Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



sábado, 9 de julho de 2011

Parabéns e facebook

          Quero agradecer a todos quantos me endereçaram os parabéns através do facebook e aos outros que, tal como acontece comigo, deixaram passar ao lado estas datas que esta memória gigante nunca esquece.
          Esta é uma matéria que daria pano para mangas e inclusive largas teses de análise sociológica. Cá por mim, prefiro ficar mais terreno e simplificar a coisa. E digo que gostei e agradeço, diria mais, confesso que estava cansado de receber parabéns do Sr. Engº Jardim Gonçalves; do Sr. Dr. Armando Vara (Caixa e BCP) e só não receberia mais votos de parabéns de outros ilustríssimos banqueiros pela simples razão de não lhes pagar juros, ou despesas de manutenção ou outro tipo de taxas qualquer. Portanto, como os parabéns não se compram, dão-se, dispenso gestos tão amáveis de tal gente.
      Também não gosto nada de receber paabéns da CP, cada vez me pedem mais pelos bilhetes e cada vez é maior o buraco que lançam na economia do país; o mesmo posso dizer da Santa Casa, eis que recebo um email a dizer Parabéns e nem tão pouco me lembrei do aniversário, pensei com os meus botões, na pior das hipóteses, são mais 10 euros, sim, eu jogo online. Abro o email e vejo um bolo, interrogo-me, o que será, e vejo que pedem para aceder à minha página, anunciando uma surpresa. Pensei cá comigo, querem ver que a Santa Casa se lembrou de mim, espreito e... nada, implicitamente era um convite a jogar. A jogar uma ova, que já tinha feito a jogada para três meses, queriam que jogasse mais e eu queria uma prenda de aniversário. Isso não se faz, vamos passar a vida a ser enganados como as crinacinhas.
      Moral da história, no facebook ninguém me cobrou nada nem mostrou qualquer outro interesse a não ser o gesto livre e gratuito de me dar os parabéns, por isso agradeço, prometendo estar mais atento aos aniversários dos outros do que aquilo que tenho estado até agora.

terça-feira, 5 de julho de 2011

PELA REVOGAÇÃO IMEDIATA DO ACTUAL MODELO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE E DE TODOS OS SEUS PROCESSOS E CONSEQUÊNCIAS, EM NOME DA SERIEDADE E DA CONFIANÇA

Sua Excelência,
Senhor Primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho.
C/C
Sua Excelência,
Senhor Ministro da Educação e Ciência, Prof. Dr. Nuno Crato.


      É pública a discordância de Vossa Excelência relativamente à filosofia que enforma o actual modelo de avaliação do desempenho dos professores, a qual se suporta na total desresponsabilização da tutela e na completa ausência de dimensão externa, alienando o processo ao arbítrio da avaliação entre pares, em que qualquer um está em condições de avaliar qualquer outro, sem se cuidar do reconhecimento da autoridade, da formação, do rigor, do acautelar de conflitos de interesses e da isenção.
      É, também, pública a forma enfática como Vossa Excelência tem rejeitado os processos em que se tem vindo a concretizar a implementação deste modelo de avaliação, chegando ao ponto de os qualificar, adequadamente, como "monstruosos" e "kafkianos".
     De igual forma, os professores conhecem o seu empenho e convicção em revogar o actual modelo de avaliação, caso contrário não se exporia à acusação de eleitoralismo quando procurou eliminá-lo, no Parlamento, em Março de 2011, do mesmo modo que são testemunhas, tanto do seu aproveitamento eleitoral da figura e das ideias do Professor Santana Castilho, como da sua afirmação de que possuía uma alternativa ao modelo actual ou, ainda, das suas declarações públicas, em sucessivas entrevistas, que iam no sentido do compromisso em acabar com a vigência de tamanha aberração burocrática, pelo que os professores não compreendem outra decisão que não seja a de verem revogado, nos próximos dias, este modelo.
     Certamente, não ignora Vossa Excelência, até porque o Professor Santana Castilho deve tê-lo elucidado à saciedade e o Professor Nuno Crato ainda ontem o reafirmou no Parlamento, que este modelo de avaliação não garante condições mínimas de fiabilidade, de seriedade e de imparcialidade, constituindo, quer o principal foco de conflitualidade e de instabilidade nas escolas, quer o pretexto contraproducente para ocupações burocráticas e para produções folclóricas e artificiais que, além de inúteis e destituídas de qualquer impacto positivo nas aprendizagens dos alunos, se consumam num processo opaco de atribuição de classificações que impede, mercê da sua natureza sigilosa, qualquer possibilidade de escrutínio público da avaliação do mérito dos avaliados, sendo susceptível de gerar injustiças, seja sob a forma de favorecimentos, de prejuízos e, mesmo, de incontrolada subjectividade ou incapacidade na avaliação.
     Não está em causa acreditar que Vossa Excelência proporá uma nova avaliação (até tomo a liberdade de lhe sugerir que, para aumentar a fiabilidade e a isenção do processo, o docente que vai mudar de escalão possa ser objecto de uma classificação de serviço que resulte da média das classificações atribuídas pelo coordenador de departamento/grupo disciplinar, pelo director e pelo inspector da IGE, uma vez reorganizada esta estrutura por áreas científicas/disciplinares), mas, uma vez consciente do carácter arbitrário, perturbador e injusto do modelo em vigor, torna-se um imperativo de seriedade e de preservação da relação de confiança com os professores que Vossa Excelência despache no sentido da cessação imediata dos processos avaliativos que decorrem, neste momento, nas escolas, inviabilizando que cheguem ao seu termo e gerem injustiças irreparáveis, tanto em termos de progressões na carreira e de concursos, como ao nível da deterioração dos climas relacionais e do regular funcionamento das escolas.
     Se Vossa Excelência optar por legitimar este ciclo avaliativo, permitindo a sua finalização, estará, de todo, ciente de ficar associado a uma farsa avaliativa e de ser o responsável pela quebra irreversível da confiança que milhares de professores depositaram em Vossa Excelência, com todas as consequências que daqui advirão em termos, quer da avaliação pública da sua credibilidade, quer da disponibilidade dos professores para se envolverem activamente na concretização das mudanças que postula para a escola pública.
     Na expectativa de que prevalecerá o seu sentido de exigência e de fidelidade às iniciativas e intervenções pré-eleitorais e eleitorais, aguardo a sua decisão de revogação imediata do modelo de avaliação de professores em vigor e a declaração de nulidade de todos os processos em curso e suas consequências.
Subscrevo-me, respeitosamente,
Octávio V. Gonçalves
Professor do quadro da Escola Secundária de S. Pedro, em Vila Real.

P.S.: Por solicitação de colegas, esta tomada de posição será pública, podendo vir a ser subscrita e enviada por outros professores ou escolas.

sábado, 2 de julho de 2011

Londres 1 Roma 0

      No embate casamento anglicano / casamento romano, lamento, mas nem a minha costela católica apostólica romana impede que reconheça que, desta vez, levámos uma autêntica abada.
     Reconheça-se, no entanto, que fomos a jogo com um atleta completamente roto, com prazo de validade mais que ultrapassado. Velho, careca, sei lá mais o quê, talvez com dentadura postiça e outros soluções de substituição. A outra metade da equipa, que não sei se vai jogar à frente ou atrás, reconheço que ainda estará em forma e manda apresentação, mas não seria melhor mandar então a jogo um dos bastardozinhos?
     Sinceramente não gosto, Roma não precisa desta monarquia da treta para mostrar não sei o quê. Uma capelinha bem modesta e privada servia para dar a bênção, que nunca se recusa, mesmo a um noivo de ocasião. O resto é lá com eles, não seria preciso era tanto clérigo para deitar água benta no luxo e na suspeita. Um árbitro, servia da regional, que nem precisava de ser corrupto, bastava para apitar este jogo. O principado já fez engolir alguns sapos, espero, sinceramente, que não faça engolir mais.
     Quanto aos outros, a verdade tem que ser dita, levaram para campo atletas à altura, aptos a jogar em qualquer posição, prontos para disputar muitos jogos durante muitos campeonatos. O bem dos outros nunca me incomodou e, a ver pelo andamento, a união promete.