Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



sábado, 30 de outubro de 2010

Outeiro Poético

      Coimbra: Outeiro Poético recriado sábado no Convento de Sant'ana
       Coimbra, 29 Jan (Lusa) -- Os recitais que ao longo dos séculos poetas e músicos executavam junto aos conventos, a exaltar a beleza das noviças e para saborear as iguarias das monjas, vão ser recriados sábado no âmbito da II Mostra de Doçaria Conventual e Regional de Coimbra.
      Tradicionalmente à noite e junto às portarias dos conventos femininos, jovens poetas, lentes e estudantes, juntavam-se em freiráticos e aguardavam que uma frase lançada pelas homenageadas servisse de mote para um soneto, ou uma sucessão de versos rimados.
      À chegada dos freiráticos acendiam-se velas nos mosteiros e, com os vultos das noviças e freiras por trás das grades, entabulava-se alguma conversa, e assim se dava início ao que era designado de Outeiro Poético.
      Os outeiros atraíam lentes, estudantes e fidalgos vindos, até, de Lisboa para exibir a arte do galanteio. Nos conventos femininos de Sant'ana, Santa Clara, Celas, Sendelgas, ou Tentúgal procuravam amores, suspiros, poesia e doces, refere a investigadora Dina de Sousa, acrescentando que são conhecidas referências a estas manifestações desde o século XVII ao XIX, altura da extinção das ordens monásticas.
      Esta tradição ligou, durante séculos, a cidade, a Universidade e a poesia às iguarias dos conventos, terminando após a extinção das ordens religiosas. Mais tarde utilizou-se a designação de Outeiros Cívicos, realizações de carácter político, para afirmação do poder liberal, recorda a investigadora, do Departamento de Cultura da Câmara de Coimbra.
      Escritores que passaram por Coimbra nos tempos de estudante referem-se a estas manifestações nas suas obras, como é o caso de Almeida Garrett que escrevia: "mui gulloso doce as madres nos davam".
      Cada convento oferecia as suas especialidades doceiras: as arrufadas, o sensual manjar branco, os pasteis de Tentúgal, a par de compotas e covilhetes de marmelada que fizeram as delícias de Francisco da Silveira Malhão, Antero de Quental, João de Deus, Almeida Garrett, Trindade Coelho ou António Castilho.
    Tais realizações literárias e amorosas resvalavam, às vezes, para uma vertente mais ousada e erótica, o que é notório em inúmeros poemas que os freiráticos deixaram, e que levaram ao surgimento de algumas leis destinadas a controlar o uso de expressões menos adequadas.
     António Nobre no seu poema "Carta para Manuel" deixa um testemunho de que as residentes nos mosteiros não estavam excluídas da arte do galanteio e de serem eleitas com destinatárias do amor sensual.
      Conta que todos os meses ia de Coimbra a Tentúgal para visitar a sua "linda freira" no convento, da qual aguardava um bilhete, que nunca chegava, no interior de um "pastellinho".
      No sábado, pelas 16:00, no antigo Convento de Sant'ana - hoje quartel da Brigada de Intervenção - será recriado um Outeiro, com o envolvimento do Grupo de Fados Velha Cabra e da Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal.
     A Mostra, numa iniciativa da Câmara Municipal integrada no processo de certificação de três especialidades conventuais, decorre sábado e domingo naquele antigo convento, com a participação de dezenas de doceiros e de grupos folclóricos

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tal como prometi, aqui vai o que eu penso do teu livro intitulado “ A Corda de Judas Iscariotes”

       Trata-se de uma obra que faz uma refontalização do Judaísmo em Portugal, à escala mundial e também em Trás-os-Montes.
       O marco que compreende Rebordelo (que poderia ser Mirandela, Jerusalém do Romeu e tantas outras localidades de Portugal), Tripoli, Amesterdão, Genebra, Alexandria e Esmirna; leva-nos a pensar na dimensão da saga do mundo judaico, que não é apenas um povo com a pátria física, que querem construir agora com o Estado de Israel, mas uma pátria espiritual, genética e universal, que constitui o Povo Judeu.
      Talvez fosse bom escalpelizar mais um pouco as raízes portuguesas com base no judaísmo e ver da sua influência na construção dos Estados Unidos, da sua influência nos Descobrimentos e do “desastre económico” em que consistiu a debandada dos Judeus ao tempo da Inquisição.
      Se tal não tivesse acontecido, será que Portugal teria sido o país sempre em ruptura financeira, desde o tempo das Descobertas?
      O romance histórico que constitui esta obra de Carlos Maduro poderá levar ao despertar de historiadores e investigadores para novas descobertas da vivência histórica do povo Judeu em Portugal.
       Um dia um professor do ICSHT do Porto, Cón. Meireles dizia: “O povo Português é o povo mais parecido com o povo Judeu, porque sempre foi um povo em diáspora”.
       Viajando pelos quatro cantos do mundo, encontramos portugueses em quase toda a parte.
       O arco histórico que Carlos Maduro faz, apelando á vivência do tempo de P. António vieira, clérigo importante na Igreja, mas ao mesmo tempo, diplomata e político hábil, transportam-nos até ao presente e levam-nos a pensar se os políticos, os artistas e investigadores que temos a brilhar no estrangeiro, não poderiam notabilizar-se trabalhando no nosso país?
       Será que somos um país pequeno demais para as pessoas mostrarem aquilo que valem?
      Abraão Cardoso e Sara Cardoso são também o tipo de personagens que tendo a sua vida centralizada em Amesterdão e Genebra, vivem as sua raízes e partem à descoberta da portugalidade que lhes perpassa a alma e o seu código genético.
       Todos nós portugueses somos assim: “O chedre está sempre a puxar para a carqueja”.
       Parabéns ao autor pela obra que escreveu e votos de que traga a lume mais obras que nos façam interrogar se nós fomos grandes no passado, não poderemos ter mais uma vez hipótese na construção do nosso futuro, como pátria, como nação e como povo capaz de dar novos mundos ao mundo em “devir”.

José Sequeira

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Freirático

      Querem conhecer a quinta-essência do platonismo no amor português do século XVIII? Aí o têm. É o freirático.

       Foi o século XVII que o inventou; foi no tempo de D. João V que ele floresceu. Era um tipo. O amor, como as folhinhas, tem os seus mártires: foram os «devotos de freiras» que se encarregaram de escrever, de 1653 a 1744, datas extremas dos alvarás que os perseguiram, as páginas mais interessantes desse martiriológio. Nunca houve, em amor, ninguém tão escarnecido, tão explorado, e tão pouco exigente como o freirático. Um olhar do coro, uma palavra na grade, um suspiro ao ralo: nada mais desejava, nada mais pedia. Arruinava-se em jóias, em presépios, em capelas para os anjos, em capas para as irmandades; enfiava presentes às «comadres», cruzados às serventes e aos monazilhos; esvaziava a bolsa, vendia a sege, despia a camisa, caía nas mãos dos quadrilheiros e dos meirinhos, do Ordinário e da Inquisição, só pelo prazer ingénuo, pelo inofensivo prazer de poder confessar a um amigo, entre dois risinhos secos e duas cortesias dançadas, que, como o marquês de Gouveia, como o conde de Tarouca, como o morgado da Oliveira, também tinha a sua freira na Rosa, nas Mónicas, no Salvador ou em Sant'Ana.

Citado de http://www.arqnet.pt/amoremportugal/freiratico.html

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Concurso para Assessor e coveiro...

Não é gozo vejam mesmo os diários da republica.
Concurso para Assessor e coveiro...

Assessor Vs. coveiro

EXEMPLO 1
Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:
No aviso nº (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.
Para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).
Na alínea 7:... "Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na
"... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
EXEMPLO 2
Já no aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450 EUR mensais.

Método de selecção:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
4. - Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
5. - Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
6. - Os cemitérios fornecem documentação para estudo.

Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
7. - No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.

ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450 ? MENSAIS!

Enquanto o outro, com 3.500? só precisa de uma cunha...!!!
Vale a pena dizer mais alguma coisa...?!

Acordo ortográfico

     Não pretendo discutir aqui os benefícios ou os inconvenientes do Novo Acordo Ortográfico. Lanço unicamente algumas reflexões. E o ponto de partida é a pergunta tão simples como aquilo que é necessário para que se possa afirmar que existe uma determinada Língua. Ensinaram-me que os dois pressupostos elementares seriam a existência de uma Gramática e de uma Literatura. Observando todo o espaço lusófono, e começando pelo último pressuposto, é dado evidente a existência de várias literaturas. E todos estaremos de acordo em afirmar que esta evidência só nos enriquece a todos. Julgo que ninguém questiona que se fale de Literatura Brasileira, Angolana, Moçambicana, etc. A questão prende-se com o primeiro pressuposto, o da Gramática normativa. Entenderam os peritos que ainda é possível manter uma unidade e, por isso mesmo, falar-se de Gramática do Português e de Língua Portuguesa.
     O acordo ortográfico, deve, pois, entender-se como uma tentativa de prolongar esta filiação dos países lusófonos à Língua Mãe. Pessoalmente tenho sérias reservas que tal seja possível durante séculos, negaríamos o princípio de que são os falantes que fazem a Língua. A curto prazo, anos, décadas, não faço ideia, tal unidade ainda parece possível. Poderemos questionar se este esforço é pertinente ou funcional, a comunidade, no seu conjunto, entendeu que sim, julgo que seria violento ser o país que abriu a Língua aos outros povos o primeiro a quebrar este cordão umbilical. 
    Em termos práticos, esta adesão vai provocar alguns incómodos, contudo, os meios tecnológicos podem ajudar, e em muito, a ultrapassar este obstáculo. Recomendo, assim, a utilização do conversor para o novo acordo. É fácil baixá-lo da Net, é um programa de fácil utilização e funcional. Basta abrir o ficheiro que queremos converter, dar ordem de conversão e o mesmo passa a manter o nome que tinha com o acrescento "convertido". Et voilá, saem os "c", os meses passam a minúsculas, etc, etc, vale a pena tentar.
Nota: Este post não passou pelo olhar do Lince
    

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carta de Abraaão Cardozo a Cosme III de Médicis

     
       Coloco aqui, julgo que me primeira mão, a carta que Abraaão Cardozo dirige a Cosme III de Médici, falando da assitência que deu em Tripoli ao Sultão Turco a pedido do Pai de Cosme, Fernando II. Fala ainda dos tumultos de Tripoli, da passagem por Tunes e da família numerosa que tinha.
     Esta carta encontreia-a por acaso no Arquivo de Estado de Florença, após a publicação da Corda de Judas, mas não deixa de ser curiosa a forma como a correspondência familiar vem a comprovar a ficção.
    O ms encontra-se em perfeito estado e a digitalização é muito boa,  contudo ainda há algumas dificuldades de leitura e de tradução. Quando estiver pronta será divulgada. De qualquer forma, aceitam-se sugestões de tradução para este documento.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo: a ponte é uma passagem

    Não se trata de discutir a utilidade das pontes nem engenharia, mas sim de discutir a paravalhice nacional do fizemos a maior ponte. Não passei por cima desta muitas vezes, graças à irmã um pouquinho mais acima, mas sempre que isso aconteceu, e admtindo a total ignorância naquilo que digo, pensei sempre que se houvesse um local onde o rio fosse mais largo, seria aí necessariamente a ponte.
     Tanto mais que, ao que foi admitido por uma das principais mentes de betão armado, lapso, do betão armado, para lá da ponte há deserto e será sadismo puro e duro fazer com os camelos circulem por cima da água.
      Também não se pretende bater mais no ceguinho que quer fazer o TGV, mais pontes, mais auto-estradas e aeroportos, esses parece que desapareceram até à próxima. Pretende-se sim, relembrar os finórios que conseguiram levar à frente estas obras e continuam a usufruir dos rendimentos que deram a todos aqueles que foram, sucessivamente, alterando o respectivos orçamento. É chegada a hora de devolver o que se levou a mais.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo - O Centro Cultural

      Escolhi esta foto pelo facto de não saber o que hei-de chamar a esta obra do reino cavaquista. Assim parece-me um castelo, mas também me faz lembrar o Clube Praia da Rocha em Portimão, aquele que fecharam por falta de segurança.
     Enfim, esqueçam as divagações, o Centro Cultural de Belém, a pensarmos um bocadinho, lembra aquela família que não tem um centavao, desculpem cêntimo e, logo que recebe o rendimento mínimo, gasta-o em telemóveis. O responsável é o Senhor Presidente da República e é candidato de novo.
      Já ouvi chamar a este edifício uma obra de regime. Pergunto se esse tal regime já acabou ou é o mesmo em que nos encontramos. Parece que é o mesmo, mas esse está falido. Não daria para desmontar o lego e vendê-lo em troca de petróleo à Venezuela. É que, para a cultura, vão-se os anéis mas fiquem os dedos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Quinto Império do Mundo - A Caixa Geral

     Queria iniciar um percurso pelos locais do Portugal Quinto Império do Mundo. Isto a propósito da recente venda do edifício megalómano ao fundo de pensões dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos. É bom observar estas imagens que, há uns anos atrás, passaram quase despercebidas ao olhar dos portugueses mas que hoje, no mínimo, exigiam um pedido formal de desculpas por parte de quem andou a fazer estas macacadas. 
     Sinceramente, visto assim de frente, faz-me recordar um momo parecido, construído por um qualquer sultão das arábias, mais propício a dar sombra a camelos que a servir aos interesses económicos dum país que pretende estar entre os povos desenvolvidos. Além disso, sem petróleo, sem batatas, feijões e sardinha, onde poderíamos realmente arranjar o dinheiro.
      Mas gosto sinceramente do azul da cobertura. Deve ter mãos de algum portista. Sim, que isto do Quinto Império tem de passar também pelo futebol. Não pode ser tudo mau-gosto e o poder económico é do norte, carago. Já imaginaram uma cobertura vermelha numa gaiola que nem o Tio Patinhas estaria interessado em comprar. Tenho mesmo dúvidas que um qualquer buraco, parecedio aquele que foi usado para resgatar os mineiros do Chile, conseguisse trazer alguma coisa cá para for.
    

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Começa, finalmente, a fazer-se Justiça em Portugal!!!!!

Começa, finalmente, a fazer-se Justiça em Portugal!!!!!

*A justiça portuguesa está de parabéns!

* Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.
· Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
· Ao desaparecimento de Madeleine McCann,
· Ao caso Casa Pia
· Do caso Portucale
· Da compra dos submarinos
· Às escutas ao primeiro-ministro
· Do caso da Universidade Independente
· Ao caso da Universidade Moderna
· Do Futebol Clube do Porto
· Ao Sport Lisboa Benfica
· Da corrupção dos árbitros
· À corrupção dos autarcas
· De Fátima Felgueiras
· A Isaltino Morais
· Da Braga parques
· Ao grande empresário Bibi
· Das queixas tardias de Catalina Pestana
· Às de João Cravinho
· Dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida.
.Do processo Costa Freire / Zeze Beleza, quem não se lembra ?
· Do miúdo electrocutado no semáforo
· Do outro afogado num parque aquático
· Das crianças assassinadas na Madeira
· Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico
· Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal
· A miúda desaparecida em Figueira
· Todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou
· As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo. Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos.
· Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran
· Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal.
· O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
· E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência
Pois é... a justiça portuguesa está de Parabéns!

Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.

MULTADO POR GUIAR BURRA EMBRIAGADO

O agricultor que há uma semana foi apanhado a conduzir embriagado uma carroça puxada por um burra, na EN 17, em Celorico da Beira, foi ontem, quinta-feira, condenado, em processo sumário, a pagar 450 euros de multa. Pena pode ser substituída por trabalho comunitário, (Pois este sr. trabalha e não vive com qualquer subsidio do governo) Jorge Rodrigues, de 34 anos, agricultor, foi condenado pelo Tribunal Judicial de Celorico da Beira, neste caso, a juíza Cláudia Jesus, que considerou “muito grave” o crime pelo qual o agricultor ia acusado, aconselhou-o a nunca pegar num veículo, seja ele a motor ou de tracção animal, depois de ter bebido, condenou um homem apanhado com uma taxa de álcool no san.uma pena de 90 dias de multa, à razão de cinco euros por dia, por ter sido apanhado a 11 de Agosto a conduzir o veículo de tracção animal com uma taxa de alcoolemia de 2,85 g/l no sangue (a burra acusou 0.0 g/l).

O valor mínimo da multa aplicada, que totaliza 450 euros, teve em conta, segundo a juíza de turno que ditou a sentença, a situação social do arguido e o facto de ser primário. Foi-lhe ainda aplicada, como pena acessória, a inibição de conduzir qualquer veículo motorizado por um período de sete meses.

A pena exclui a proibição de o arguido guiar a carroça puxada pela burra, o meio de transporte que mais utiliza, pese embora ter licença, segundo o próprio, para conduzir tractores e motociclos." Venda a burra se ela for uma tentação”, desafiou

Até que enfim.... e em tempo recorde 8 dias depois julgado e condenado !!!!!!!!!!!!!!

YEAAAAAAAAH!...

Agora sim, sinto-me mais seguro !

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Aníbal Pinto de Castro

   Faleceu na passada Sexta-Feira o Doutor Aníbal Pinto de Castro. Tinha 72 anos e era um jovem, por isso surpreendeu a todos quantos eram seus amigos e que, juntamente com ele, se recusavam a aceitar a doença.  Poderia colocar neste blogue mais um dos textos que se multiplicam na net, copiados e recopiados, o mestre de todos nós merece bem mais do que isso.
     Para além de se dizer que publicou duas centenas de trabalhos ou que tinha um currículo com mais de duzentas páginas, é importante referir que, enquanto teve forças, nunca recusou um trabalho. O último era o do Dicionário da Academia das Ciências com o novo Acordo Ortográfico. Há meses dizia-me ele, ó Maduro, já vou na letra E, o secretário dele respondia, o senhor vai na letra A, na letra E vou eu.
     O Doutor Aníbal Pinto de Castro era um homem sábio no mais completo sentido da palavra, gostava de  passar os seus conhecimentos aos outros. Contagiou-me aquando da orientação da minha tese de mestrado, já lá vão dez longos anos, e a partir daí fiquei seu amigo. A todos recebia em casa e patilhava a mesa através dos carapauzinhos de que tanto gostava, fosse com um simples aluno ou com o Senhor D. Duarte, Duque de Bragança.
     Junto dele havia sempre motivo à boa disposição. Mesmo achacado pelas dores, tinha sempre uma história para contar, uma anedota ou gracejo. Era antes de tudo um homem alegre, que impressionava pela aparência, mas a quem todos acabavam por admirar pela sua humanidade. O país perdeu mais um dos grandes professores da Universidade em Portugal. Eu perdi um amigo, perdi também a pessoa que mais confiou em mim para além daqueles que me são muito próximos. Perdi o mestre que me acompanhou ao longo de muitos anos, sem nunca ter uma palavra de desagrado quando o visitava ou lhe telefonava, normalmente para pedir um conselho ou ler algum dos meus trabalhos, fossem académicos ou mesmo de ficção, como aconteceu com a Corda de Judas Iscariotes. 
      O Doutor Aníbal Pinto de Castro estava nomeado para fazer parte do júri da minha tese de doutoramento como orientador, mais uma entre tantas, não sendo a única que tinha entre mãos. Para os cristãos a vida não acaba com a morte, sabemos que vai estar presente para nos orientar a todos. No meu caso, num tema pelo qual tinha especial preferência, a retórica e o Pe António Vieira. Paz à sua alma, convicto de que continua a partilhar a alegria com que a todos nos brindou.       

sábado, 9 de outubro de 2010

Congresso das Ordens Religiosas

      Decorrerá nos inícios de Novembro o Congresso das Ordens Religiosas. O momento é particularmente importante e não é alheio às celebrações do Centenário da República. Basta ler o programa e conhecer os responsáveis pela oragnização para perceber que será um espaço aberto a todos, independentemente do pensamento individual de cada um. Mas o mais importante, do meu ponto de vista, está no facto de ser um congresso que vai encarar o presente e o passado sem vergonha.
      A República, através da maioria dos seus ideólogos passados e presente, teve este cancro que parece não ter cura, dividiu a nossa História em gloriosa e vergonhosa, como se a gloriosa fosse possível sem o contributo daquela a que supostamente catalogaram como conservadora e causa de todos os atrasos. Basta olhar para a Rotunda do Marquês em Lisboa para entender o que digo. Um país que pensa desta forma não é intelectualmente sério, continua e continuará a ser o país das capelinhas e dos grupinhos, sem um unidade de base que o lance para o futuro.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Lenda de Alcobaça

      Uma monarquia, uma república e uma ideologia política fundadas numa lenda. Poder-se-ia aproveitar este momento da comemoração do primeiro centenário da República para repensar a questão dos símbolos nacionais. Uma bandeira e um hino. Ele seria, sem qualquer margem para dúvidas, o momento ideal para nos libertarmos definitivamente do cordão umbilical que liga o país ao atraso, às diferenças sociais, às dívidas e às chacotas internacionais.
        Pobre terra e triste gente que continua a colocar a mão no peito em frente das cinco chagas de Cristo e das trinta moedas que serviram à traição de Judas Iscariotes! Proponho desde já algumas alternativas em relação a esta simbologia, por exemplo, cinco magalhães com trinta bolas de futebol, em círculo, não em forma de cruz. Ou então cinco carros topo de gama, com trinta personalidades de telenovelas; para os mais conservadores, cinco basílicas de Fátima, com trinta velinhas acesas; em alternativa, para quem não tem Fé, cinco casas de fao com trinta guitarras. Mas aceitam-se mais sugestões.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Uma monarquia sem monárquicos e uma república sem republicanos

       Este é o título dum pequeno artigo escrito para a Revista Villa da Feira. Não é de forma alguma um ataque à República enquanto regime, pois não saberia neste momento por qual optar, se pela monarquia se pela república, é antes uma tentativa de denúncia do pântano ideológico em que vivemos.
      A frase uma "monarquia sem monárquicos" pertence ao próprio D. Carlos, a segunda é uma imitação da minha parte. Em qualquer dos casos, a situação é praticamente idêntica. No tempo da monarquia, o rei e a Igreja foram responsabilizados por todos os atrasos que o país tinha, o rei foi morto e os frades expulsos. Hoje, quem é o responsável? Quem vai ser o morto, quem vai ser expulso?
      É tempo de modernidade e de mudança, quer voltemos à monarquia, quer permaneçamos na República, algo tem que mudar. Diria a começar pelos símbolos. É tempo duma vez por todas alterar os símbolos da República que, hipocritamente, manteve toda a simbologia monárquica baseada na Batalha de Ourique, no mito do Quinto Império, nação santa, povo eleito.
    Ou por ignorância, ou por manifesta falta de vergonha, pede-se o fim dos símbolos religiosos, mas mantêm-se os mesmos na bandeira, é tempo de os retirar. Lanço já uma sugestão, que tal um Computador Magalhães?

domingo, 3 de outubro de 2010

Crise, qual crise? Na folia não vejo crise.

     Diziam os romanos que à mulher de César não basta ser séria, tem que o parecer. Costumo corrigir este provérbio e acresentar, desculpem-me as ilustres senhoras romanas, À puta da mulher de César não basta ser séria, tem que parecer séria. Devem ter percebido que o meu calão não é dirigido a nenhuma das nossas mães, antes é utilizado com um sentido alegórico.
    Tudo isto a propósito dos concertos dos U2, sempre com casa cheia, enquanto um grupo  considerável de cidadãos que trabalharam a vida inteira vai ficar com a barriga mais vazia. E não me prende qualquer tipo de animosidade para com estes senhores, pesoalmente aprecio o barroco na época, não parecio manifestações barrocas modernas, mas essa é outra história. O que a mim me lembra, em tempos de outras crises, se alguma vez saímos da crise, é que em nome dela, o coitado do Julito Iglesias, quando ainda fazia derreter corações, não foi autorizado a fazer um concerto entre as ilustres hermanas e hermanos lusitanos.
     Posso assim concluir que a crise ainda não chegou à folia, supostamente deveria começar por aí, mas pela aragem ainda não chegou à carruagem, só ao TGV e aos funcionários públicos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Premio Leya

   Prémio Leya 2010

   Terminado o prazo para a recepção de originais, a 31 de Maio último, a edição deste ano do Prémio LeYa encontra-se na fase de análise dos romances recebidos. Em breve será anunciada a data da revelação do vencedor que, conforme o regulamento, será antes do final do corrente ano.

     Aguardam-se apostas para o vencedor deste ano.

Opção A - Angolano ( ou outro país lusófono a quem ainda não foi atribuído prémio).
Opção B - Nunca será um autor do Brasil ou de Moçambique.
Opção C - Não será atribuído prémio por manifesta falta de qualidade.
Opção D - Não será atribuído prémio pelo facto do nome escolhido não ser catalogável entre os autores do grupo Leya.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Letras Comvida

       Foi lançado o primeiro número da Letras Comvida. Uma revista de gente Com Vida e que, só pela capa, convida.
      Poderia falar aqui do Conselho Científico nacional e internacional que apadrinha esta publicação, bem como da editora que se reponsabiliza pela edição, mas não é necessário. Prefiro falar do entusiasmo e do carinho de todos aqueles que lidam directamente com esta publicação para fazer dela uma revista diferente, Com Vida.
     Vale a pena ler o primeiro número, todos vamos ganhar mais alguma vida neste país que precisa efectivamente de nova vida no campo das letras e da cultura.
      Agradeço também a excelente leitura crítica com que Raquel Drumond Guimarães honrou o livro da minha esposa, Dom Juan e o Donjuanismo. Foi um artigo que nos surpreendeu e pelo qual ficamos imensamente gratos.