Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



domingo, 22 de abril de 2012

O Caçador de Elefantes

     
      Acho as recentes críticas ao rei Juan Carlos de Espanha muito injustas. Na verdade, só uma ignorância muito grande nestas coisas de sangue a azul é que não permite entender que o gosto pela caça corre-lhes nas veias.
     Não conheço os reis todos, longe disso, mas ocorre-me vagamente que todos eles, mais aqui, ou mais ali, todos tinham por preceito dar a sua caçada e a sua montadela. E diga-se ainda, em abono da verdade, que os reis e demais candidatos também nunca foram de grandes cerimónias quando se trata da caça. A nossa História, naquela parte que melhor conheço, está recheada de referências às caçadas dos nossos reis na famosa corte de Salvaterra, lá para os lados de Santarém. Ele eram tordos e codornizes, coelhos e perdizes, veados e javalis, e outras bicharadas munidas ou não de cornos. E não duvido que os nossos monarcas, se acaso também tivessem pisado as terras africanas, não pensariam duas vezes antes de mandar um tirinho na primeira tromba que lhes aparecesse pela frente.
Concluindo, e sendo a monarquia uma instituição que muito procura conservar as tradições que os nossos antepassados nos legaram, é como querer um jardim sem flores exigir que os reis, ou eventuais candidatos a reis, fiquem proibidos de dar ao gatilho. Muito sinceramente, acho de devemos deixar os indivíduos estoirar à vontade, com um bocadinho de compreensão de ambas as partes, até que bem podiam estoirar para o ar e com pólvora seca.

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