Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube

    A imagem é emblemática e é um lugar comum para quem dá um passeio pelo centro de Frankfurt. Mesmo ali ao lado dos senhores que mandam uns trocos para o reino dos mercedes, audis e BMW's, os pobres servos do capitalismo alemão movimentam-se de bicla. 
    Num pequeno intervalo de mudança de avião do movimentado aeroporto de Frankfurt, é muito aconselhável fazer uma visita ao centro desta simpática cidade, quanto mais não seja como exercício de caridade para com este pobre povo que continua, em pleno século XXI, a ter que dar à perna para ganhar a vida, ou simplesmente dar uma curva.
     E não se pense que eles, lá por viverem na terra do capital, andam de bicla Trek. Para mim, eu cá gosto mesmo é da Trek 6.9 Madone SSL. Só de lhe ver os atributos até me dá o treco, imaginem só um Quadro: OCLV 55/ HM em Carbono; uma Forqueta: Bontrager Race X Lite, em carbono; uma  Caixa direcção: Cane Creek S-8, rolamentos sela dos; Travão dianteiro & traseiro: Shimano Dura-Ace; Manetes travão: Shimano Dura-Ace STI;  Desvia dor dianteiro: Shimano Dura-Ace; Desviador traseiro: Shimano Dura-Ace; Manípulos mudanças: Shimano Dura-Ace  STI , (10veloc.); Cassete: Shimano Dura-Ace 12-25, (10 veloc.); Pedaleira: Shimano Dura-Ace 53/39; Pedais: N/D; Aros: Bontrager Race XXX Lite em Carbono Clincher, pistas de travagem maquinadas; Pneu dianteiro: Bontrager Race X Lite, 700x23c; Pneu traseiro: Bontrager Race X Lite, 700x23c; Selim: Bontrager Race X Lit e Pro; Espigão selim: Bontrager Race X Lite em Carbono. Preço: €8 350,00. E digam agora se um português não pode ser feliz montado numa coisa destas? Há crise que resista à felicidade ter uma coisa importada destas?
        Mas eles não, aqueles coitados, o modelo mais usado é aquele a que vulgarmente, na minha terra, chamamos reca. Reca em todos os sentidos, no modelo e na aparência, ou não estivessem também as pobres coitadas sujeitas às impertinências intestinais da passarada. Recas e mais recas, que parece ninguém querer roubar talvez pelo facto de serem recas.
     E é isto, os alemães andam nisto. Pobre povo, sujeito ao peso dos pedais que ruidosamente puxam uns largos Kilos de aço, uma ou outra roda de alumínio e pouco mais. Ficamos indignados e pergunta-se: aqueles gajos ainda não descobriram as ligas de carbono? Miseráveis, pobretanas, que venham cá, sim, venham cá, que deem uma voltinha ao Domingo pela Foz e vejam o que são biclas a sério. Eu, sinceramente, até tinha vergonha de ser alemão.   
    Por isso, se tem uma bicla de gente, que se apresente, está deste já convidado para mais raid em BTT no Paraíso da Foz.

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