Sempre estive convencido de que Democracia e Justiça formam uma só palavra. A grande dúvida está em saber até podem ir os limites da ambas. E, muito sinceramente, o triste espetáculo que a Noruega está a dar no julgamento dum indíviduo, de que nem tão pouco fixei o nome, deveria dar espaço para uma ampla reflexão acerca dos limites da Democracia e da Justiça.
Mas parece não haver vontade em fazê-lo. Quem sou eu para o explicar, mas nada impede, em nome dessa mesma democracia, que possa expor aquilo que penso. Mesmo que isso, futuramente, me pudesse impedir de aceder a cargos que o mesmo regime democrático me impusesse, como por exemplo, jurado num tribunal.
Então, na minha modesta opinião, a democracia deveria ter os seus limites no momento em que determinados cidadãos sobrevivem à custa da democracia e da justiça. Só assim consigo entender que um tribunal não encontre meios para proibir que um monstro, um atrasado mental, um extremista, o que queiram chamar, continue a causa os maiores danos que se podem imaginar nos familiares de 70 vítimas.
Quando já não há leis que consigam proibir que isto aconteça, então o regime democrático e a justiça já não pertencem ao povo, mas às universidades, às ordens, às associações e às disciplinas de voto dos parlamentos.
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