Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



sexta-feira, 1 de março de 2013

No reino da inveja e da maldicência

     A propósito do anúncio da publicação da obra integral do Padre António Vieira, ao que se disse, patrocinada através de um subsídio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, correu logo pelo ciberespaço e até chegou, imagine-se, ao Eixo do Mal, que tudo isto seria um esbanjar de recursos, pois o trabalho estaria feito aquando da Expo 98, naquele tempo do Eldorado, em que as montanhas pariram ratos, e alguns deles, ao que se vê, nem saíram do ninho, pois, até à data, ainda ninguém me respondeu, refiro-me aqueles que, rapidamente colocaram comentários a aludir a este facto na notícia do jornal "O Público" https://www.facebook.com/Publico/posts/534293093277204 e no qual respondi da seguinte maneira:
    "Diz-se aqui que a obra está pronta em CD ROM, digam então o que está lá e comecem, por exemplo, pela epistolografia. Estarão atualizadas as cartas censuradas na primeira edição, nomeadamente as do Duque de cadaval e D. Teodósio. Foram verificadas todas as cartas dirigidas a Duarte Ribeiro de Macedo pelos originais? Têm atualizadas as cartas ao Marquês de Nisa, algumas delas também censuradas? Têm traduzidas as cartas dirigidas aos superiores da Companhia em Latim? Têm reunidas as cartas dispersas que entretanto foram sendo publicadas por diferentes publicações? Descobriram alguma correspondência inédita, nomeadamente em Cadaval, Torre do Tombo e Archivio di Stato de Florença? Verificaram pelos manuscritos autógrafos a correspondência com o Marquês de Gouveia da Torre do Tombo? Verificaram toda a restante correspondência através dos manuscritos apócrifos, nomeadamente os da Biblioteca da Academia das Ciências? Etc Etc. É que este trabalho tem-me ocupado os tempos livres desde 2001. É que se alguém fez isto tudo para o tal CD foi trabalho desnecessário, mas não me consta, pois fui eu sempre a pagar os microfilmes de manuscritos que nunca ninguém tinha pedido. Se houve dinheiros para o tal CD e este trabalho, só na epistolografia, não foi feito, então foi uma burla, tenho em minha posse faturas pedidas em nome do "Projeto Vieira" e teria direito a exigir parte desses subsídios. Repito, quem levantou estas suspeitas, se tem provas para as perguntas que aqui coloco, responda, pois pode ser que ainda se possam aproveitar eventuais pesquisas, se não têm, calem-se com a má língua, para não dizer outra coisa. De tudo que disse, se houver dúvidas, é só dizer, que rapidamente disponibilizo aqui cópias de todo o material que tenho de Vieira em manuscritos, e posso dizer que tenho mais de 90% de toda a sua epistolografia. Com exceção dos sermões, que são 15 volumes, para a restante obra, (10 volumes) a situação de recolha das fontes está a processar-se de forma idêntica. De reimpressões estamos fartos por altura dos centenários, são rápidas, dão pouco trabalho e dão milhões, normalmente dirigidos aos do costume.

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