Este Blogue não tem como finalidade apresentar um trabalho científico sobre o Judaísmo, a cabala ou o Quinto Império. Destina-se unicamente a servir de suporte ao entendimento generalizado das principais figuras deste romance e aos locais onde o mesmo se desenvolve.



domingo, 19 de junho de 2011

O novo

    Confesso que sempre gostei do "novo". Não é que tenha nada contra o velho, antes pelo contrário. Talvez passe a maior parte do meu tempo a bisbilhotar o velho. Mas pronto, nunca me deu para velharias; não aprecio carros velhos. Preferi sempre o novo, de preferência cheio de coisas e coisinhas novas, vidros a subir e a descer, pipis de estacionamento para a frente e para trás. Como dizia o outro senhor, um venerável velho, gosto mais dos "pelinhos" destas novidades. São gostos e os gostos não se discutem.
    E tudo isto propósito do novo governo, que parece ser mesmo novo. Pois... e a gente fica a pensar, mas gosta. Agora o problema, sejamos francos, são os perigos que isto acarreta. Sempre gostei de correr o risco do novo, é certo. Às vezes sai o tiro errado, são os vidros que não sobem, os sensores que deixaram de fazer pipi e, puuuuuuummm, paga. Faço votos, aliás, a minha carteira faz votos para que, com este novo, não precisemos nós todos de termos de ir para a garagem mais cedo. Realmente a máquina parece querer apresentar-se à primeira vista como um moderno compacto, recheado de alta tecnologia. Parece que muita dela não veio da China, veio da América, parece ainda mais fiável, no entanto o Chevrolet já não é o que era.
    Fico a aguardar, mas desde já gostaria de testar particularmente algumas das peças essenciais da nova máquina. Em primeiro lugar os travões, derrapagens serão fatais. Depois os airbags e os cintos, a idade já não me permite brincar com a falta de segurança. Por fim, e para terminar, os farois. Não sei por que razão, detesto o Xénon. Essa é das poucas modernices de que não gosto. Quando vejo umas trombas à minha frente de Xénon fico pior que estragado. De dia, vá que não vá, lembra cagança; mas de noite incomoda mesmo. Preferia sinceramente aquelas lâmpadas horríveis, amarelas, de antigamente, que diziam logo que era um carro francês. Deixo, por isso, o meu pedido. Novo, sim, mas Xénon, não; para Dona Elvira de Xénon já nos bastou estes últimos seis anos.

1 comentário:

  1. Boa Noite! Como fiel seguidora do seu blog, gostava que outras pessoas o lessem, portanto vou disponiblizar o link no meu blog. Espero que não haja nenhum incómodo.
    Obrigado!

    http://imperiodealmasperdidas.blogspot.com

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