Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



domingo, 18 de março de 2012

Vinho e enchidos Salazar

Estou muito curioso em relação ao potencial desta marca desde que a fábrica de enchidos Aleu encerrou, lançando dramaticamente mais um conjunto de trabalhadores no desemprego, e o branco da adega Cooperativa de Vila Real, vencedor do melhor vinho do mundo em prova cega, desapareceu do mercado a preço convidativo. 
Salazar, portanto, e depois de morto, só me interessa enquanto fornecedor sério de produto de qualidade capaz de combater o meu profundo regionalismo. Acho mesmo que se depara uma luta difícil para o antigo governante ou ditador, conforme os gostos, conseguir igualar em qualidade a saudosa extinta alheira Aleu ou fazer frente ao branco fresco das terras circundantes de Vila Real.
Acresce ainda uma segunda dificuldade para Salazar, mesmo que se revire na tumba as vezes que precisar, tem de lutar afincadamente contra um sério candidato na questão da alheira, trata-se, nem mais, que do fabricante "Fumeiro da Porca". O nome é bem visto, pois não se trata do caso do fumeiro resultar unicamento de porca fêmea; nem as alheiras gostam propriamente que as misturem com carne tão impura, manda a tradição judaica que sejam feitas de carnes brancas e de pão, sem essas contaminações suínas. O fumeiro é da porca, mas da Porca de Murça, animal imponente, que tanto podia ser porca como ursa, que para o caso nem interessa. A modos, diga-se também, do não menos apreciado tinto ou branco da dita Porca, que o animal, bem mungido ou bem talhado, dá sempre do melhor que pode haver.
Agora, quanto à famosa discussão da marca, cada um vai buscar à terra aquilo que tem para lhe dar nome, uns vão buscar um porco outros vão buscar um salazar. Se a diferença é grande ou pequena, isso ficará ao critério de cada um e só o saberemos depois da prova. Que vai ser interessante não duvido, imagine-se um Jerónimo a ter uma disenteria por lhe ter caído mal uma tabafeira salazarenta.  

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