Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



domingo, 14 de março de 2010

Judas Iscariotes


Talvez importe referir desde já que o autor deste romance é Católico Apostólico Romano. Limitar-me-ia a esta informação, pois é suficiente para situar todas as leituras que se possam fazer a partir daqui. O interesse pelo romance histórico e pela ficção são perfeitamente compatíveis com as convicções religiosas de cada um. Contudo, recuso-me, em nome de interesses comerciais, seguir uma linha como a de Dawn Brown e, a partir das fontes apócrifas, sugerir como verídicos factos que são pura ficção e não resistem à mais pequena prova científica. O verosímil é inimigo da mentira descarada.

Judas Iscariotes, apesar de dar o título a este romance, é uma referência essencialmente simbólica. Esta figura está estudada até à exaustão e as diferentes linhas de leitura são também elas conhecidas. Tudo se questionou, desde a sua actuação no grupo dos 12 até ao efectivo enforcamento. Se Judas era o contabilista do grupo e homem apegado ao dinheiro, se a corda ou o ramo onde se enforcou quebraram, ou ainda, segundo a tradição árabe, se Judas seria Simão de Cirene e foi crucificado no lugar de Cristo. Há lendas para todos os gostos e feitios que podem ainda alimentar muita ficção.

O que importa é ler esta personagem à luz do significado da traição. Em "A Corda de Judas Iscariotes", e este é um significado muito caro ao Judaísmo Sefardita, a traição é a fonte de todas as desgraças. Traição ao culto prestado ao Deus de Israel, como veremos depois explicado no livro de Samuel Usque.

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