Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Inquisição

     O Tribunal da Inquisição é uma das personagens colectivas da "Corda de Judas". A presença desta instituição na obra é levada a cabo por um autor que não esconde as suas convicções religiosas. Assume-se como Católico e, enquanto tal, de forma tolerante e com respeito pelas outras convicções. A abordagem desta temática é feita de forma esclarecida, sem pretender ocultar crimes, mas também sem vergonhas e, muito menos, sujeito aos lugares comuns e estereótipos que se criaram à volta desta fase da História.
      Em todos os tempos e em todos lugares existiram homens a quem a intolerância cegou; do mesmo modo houve outros que foram surpreendentemente modernos. Essa é uma das maiores tragédias da História dos homens que continua sem resolução. O que seria o mundo hoje sem a intolerância entre cristãos e judeus é uma das questões que é levantada nesta obra. 
      Mais do que uma marca do tribunal da Inquisição destinado a assinalar todos aqueles que eram mal convertidos à fé cristã, o sambenito carrega também todo o peso dos séculos entre dois povos, duas culturas e duas religiões tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes. 

terça-feira, 27 de abril de 2010

Beau Rivage

    O Beau-Rivage de Genève é outro dos hotéis por onde passam algumas das personagens deste romance. Não é o lugar de encontro do famoso grupo de Bilderberg, mas o local de passagem obrigatório da família Cardozo nas deslocações a Genève. Vale e pena uma visita ao site deste alojamento de luxo para melhor entender o processo da construção da narrativa em "A Corda de Judas" 
      Convém não confundir o Beau-Rivage de Genève com um outro Beau-Rivage de cinco estrelas, na cidade suíça de Neuchâtel, e que serviu de alojamento à Selecção de Futebol de Portugal no último europeu. 
Os preços mais baixos rondam os 350 euros.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Albano - Itália

      Entre os muitos lugares da acção, uns com mais rigor histórico, outros mais próximos da ficção, quero destacar Albano. O Padre António Vieira esteve em Albano em tratamentos que poderíamos considerar hoje como termais. Dá disso notícias nas suas cartas, tendo enviado inclusivamente algumas desta localidade italiana.
      O sítio passaria despercebido se não ficasse localizado nas proximidades de Castel Gandolfo, local onde fica também a residência de férias do Papa. Torna-se assim num espaço de particular simbolismo, indepentemente de João Paulo II, ou mesmo Bento XVI, o procurarem para descanso.
      A paisagem é impressionante, o local é romanesco por excelência, que maquinações teria feito Vieira em Albano é a pergunta que se levanta em a Corda de Judas Iscariotes.

sábado, 24 de abril de 2010

Bilderberg

        
 Bilderberg é um hotel situado em Oosterbeek, perto de Arnhemia na Holanda. É nesta localidade que residem os pais de Ester Cardozo, nas proximidades dos jardins deste famoso hotel que serviu de apoio ao famoso Clube de Bilderberg. Trata-se, por isso mesmo, de um dos espaços fundamentais para o entendimento da "Corda de Judas Iscariotes". Na verdade, a proximidade da família Cardozo ao hotel não é unicamente física. Como poderá ler-se na conclusão deste romance, Bilderberg é muito mais do que um hotel aberto à visita de cada um de nós. Os preços oscilam entre os 70 e os 100 euros, pode ser visto e reservado em :
http://www.booking.com/hotel/nl/bilderberg.html?aid=304085;label=Hoteis-iQ35xiFDNh3rJo4ReZuiSgS1103091921;sid=a96f776e3ce30f488d56334e0b07e033;origin=disamb

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O IEUG

    O Instituto Europeu da Universidade de Genebra é um do lugares mais importantes na acção da Corda de Judas Iscariotes. Fundado em 1963 por Denis de Rougemont, tem vindo a tornar-se num autêntico alfobre de políticos da integração europeia. Não admira, pois, que no site desta prestigiado instituto, José Manuel Durão Barroso ocupe um lugar de destaque na projecção da escola, enquanto aluno que atingiu o mais alto patamar do projecto europeu.

   Chers étudiants,

   Il y a un certain nombre d’années, je me trouvais à votre place et je m’apprêtais, comme vous, à entamer une nouvelle année universitaire à l’Institut européen de l’Université de Genève. A cette occasion, je voulais vous adresser un salut amical même s’il est aussi teinté, je l’avoue, d’une pointe discrète de jalousie !
Je sais qu’on ne choisit pas un cursus d’études européennes par hasard. L’Europe, c’est une idée, c’est un projet, c’est une vision, mais pour ceux qui y participent de près ou de loin, c’est une adhésion profonde. Nous partageons cette adhésion. C’est pourquoi je ne peux que vous encourager à poursuivre dans votre voie, qui vous conduira, je l’espère, à une carrière dans les institutions européennes ou consacrée à l’idée européenne.
     C’est ce que je vous souhaite, car les années qui s’ouvrent promettent d’être riches et passionnantes. L’Union européenne est déterminée à prendre à bras-le-corps les grands défis du 21ème siècle - mondialisation, économie de la connaissance, recherche et innovation, question énergétique, changement climatique, gestion des migrations, place de l’Europe dans le monde.
Elle a déjà fait des choix de fond pour s’y attaquer. Pour prendre l’exemple du réchauffement planétaire, l’Europe a pris des initiatives et des engagements dynamiques et courageux pour changer le cours actuel – et très préoccupant - des choses et entraîner la communauté internationale derrière elle.
Nous avons beaucoup de travail devant nous, mais l’Union européenne avance à pas résolu. Le dernier élargissement en date lui donne une dimension et une visibilité mondiales sans précédent. L’Europe pèse et compte.
       Après un long débat institutionnel, elle sort de l’impasse et tourne une page. Le traité de Lisbonne lui donnera les moyens de ses ambitions politiques et lui permettra de se concentrer sur ses priorités. Les conditions sont réunies pour passer à la vitesse supérieure.
Je vous souhaite de grands moments d’Europe au cours de cette année académique 2008-2009 et tout au long de votre parcours universitaire.
      Je tiens aussi à saluer chaleureusement votre nouveau directeur, Nicolas Levrat, à qui je souhaite tous mes voeux de succès à la tête de l’Institut européen.
José Manuel Barroso
Ancien étudiant de l’Institut
Président de la Commission européenne

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A contracapa de "A Corda de Judas Iscariotes"

       Uma aventura romanesca alternada em dois tempos distintos, onde a ficção se cruza com uma das época mais enigmáticas da nossa História.


       Um encontro cuidado com personagens incontornáveis dos movimentos messiânicos, sebastianistas e do Quinto Império. Um romance que se constitui num surpreendente prolongamento da obra de Catherine Clément, A Senhora. Gracia Nasi, José Nasi, Samuel Usque, Abraão Cardozo, Menassés Ben-Israel, Padre António Vieira, Cosme de Médicis, Sabbatai Zevi, entre outros, são personagens históricas que o autor cruza com assinalável rigor histórico, num diálogo inter-religioso que é de assinalar.

        Duas personagens, José Mendes e Ester Cardozo, ele português, ela judia residente em Bilderberg, colegas no Instituto Europeu da Universidade de Genebra, no ano de 1982. Uma descoberta das origens e uma emocionante história de amor entre um cristão-novo e uma judia. Um romance diferente, marcadamente simbólico, num claro desafio à imaginação do leitor na procura do homem do Quinto Império do Mundo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ester Cardozo

     Ester é uma personagem da ficção, uma jovem judia que transporta consigo todo o peso do nome da rainha Ester.
     O entendimento da força simbólica desta personagem procura ir de encontro ao livro de Ester e à herança histórica que recebeu da parte de Gracia Nasi. Na verdade, uma das muitas interrogações que a Corda de Judas levanta é a de saber até onde chega a liberdade de Eva. Com efeito, a questão do messianismo pode ultrapassar o "Messias" em si mesmo entendido e centrar-se na personagem que traz o mesmo "Messias" ao mundo. 
    Bastaria olhar o culto mariano para notar o papel que foi dado a Maria e a importância que se atribui ao "sim". Aliás, as tentativas de olhar o papel da mulher no messianismo não são novas, a mais recente e mais popular fez dela uma descendente de Maria Madalena em loucas correrias pelos boulevard's de Paris. Até onde pode chegar a ficção descaradamente despreocupada do rigor histórico. Mas o acto da espera, se o analisarmos de forma séria, esse é essencialmente feminino e a resposta será sempre pessoal. Independentemente das convicções religiosas e do respeito que merecem todas as religiões, em "A corda de Judas Isacariotes", o Messias não nasceu por acto deliberativo, livre e consciente de Ester que disse "Não".

domingo, 18 de abril de 2010

José Mendes

    A estrutura narrativa de "A Corda de Judas" organiza-se em alternância, estruturando-se à volta de dois tempos, os séculos XVI e XVII e o século XX. 
    No primeiro tempo, as personagens são históricas; no segundo, são ficcionais. De qualquer forma, houve o cuidado em associar as personagens do mundo moderno a lugares e a acontecimentos muito precisos. É o caso de José Mendes, jovem estudante em Genebra, oriundo de uma família com raízes no Norte de Portugal, nas proximidades de Vinhais.
   Esta associação não surgiu ao acaso, houve a intenção de associar a personagem da ficcção a pessoas históricas do presente, as quais, por motivos óbvios, não serão identificadas, reservando-se assim um espaço à criatividade e à imaginação do leitor. Mesmo que qualquer aproximação com a realidade seja mera coincidência, esta não será tão pura como normalmente se faz crer.