento!) adequada seria um romance muitíssimo importante para as nossas memórias e compreensão de tanta coisa... desde logo dos judeus, que são parte da nossa gente e de nós mesmos enquanto povo! Ignorá-lo é desconhecer e negar que somos afinal uma espécie de "cozido", onde se mistura tudo o que é sangue e povos do Mundo antigo inteiro! E basta percorrer com olhos abertos este pequeno país e ver as diferenças gritantes, físicas e culturais, entre a nossa gente, que são disso testemunho e fazem dele uma maravilha da diversidade.
    Isto que digo não se destina nem a aumentar-lhe o ego nem a ajudá-lo a carpir-se, já percebi que como Transmontano de gema é pouco dado a isso e nem precisa!
    Mas que é uma pena o seu livro não estar devidamente assinalado nas livrarias é um facto! Assim como do sublime pensamento desse homem que foi o Padre António Vieira, saber de onde possam ter-lhe vindo as suas idéias, e aquilo que nos falta descobrir sobre nós próprios, povo que se vem perdendo e esquecendo de si mesmo!
    Creio que a forma de se ir educando e tentando levar a água ao moinho dos que ainda pretendem continuar a ser povo, não por nacionalismos bacocos mas por identidade cultural que sentimos, é através da leitura e não de forma pesada, com tratados ou ensaios, mas aligeirando a história e contando-a através de histórias e romance, promovendo a curiosidade sobre temas e pessoas, mostrando que a ficção perde para a história no tocante ao maravilhoso e ao imaginário!
     Despertei já para vários assuntos que o seu livro me trouxe, desde o nome do meu amigo Manaças... ao "ladino", coisa que desconhecia totalmente! Estará ele ligado ao mirandês?
     Enfim, desculpe-me estar a roubar-lhe tanto tempo, mas o entusiasmo que senti com o seu livro me fez perder as estribeiras... perdoe-me!
     Com uma grande abraço e o bem-haja pelo que me proporcionou com a escrita do seu livro
     (Um leitor devidamente identificado)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Citröen BX

      Está na altura de se fazer um peditório nacional para erguer uma estátua a mais um dos fenómenos do providencialismo português, o BX. Seguindo a velha máxima da metáfora peregrina, cornos lembra vaca, vaca lembra leite, leite lembra luar, luar lembra lua, logo a lua é uma vaca. BX lembra Citröen, Citröen Bx lembra rodagem, rodagem lembra Figueira da Foz, Figueira da Foz lembra congresso, congresso lembra PSD, PSD lembra Cavaco, logo o BX é uma estátua.
     Isto claro está, para quem vê o providencialismo no BX; existem os outros que continuam à espera dum outro sinal divino. Partindo do princípio de que ele não se  manifesta mais através dum automóvel, visto que os automóveis já não fazem as célebres rodagens, pergunto onde encontrá-lo?
    Aceitam-se sugestões para o sinal do providencialismo lusitano. Mas nunca nos devemos esquecer dos sinais, o sinal é sempre dos pobrezinhos, é um bom sinal, lembra o Presépio de Belém. O providencialismo chegou de BX e acaboiu por andar de Mercedes, isto mostra-nos a incoerência dos homens; o Messias chegou a Belém de burro e entrou solenemente em Jerusalém de burro. O máximo que poderia pedir-se, neste momento, é que o futuro salvador chegasse de dois cavalos, claro, mais por simbolismo, que o modelo está esgotado. 
    Cá por mim, lanço a primeira pista, o futuro homem providencial acho que devia vir na Ryanair. É isso, de Ryanair, que venha até do Raio que o Parta, mas que venha de Ryanair. Cruzes canhoto, não quer dizer que venha da Irlanda, nada disso, quer dizer que venha de fora e que venha disfarçado de pobrezinho, só isso. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Largueza - de António Luiz Pacheco

      E que Largueza, são mais de 1300 páginas bem cheias ao longo de dois volumes.
     Acabei agora mesmo de receber esta obra, num negócio de trocas entre gente que vai escrevendo e vai conversando pela Net acerca daquilo que faz na campo das letras. E que aventuras! Só ao folhear, nem é preciso confirmar na autoridade fornecida pelos dados biográficos do autor, promete uma grande viagem a África e arredores, logo a mim que nunca saí de casa da vovó Europa.
     Fiquem-se os ilustres poetas e homens das letras pelos seus doutos pareceres. Muita gente saberá o que quero dizer. Não sabem o que perdem, ou única e simplesmente, pelo facto das sumidades editoriais não lhe terem servido o prato, ficaram in albis; ou então, talvez pela idade, já não tenham força física e anímica para enfrentar Tolstoi's.
     Aos leitores só posso dizer para continuarem a comer fast food. Eu, cá por mim, dou-me ao luxo de comer aquilo que muito simpaticamente me colocam na mesa. Este prato demorou a preparar largos anos, escrito com um cuidado que é raríssimo encontrar. Hoje prometi ao seu autor que vou começar a degustação e entre leões e tigres verei se posso achar alguma daquela humanidade que entre peitos humanos não encontrei.  

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Literatura motivacional, dois pés ou duas rodas?

      O mundo dos livros não vive só de poesia ou de romance, vive também doutros temas. Pessoalmente, as conversas com Deus, a forcinha para arranjar novos amigos ou vender sabonetes e ser multimilionário nada me diz. Gostos são gostos e fico-me por aqui. Mas entendo que a há um espaço importante para a Literatura motivacional, a verdadeira, e fica aqui a sugestão de quem está mesmo muito precisado. Por isso, indico logo dois livros do José Luís Vieira.


      O Guia Prático da Caminhada mostra-nos que caminhar pelo simples prazer de ir ao encontro da Natureza nos traz melhorias na saúde, tanto física como mental, contrariando a tendência da nossa sociedade acelerada e stressante, de uma forma segura e prazeiroza.
      Hoje em dia começamos a ficar dependentes da tecnologia para nos deslocarmos, mesmo em pequenos percursos quotidianos, e este guia pretende que redescubra o prazer de fazer algo que nos é próprio: Caminhar.
      Depois do Guia Prático do Ciclismo de Lazer, levamos até aos leitores os pontos chave para que se possa fazer de um passeio ao ar livre um dia relaxante, ao invés de ficar em casa a acumular gorduras e tensões que podem ser dissipadas apenas com uma leve caminhada.
      Vá pelos seus pés e Boas Caminhadas.


      Com este Guia Prático de Ciclismo de Lazer não se pretende ensinar as pessoas a andar de bicicleta, nem a como o fazer. Pretende-se apenas indicar algumas linhas orientadoras que levem a uma prática segura e saudável deste desporto cada vez mais em voga. Alimentação, hidratação, saúde, segurança, vestuário e equipamento, bem como a manutenção da bicicleta e ainda técnicas para que se possa desfrutar em pleno do ciclismo ao ar livre, são alguns pontos presentes neste guia que não se destina apenas àqueles que se iniciam, mas a todos os que encontram no ciclismo um meio de transporte ou um escape para a vida atarefada da nossa sociedade.

     Boas pedaladas...


 
      A dificuldade está em saber por onde começar, uma questão de investimento: ou comprar umas sapatilhas que custam tanto como uma bicicleta ou comprar uma bicicleta que custa tanto como um carro?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Angelina, uma mulher do povo na I República

   Em tempo de celebração do Centenário da República, fica aqui também a sugestão para uma das melhores publicações sobre o tema. Digo melhores, quanto mais não seja, pelo facto de escapar ao conjunto de lugares comuns e estereótipos que já dão náuseas. Quanto ao autor, Manuel Dias Duarte, só posso dar o testemunho pessoal dum incansável investigador que tive oportunidade de conhecer recentemente e de quem me tornei admirador.

     Morto o rei D. Manuel II, em 1932, Maria Pia, considerando-se única descendente da ala liberal da Casa de Bragança, reaparece para reivindicar o trono português a que se julga com direito.

     De imediato se urdiu a trama: tratava-se de uma impostora.

     Promovida pela República a dama de companhia da infanta, até que, menina mas ainda não moça, foi levada para longe de casa de seu pai, só a lavadeira de D. Manuel II a poderia identificar.

      http://www.fontedapalavra.com/catalogo.htm

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Teatro - Miguel Real

      A Fonte da Palavra tem vindo a dar uma importância particular ao teatro. Quem mais o faz? É fácil encontrar a resposta. Não é, por isso mesmo, de estranhar que possamos descobrir em catálogo algumas das obras mais recentes de Miguel Real. Talvez se associe este nome ao romance, mas nem tudo passa pelo romance e a dupla é particularmente imbatível e duma simpatia digna de todo o realce. 

     Cada um por si ou os dois em conjunto, temos escrito teatro de temática histórica e de resgate de momentos culturais importantes na história da cultura portuguesa. As três peças ora publicadas possuem uma outra dimensão - são peças de actualidade e de intervenção social - a primeira, Vodka e Cachupa, trágica, sobre os imigrantes, que mudaram radicalmente a face da cultura portuguesa, a segunda, Uma Família Portuguesa, dramática, sobre as tensões que atravessam a família portuguesa hoje, e a última, Viúva Recente, cómica, sobre as indecisões e as perplexidades de uma mulher portuguesa divorciada ou viúva, que ambiciona retomar a normalidade da vida.

Vodka e Cachupa -Menção Honrosa no Prémio de Teatro Bernerdo Santareno de 2009

Uma Família Portuguesa - Grande Prémio de Teatro da Sociedade Portuguesa de Autores / Teatro Aberto, Levado à cena no Teatro Aberto, com encenação de Cristina Carvalhal, 2010, espectáculo seleccionado para o Festival de Teatro de Almada e para um Festival de Teatro na Finlândia

Viúva Recente - Prémio de Teatro Bernardo Santareno de 2009
http://www.fontedapalavra.com/catalogo.htm

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Comunicar Bem - Práticas e Estruturas Comunicativas

     Esta é a segunda proposta, acabadinha de publicar e já na segunda edição, sinal da necessidade deste tipo de abordagens. Em relação à autora, sou eu mesmo testemunha da competência e do rigor que coloca em todos os seus trabalhos académicos.

     Este livro pretende oferecer bases seguras a quem quer frequentar um curso universitário na área das humanidades.

Comunicar Bem reúne um conjunto de orientações para ajudar os estudantes na realização de trabalhos escolares e académicos, desde a melhor forma de chegar à informação até ao comentário de diferentes produtos culturais, por exemplo, frases ou citações, textos técnico-científicos, literários, fílmicos e imagens, não descurando o que pode clarificar uma página escrita, por exemplo, a sua apresentação material e a exactidão do tom. Pretende igualmente propor aos professores práticas de utilidade na promoção de competências comunicativas.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A Cozinha é um Laboratório

   Num Blog que fala de muita coisa, mas principalmente de livros, vamos lá às nossas propostas de prendas de Natal. O critério de escolha é unciamente um, a minha editora e alguns dos seus colaboradores. Como não conheço as obras todas, mas já conheço algumas e alguns dos seus autores, que me seja então perdoado ter preferência por estas que vou apresentar. E como estamos em época de festas de Natal, com todos os exageros da culinária que trazem, que tal começarmos pela cozinha? Considero mesmo que se alguma coisa existe em Portugal que faz de nós o Quinto Império do Mundo, não há dúvida que é na culinária, claro, em época de crise e falta de açúcar, sem tantos abusos e com alguma criatividade.     


  Com este livro gostaríamos de mostrar às pessoas que cozinham que a maior parte das directivas culinárias que têm recebido ao longo da vida têm uma razão – mas que também as há que não têm razão alguma. É importante questioná-las, tentar compreendê-las... As alterações que os alimentos sofrem durante os processos culinários têm justificações de base científica que a maior parte das pessoas desconhece. Daí que cada passo duma receita possa ser compreendido à luz de conhecimento científico. A cozinha é mesmo um laboratório! Compreender o que se passa quando preparamos um belo bife grelhado, com ovo a cavalo e acompanhado de batatas fritas pode não trazer grandes melhorias no resultado final, mas dá, por certo, algum prazer intelectual e faz-nos entender que as tais instruções são o resultado de um trabalho baseado no método da tentativa e erro levado cabo ao longo de anos e anos. Certamente já lhe disseram que a curiosidade matou o gato. Não vá nessa... Não tenha medo! Vamos decifrar conjuntamente alguns dos enigmas culinários que nos têm perseguido.


 

 

 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Fonte da Palavra

       Já falei aqui dos meus livros, é altura de apresentar a editora da Corda de Judas e de dar lugar a alguns dos meus, permitam a expressão, colegas desta casa tão prestável.


      A criação da Editora Fonte da Palavra vem no seguimento de um trabalho editorial que dura há 35 anos e também por uma exigência do mercado. Por vezes é necessário mudar e José Marques, editor vai para 30 anos, em conjunto com outras pessoas, decidiram que estava na altura de aparecer uma nova editora com outra dinâmica e com outra filosofia.
       José Marques já passou por alguns projectos editorais, uns mais conhecidos que outros, já esteve ao lado de grandes escritores e reconhece, neste novo projecto que nasceu no decorrer de 2009, poder vir a estar ao lado de outros grandes escritores. Um dia sem sabermos podemos ter a sorte de ter ao nosso lado um autor que venda muito, é preciso acreditar que isso pode acontecer. Há sucessos que se fabricam, mas também há outros que nascem espontaneamente. José Marques já viu e passou por alguns assim. Não refere nomes para não ferir susceptibilidades.
       Esta editora não tem uma especialização, quer fazer livros. Cada livro é um livro e têm que se acompanhar o melhor que soubermos e pudermos. Isto é como ter um filho, primeiro temos que fazê-lo, depois ajudá-lo a crescer, é isso que se tenta fazer com todos os livros que a Editora Fonte da Palavra lança no mercado. Nesta editora gostamos de todos por igual. No entanto, duas ou três colecções vão merecer a nossa atenção, são colecções dirigidas a públicos universitários por professores universitários. É preciso criar esta imagem porque são os estudantes que mais ajudam a divulgar o nosso trabalho.
      Tudo ou quase tudo pode ser editado na Editora Fonte da Palavra. Temos desde o romance, à poesia, ao ensaio, biografias, livro infantil, teatro, cinema, lazer, gastronomia, etc., etc. Mas também vamos tentar arranjar ideias e lançar projectos que não sejam só livros. Temos a certeza que vão aparecer pessoas com projectos criativos e que nos possam interessar fazer.
       Projectos para o futuro é difícil responder, porque o futuro é já o próximo livro. No entanto, ao momento, estamos trabalhar alguns livros novos, de alguma forma já a pensar no futuro. Mas não podemos deixar de pensar no presente. E porque estamos a trabalhar com vários organismos oficiais, podem também eles apresentar alguns projectos de futuro. Quer isto dizer no imediato.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Geolíngua

     O texto não é meu, nem o interesse pelo Quinto Império continua adormecido, pena que tenha um dos seus principais defensores do outro lado do Atlântico. Depois disso, só mesmo falando com o Roberto Moreno e ver a forma como ele sente esta dinâmica da Geolíngua. Vale a pena conhecer o sonho deste homem e o que ele pretende fazer no Mundial de 2014 no Brasil. O Roberto apareceu de surpresa no lançamento da Corda de Judas Iscariotes, a imagem é reveladora dum visionário que afirma com a maior das convicções que a Língua do futuro não vai ser o Inglês mas o Português.


PORTUGUÊS, LENGUA DE LA GLOBALIZACION!
... título que gostaria de ver publicado, no jornal independente espanhol, El País.

      Nasci na cidade de São Paulo (Brasil) neto de espanhol e italiano, nunca tive dificuldade em compreender estas duas línguas. Cresci falando e escrevendo em português, do Brasil. Já adulto, percebi que o privilégio de entender o espanhol, também é dos mais de 220 milhões de pessoas que se comunicam em português, situados nas terras mais ricas e estrategicamente localizadas no planeta, e, isto é um facto! Alem de, ser o português uma língua de cultura aberta e que dá acesso a outras literaturas e civilizações originais e variadas, nos quatro cantos do mundo.
      Foi em 1214 que surgiu o primeiro documento oficial na língua portuguesa, o testamento de D. Afonso II, que até então era o galaico-português, uma solidariedade natural entre duas línguas irmãs. No século XVI, a língua portuguesa começou a se espalhar e enriquecer-se, tomando dos outros povos não só expressões linguísticas novas como também formas de estar e pensar, dando inicio ao multiculturalismo Era o início da Globalização, via Comunicação, e não como é hoje, somente pela via política-económica.

      Como se sabe, entre as línguas românicas, o português e o espanhol são as que mantém maior afinidade entre si. Tidas como irmãs da mesma família linguística, possuem um tronco comum, o latim, e uma história evolutiva paralela, a da popularização diaspórica do idioma latino na península ibérica e de lá para a América, África e Ásia. Entretanto, é bom salientar que é mais fácil para um “lusófono” comunicar-se em “Portunhol” do que para um hispânico comunicar-se em “Hispanês”.
     A razão para este facto é que há algo muito especial na língua portuguesa, o elemento descodificador do espanhol, do italiano e do francês. A nossa língua possui um sistema fonético vocálico de 12 entidades, composto de sete fonemas orais e cinco nasais. O espanhol tem apenas cinco fonemas orais o AEIOU. Eis o porquê de entre as cinco línguas latinas, o português ser o “Ferrari” deste comboio linguístico.

     É importante divulgar o quanto se pode ganhar com a aprendizagem da língua portuguesa. Por exemplo: - Grande promoção da Língua Portuguesa, pague uma, leve duas e meia! - Dado que ganhamos 90% do espanhol e 50% do italiano, e até, uns 20% do francês. É um valor acrescentado que a nossa língua possui e que nunca foi publicitado. Daí a importância de uma aliança entre os países Iberófonos, que tire partido do facto de conseguirem se entender nas suas línguas maternas. Lembrando que, o Brasil equivale a metade da população e território da América Latina, sendo que, neste século, o centro de gravidade do desenvolvimento económico mundial será transferido para a China, Rússia, Índia e Brasil, ao invés da América do Norte e Europa.

     Visto que, os países de língua portuguesa e espanhola somam 700 milhões de pessoas em metade do mundo, geograficamente falando, e que não possuem problemas de comunicação entre si, deve-se com urgência, elaborar um plano de marketing estratégico para a língua portuguesa! Diante dos FACTOS já descritos, propõe-se promover a auto-estima pela língua e a cultura nos 30 países que compõem a Comunidade Iberófona através de variadas acções concertadas, por exemplo, nas áreas da Educação, Saúde e Segurança, além de fomentar o português como 2ª língua nos países hispânicos e também nos seguintes países, geo-estratégicos, por acréscimo:

      França, onde há cerca de um milhão de “lusófonos”, sendo o português a segunda língua mais falada, alem de que, poderá ser usada como arremesso ao bilinguismo;

       Itália, pelo facto de entendermos 50% do italiano e por ser o Brasil a maior colónia de italianos do mundo, sendo, após o espanhol, a língua italiana a mais próxima da nossa;

     EUA, onde há cerca de 50 milhões de Iberófonos e por factores geo-politico, económico e estratégico. A ALCA (Aliança de Livre Comércio das Américas), por exemplo, é inviável sem o Brasil e caso os EUA adoptem o português como 2ª língua, o poder de comunicação de um cidadão Anglo-Iberófono alargar-se-á para 1 bilhão de pessoas. (... é a “Super ALCA”, trabalhando pela via do diálogo na língua do cliente)

        China, pelo facto do Mandarim estar restrito ao próprio país e, se cada chinês tiver o português como 2ª língua, serão 2.300.000 milhões de Sino-Anglo-Iberófonos, e ainda pela sua aproximação ao Brasil, que em conjunto com a Rússia e a Índia, representam, no aspecto comercial, científico e geopolítico, a nova «Ordem Mundial»;

     Índia, onde há 23 línguas correntes e 1.000 dialectos, a maior industria de audiovisual e informática do mundo. Os Hindi-Sino-Anglo-Iberófonos serão 3.400.000 milhões;

      Indonésia, por razões semelhantes às referidas para a China e para a Índia, pelo facto de fazer fronteira com Timor-Leste, e pela promoção de uma verdadeira, saudável e frutífera democracia de cultos e religiões, através do DIALOGO que assim se estabeleceria entre o maior país muçulmano do mundo e o mundo católico.

     Sendo os Sino-Hindi-Anglo-Iberófonos, bilingues, (mantendo a sua língua materna, mais o português como 2ª língua) a comunicação entre os mesmos exclui o monolíngüismo.

       Visto que, o “lusófono” é naturalmente bilingue (característica única no mundo) e sendo o português a 2ª língua para os hispânicos, a comunicação entre os mesmos exclui o monolíngüismo. Portanto deveremos promover este “Segredo” guardado desde o ano 1214. É o Portugraal. É o “Quinto Império”, da espiritualidade e comunicação. É o GEO-Código! (… antes de Da Vinci, ter existido)

      Outro facto é: no âmbito da política linguistica do Mercosul, os países hispânicos já estão assumindo o português como 2ª língua, visto que o Brasil já oficializou o espanhol como segunda língua, praticando a reciprocidade e fortalecendo a Iberofonia. Recentemente, num Colóquio realizado em Paris – «Três Espaços Linguísticos Perante os Desafios da Mundialização» - o Sr. Boutros Ghali, demonstrou-se totalmente favorável à Franco-Iberofonia.

       Língua oficial de oito estados em quatro continentes, o Português é também língua de comunicação de doze organizações internacionais, nomeadamente na União Europeia, UNESCO, MERCOSUL, Organização dos Estados Americanos (OEA), União Latina, Aliança Latino-Americana de Comércio Livre (ALALC), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Organização de Unidade Africana (OUA), União Económica e Monetária da África Ocidental, idioma obrigatório nos países do Mercosul e língua oficial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), organização que integra a maioria dos países africanos do hemisfério sul.

      A língua portuguesa é como o software Linux, pois pode ser usada e praticada a custo zero, basta assistir a uma telenovela brasileira na sua língua original. É fiável, visto não ser uma língua artificial e sim natural, existe a 800 anos. É uma língua que não depende da moda e não se impõe à força, com praticas etnolinguísticas, psicológicas e financeiras. Está disponível, pela sua presença alargada no mundo e o seu desempenho é confirmado cientificamente por linguistas que endossam a mais valia na aquisição desta língua/software e, que corre em qualquer sistema e hardware !!!!

      Lembremos que, por exemplo, actualmente a TV Globo é a maior produtora de programas próprios de televisão do mundo. O seu acervo de telenovelas e mini-séries é distribuído em diversos idiomas, levando hoje a cultura “lusófona” a espectadores de cerca de 130 países em todos os continentes.

     Aproveitando-se dos altos índices de audiências, que uma telenovela possui, poderá se promover a aprendizagem do português como segunda língua de comunicação e como justificativa teórica e pratica, divulgar a importância de se aprender a língua que une 700 milhões de pessoas. É a Globalização Democrática, 1 cidadão 2 línguas! É a única língua candidata a ser a preferida da Globalização e que preenche os cinco pré-requisitos necessários para que tal aconteça:

      O aspecto Quantitativo, Qualitativo, Geopolítico, Geoeconómico e o quinto é o facto desta língua entender uma outra língua. Ora, o Brasil preenche todos estes cinco requisitos, além de, possuir 30% da água renovável do planeta, a matéria prima para a industria química e farmacêutica, (graças ao Amazonas e a sua biodiversidade), o petróleo e energias alternativas, a agricultura e, os seus 190 milhões de habitantes não possuem problema de comunicação - matéria-prima da informação.

      Actualmente, a Fundação Geolingua está a organizar um novo tratado, simbólico e de promoção de auto-estima, o “Tratado de Tordesilhas II”, cujo objectivo é ressuscitar a maior e mais antiga comunidade dos últimos 500 anos, a CPLP+E – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa & Espanhola.

       São os iberófonos a unir-se, lembrando a importância que já tiveram, têm, e continuarão a ter, estes dois idiomas. Não esquecendo que a Península Ibérica, os Países Africanos Iberófonos e a América Latina (99% Iberófona) ficam “separados” e claramente identificados da outra metade do mundo por uma linha imaginária. A America Latina e a Comunidade Ibero-Americana não deverão, portanto, deixar de fora os países africanos de expressão portuguesa e espanhola, mais Timor-Leste. Que se crie, portanto, uma GEO-Comunidade Iberófona, onde a base passe a ser a língua, a maior ponte para o diálogo de todos os tempos.

    A título de exemplo pode-se citar que o Banco Santander demonstrou-se plenamente favorável ao conceito da Iberofonia ao anunciar publicamente que a língua portuguesa passa a ser, em paralelo com o espanhol, a língua oficial nos 42 países onde o banco se encontra presente.

E, para o xeque-mate final, além de tudo o que aqui já foi dito para se aprender a língua portuguesa, o maior de todos os motivos é, sem duvida:

O FACTO DE A LÍNGUA PORTUGUESA ENTENDER O ESPANHOL

Um mercado de 700 milhões de pessoas presentes na metade do mundo!


  

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prémio Leya 2011

09 Dez 2010

Já se encontram abertas as candidaturas ao Prémio Leya 2011. O prazo para a entrega das obras a concurso termina no dia 31 de Maio de 2011. Por favor consulte o regulamento. poderá obter mais informações neste mesmo site, na área dedicada ao Prémio Leya.


Com características únicas pela sua especificidade e valor -- 100 mil euros --, o Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português.

A procura de novos talentos da língua portuguesa e a sua promoção internacional são prioridades da LeYa. É nossa convicção que o grande crescimento e enriquecimento das literaturas de língua portuguesa nos últimos anos justificam inteiramente, e até exigem, a existência de um prémio desta natureza; a notável adesão de concorrentes de todo o mundo lusófono é sinal do interesse que o Prémio gerou junto do público leitor e de toda a comunidade dos escritores de língua portuguesa.

É também de grande importância a ampla promoção do prémio. A LeYa divulga o prémio e os seus vencedores em Portugal e em toda a vasta área geográfica da língua portuguesa, porque essa é verdadeiramente a sua vocação e o seu campo de acção como grupo editorial.

Com esta e outras iniciativas, a LeYa contribui para a criação de uma verdadeira comunidade, tão diversa nas suas manifestações literárias e culturais, mas tão próxima pela utilização de uma língua comum.

Nota: Caminha a passos largos para a 4ª edição. Até à data pariu duas crias (romances), acho sinceramente que nem as lontras conseguem bater o prémio Leya. Para quem tem propósitos destes, por favor, não brinquem com as nossas caras.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

    Manda a verdade que coloque aqui a resposta de Artur Portela no Blog
http://bibliotecariodebabel.com/geral/premio-leya-2010-nao-vai-ser-atribuido/

    Caro Carlos Maduro:
Sim, concorri ao Prémio Leya 2008 com o romance A Guerra da Meseta.

Sim, tive a informação de que havia sido um dos finalistas.
Permita-me que acrescente duas linhas.
Não, não estive envolvido em nenhuma operação menos clara de marketing editorial.
Não, não tenho conhecimento efectivo de que tenha havido, menos clara, uma operação assim.

Nem em 2008 nem em 2010.

Posso ponderar hipóteses.

Mas sou avesso a processos de intenção.

Grato pelas palavras amáveis, aceite um abraço do

Artur Portela

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu, Peter Porfírio, O Maioral

        A primeira edição do Prémio Leya continua a dar frutos. Desta vez é a Dom Quixote que vai publicar um romance finalista do prémio, e de novo de um autor brasileiro.

“Eu, Peter Porfírio, O Maioral” é o título do romance de Alaor Barbosa que, segundo a editora, narra, “com técnica bastante eficaz e em linguagem originalíssima e poderosa, a história de Peter Porfírio de Andrade, um fazendeiro brasileiro, nascido no interior da região Sudoeste do estado de Goiás, bem no coração do Brasil.”

   Este é mais um dos bestiais que precedeu o grupo de 2010 das...(conhecem a terminologia do futebol, não é verdade)
   Até seria suspeito para dizer umas palavras em relação ao livro, pertencente a Alaor Barbosa, um dos nomes mais badalados no Brasil quendo se fala de João Guimarães Rosa. Só esta ligação seria argumento suficiente para afirmar a qualidade do romance e o quanto aprecio o estilo e o autor.
     Por outro lado, ao prémio, não foram só caloiros, veja-se a obra e o perfil de Alaor. Quantos mais não ficaram calados no seu cantinho é a pergunta que continuo a colocar. Já houve gente que se deu às dores, mas prefere não responder. Assim seja.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Rainha do Cine Roma

A Rainha do Cine Roma - finalista do Prémio Leya 2008


No dia em que se conhecem, Maria Aparecida e Betinho, duas crianças de rua em Salvador, Bahia, tornam-se inseparáveis. Vítimas de abusos por parte dos pais, juntam-se às crianças que fazem do Cine Roma a sua casa e da amizade que os une um antídoto para combater a dura realidade de quem vive a fugir em permanência de um mundo ameaçador.

A Rainha do Cine Roma é um retrato da vida real no submundo, é uma história singular sobre duas crianças que nunca desistiram de sonhar que podiam ser amadas.

«Quem tiver peito fraco, é melhor não tocar neste livro. Porque ele é duro, cru, verdadeiro. No entanto, no fim, fica um fiozinho de açúcar, emoldurando uma réstia de esperança.»

Pepetela, escritor e membro do júri do Prémio Leya

«Surpreendente e intenso, terno e violento, A Rainha do Cine Roma é mais do que um romance para leitores exigentes: é um verdadeiro hino à vida.»

José Manuel Saraiva, escritor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Guerra da Meseta

A Guerra da Meseta

Os olhos imaginam? Guerra da Meseta ou Guerra dos Setenta Anos? Porque esta guerra vem lá do fundo. Do fundo do tempo e do fundo de nós. E prolongar-se-á em outras guerras. De uma delas restará um capacete com buraco de bala por onde se espreita o Mundo. Espreita um menino, cego de um olho, mas muito, muito vigilante. O seu olhar convoca pessoas, coisas, emoções, fantasias. Um largo desfile. Pai, mãe, irmão, casa, escola, rua, igreja, bordel, bandeiras, jornal, cafés, estafetas a correr, tróleis, pombos que filmam do ar, Sala de Corte e Ablação, sala de interrogatórios, tenentes-censores, generais, o Ductor. Tudo isto num país entalado entre a gigantesca Barreira de betão, que o protege de um Mar permanentemente em fúria, e montanhas intransponíveis. A ironia e o lirismo de Artur Portela levam-nos a ver (e a reconhecer?) uma fantástica República da Istmânia. E a revisitar um general que enlouquece e sobe aos Céus para capturar Deus. Uma viagem no tempo e num espaço de geometria variável. Um romance dos cinco sentidos. Seis, porque os olhos são dois. Terrivelmente terno.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A não-notícia

     Decorridas 24 horas sobre o doloroso parto da montanha editorial que pariu uma rata, numa breve pesquisa no google notícias, puffffffff, acabou, já não é notícia.
     Mas que história esta, então não é notícia dizer-se bem alto e aos sete ventos que os escritores lusófonos são um bando de canhotos que não têm unhas, preferia dizer tomates, mas suponho que também haveria senhoras a concorrer, para um prémio com tanto prestígio. Sinceramente já não sei se o prestígio pertence ao grupo editorial ou se ao júri.
    Teria muito dizer em relação ao júri, nomeadamente ao seu presidente, um candidato também ao julgamento popular. E não duvido de uma coisa tão simples como esta, da minha parte acho-o muito mais canhestro para o cargo a que se candidata que todos aqueles que concorreram ao Prémio Leya 2010. 
      Eu sei, eu entendo, só não percebe quem é burro. Não há vencedor, não há publicidade. A grande dúvida, ou se quisermos, o tiro nos pés está em saber se o Rastro do Jaguar deixou mesmo rastro e se o Olho foi mesmo d'olho. Ou me engano muito ou nem para pagar a viagem do Manuel Alegre a Moçambique chegou.